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domingo, 9 de outubro de 2011

Saramago. E Morte.

Boa noite!

Há quanto tempo!

Hoje eu estava pensando sobre a Morte. Sem nenhum motivo em especial, apenas lembrando de algumas teorias sobre ela. Talvez tenha sido devido a uma das minhas últimas postagens e o fato de Pandora ter comentado que a taxa de sobrevivência de alguém ter chegado a zero.

E eu lembrei de As Intermitências da Morte, de Saramago.
"No dia seguinte ninguém morreu. O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado, basta que nos lembremos de que não havia notícia nos quarenta volumes da história universal, nem ao menos um caso para amostra, de ter alguma vez ocorrido fenómenos semelhante, passar-se um dia completo, com todas as suas pródigas vinte e quatro horas, contadas entre diurnas e nocturnas, matutinas e vespertinas, sem que tivesse sucedido um falecimento por doença, uma queda mortal, um suicídio levado a bom fim, nada de nada, pela palavra nada. Nem sequer um daqueles acidentes de automóvel tão frequentes em ocasiões festivas, quando a alegre irresponsabilidade e o excesso de álcool se desafiam mutuamente nas estradas para decidir sobre quem vai conseguir chegar à morte em primeiro lugar.".
(Sinopse de As Intermitências da Morte. E um trecho também.)

Sexton e Didi
Eu lembrei de Didi hoje. De uma forma completamente diferente da que eu tinha lembrado antes. Lembrei de como ela é. E como eu gosto de pensar que ela é. E eu senti uma profunda saudade dela. E de tudo o que ela representa. E estou me sentindo um pouco como Sexton Furnival.

E não, a postagem não faz muito sentido. É basicamente uma forma de tirar algumas coisas da mente. E de aproveitar o ensejo para dar um aviso: o único outro autor que continua constante está mais louco (podem ler no lugar de louco "alienado de esquerda") do que nunca. Desculpem por isso.

Bons sonhos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Quebrei um Espelho.

Boa noite, pessoas (ou não-pessoas também, nunca se sabe quando Anansi ou afins podem estar lendo seu blog, né?).

Quebrei um espelho.

Quero dizer, não quebrei exatamente: abri a porta do guarda-roupa e a cola deve ter se transfigurado em algo que não cola e ele caiu.

Simples assim.

Não acho que vou ser condenado a sete anos de azar.

Na realidade, não acredito nesta crendice específica. Nem em muitas outras.

Mas não é esse o foco da postagem.

Não.

O foco é o espelho.

Irei me referir a ele utilizando maiusculas. O Espelho era um bom espelho. Era meu espelho, sabe?

Quase todo dia eu abria a porta do meu guarda-roupa e lá estava Ele, me encarando. Falando comigo. Me mostrando coisas.

Agora Ele está partido em mil milhões de pedaços.

Fragmentos de quem Ele era.

Tentei juntá-los e me olhar. Não consegui formar uma imagem concisa.

Ao contrário, vi mil milhões de imagens. Cada uma diferente da outra.

Mil milhões de Rafaeis refletidos no que antes só via um.

Espelhos são criaturas interessantes. Podem revelar muito. Podem esconder muito mais.

Quebrei um espelho.

Ou terei eu o consertado?

Bons sonhos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Volta de Viagem...

Boa noite, meus amigos e amigas.

♠ Como vão vocês? Faço esta postagem como uma espécie de desculpas por não haver postado nos ultimos dias, e destrincho as minhas ações como justificativa. E também (principalmente) porque faço hoje à noite reflexões sobre o porque de Amar é Para Todos e sobre a Querida Liese*, e acho que é bom ter alguem com quem conversar sobre isto. No fundo, este post é muito mais sobre música do que qualquer outra coisa.

♠ Muita coisa pode ter mudado nos ultimos dias, eu espero que as mudanças na vida de vocês tenha sido para melhor.

♠ Pois bem, eu voltei de viagem, e o saldo foi bem positivo, embora o saldo em conta corrente esteja muito próximo do negativo.

Tirei muitas fotos, vi animais incriveis, vi o voo de um flamingo. É uma das coisas mais belas que já vi. Arranjei ainda uma pena de arara e duas de flamingo.
Comprei algumas coisas para mim, algumas lembranças para amigos. Nada demais. E uma das compras que mais me alegrou foi um xadrez, provavelmente feito à mão, comprado em uma cidadezinha chamada Punto do Iguazu, salvo engano. Há engano, depois eu descubro o nome.
  Me "apaixonei" três vezes. Provavelmente a palavra real é me "encantei", e faço aqui um aposto para falar sobre isto, e não irá se repetir. A razão para este aposto é que há poucos dias conversei com uma amiga sobre paixonites, e elas também me divertem.
Uma das moças era uma jovem brasileira, acredito que de São Paulo, por quem passei no Parque das Aves. Lembrava bastante a linda Pauley Perrette, e a paixonite passou cerca de duas horas depois, quando peguei a pena da arara.
  A segunda foi uma também jovem, também brasileira, cujo nome eu conheço. Passou também depois de pouco tempo, acredito que tenha sido depois de ouvir que meu irmão que quatro meses completa hoje, já está engatinhando.
  A ultima foi uma bela mulher, de cerca de trinta anos, argentina, ruiva. A vi por dois momentos, ambos no Parque das Nacional das Águas argentino. E isto me divertiu um pouco enquanto durou, que neste caso seria após andar um bocado até o Salto Adan y Eva.

♠ E agora me retiro deste entorpecimento pueril e volto à minha usual atitude. Me pergunto o que me está fazendo encantar por tantas moças nos ultimos tempos, sendo que foram quatro num espaço de um mês. Me pergunto porque existem as paixões. Me pergunto o porque do amor. E se o Amor é Para Todos?

♠ Eu me lembro que há alguns dias descobri o que é dialética, mas achei estranho. E eu não faço ideia do porque de ter comentado sobre isto. E agora concluirei minha postagem, pois Coraline me aguarda. E ela está segurando uma vela, me convocando. Bons sonhos.

* Esclarecimento: Liebe Ist Für Alle Da é um cd do Rammstein, com músicas belissimas e músicas que eu acho que pode-se classificar como excepcionalmente sinistras [muitas vezes os dois] e Liese é uma música que foi de bônus para quem comprou a edição de colecionador. É uma das belas e sinistras. Não recomendo a leitura da letra de Liese, apenas que escutem. Já a de Roter Sand, cuja melodia é compartilhada com Liese, tudo bem. Agora, vou-me. Estou esperando o Ultimo Voo do Flamingo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Gregorio de Matos - Sal, Cal e Alho

Boa noite!

♠ A postagem da noite é um curtissimo poema do ilustre Gregorio de Matos. Tenho orgulho que este cara tenha sido da minha Bahia, embora nem sempre tenha orgulho dela.

♠ Extraí o poema deste site, não tenho certeza de onde foi publicada primeiramente esta... Obra única.

♠ Estou refletindo há, talvez, meia hora sobre este poema, sem conseguir chegar a uma conclusão real sobre ele. Estou apenas encarando o monitor, no site em que li o poema, e achei que talvez me sentisse melhor se compartilhasse isso com vocês.

"Sal, cal, e alho
caiam no teu maldito caralho. Amém.
O fogo de Sodoma e de Gomorra
em cinza te reduzam essa porra. Amém
Tudo em fogo arda,
Tu, e teus filhos, e o Capitão da Guarda."

♠  Na realidade, cheguei a algumas conclusões:
Eu espero nunca irritar ninguém a ponto de me rogarem uma praga dessas.
Segundo... O "Mestre" amaldiçoava muito, muito bem.

♠ E estou improdutivo pelo resto da noite, paro por aqui.

Bons sonhos...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Hoje, e só Hoje...

Boa noite.

♠ Hoje eu estou triste. E esta postagem não irá fazer sentido para a maior parte de vocês.

♠ Tem uma música que diz assim:
"Eu estou tão feliz,
Porque hoje eu encontrei meus amigos.
Eu sou tão feio, mas tá tudo bem,
Porque você também é, nós quebramos nossos espelhos.
Manhã de domingo é tudo
Para tudo o que me importa
Acenda minhas velas com alegria
Porque eu encontrei Deus.".

♠ E uma outra que diz que "Todos irão amar hoje".

♠ E eu não sei as palavras para esta postagem, não sei como ligar os pensamentos, os sentimentos, os...

♠ Eu irei apenas colocar para fora as palavras que me assombram hoje:

♠ Irei fazer uma recapitulação dos ultimos dois dias:

Ontem um grande amigo me contou algo que, apesar de não me afetar diretamente, me deixou com algumas lágrimas nos olhos,
Ontem eu discuti com a minha Perpetua favorita, disse a ela coisas que me arrependo hoje, mas que eu acho que ela mereceu ouvir. Ela continua sendo um amor, e eu ainda a amo, mas acho que ela mereceu ouvir o que eu disse,
Hoje eu ouvi uma música muito triste e bonita,
E devo superar isto. Prometo ao S... que vou. Mas, por hoje, e só hoje, eu estou triste. Bastante.

♠ No livro que estou lendo, uma das personagens tem uma filha, que morre. A certa altura do livro, alguém diz a ela que ela irá ter outra filha, mas ele sabe que uma pessoa não substitui outra. Nunca. Quando alguém vai embora, se foi. Quando um amor se parte, nada irá substituir completamente ele. Você ainda poderá sentir, numa noite chuvosa e solitária de Maio as cinzas mornas, ou num colorido dia no auge da Primavera, aquela dor. E quando alguém morre, é algo muito triste.

♠ Lembro que a primeira vez que realmente pensei sobre como é quando alguém se vai foi no ano passado, ouvindo Hurt, do Sr. Johnny Cash (esta é provavelmente a minha música preferida e que me traz mais epifanias) e eu pensei isto, mas provavelmente alguém já disse antes:
-Quando alguém morre, é muito triste. Ela nunca mais irá estar aqui para sorrir, alegrar, chorar, sofrer, desesperar, encantar, viver. Ela ainda estará nas recordações de quem se lembra com carinho (a palavra correta é "Amor"), mas... São as memórias (nunca "apenas as memorias") que ficam, a pessoa se foi, para nunca mais voltar. E isto é algo um tanto quanto assustador.

♠ Não faço sentido, sei disso. E amanhã estarei de volta ou não fazer sentido usual, com uma postagem sobre inclusão social.

♠ Fora isto, descobri um jogo bem bacana, conversei com um o "Kabbalista" (ou como quer que ele escreva) e vou fazer back-up do computador.


♠ Conversei há pouco com o "Camarada Caio", e concordamos que ele não mais irá postar sobre Nacional-Socialismo aqui, pois, apesar de que eu acredito que todos tem o direito de crer no que bem entenderem, a Policia Federal não brinca em serviço, e eu não estou muito desejoso de ser investigado por qualquer agência antes de... Bem, antes de qualquer coisa que eu possa pensar e acho que os leitores do blog provavelmente pensam da mesma forma.

♠ Pois bem, pessoal... Eu tenho mais coisas para fazer e uma tristeza para curtir. Talvez a tristeza seja o suficiente para um pouco de vinho tinto e músicas antigas. Mas eu espero amanhã já estar melhor.

Desejo-lhes bons sonhos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Teorias sobre a Loucura

♠ Bom dia novamente, senhoras e senhores!

♠ Ontem (na realidade, hoje de madrugada), eu pensei um pouco sobre uma frase de Einstein e decidi que postaria algo sobre o assunto (o texto é longo, mas na realidade, é bem curto).

♠ É uma canção de Infected Mushroom, uma banda Israelense e (que eu considero) psicodélica. (continua lá embaixo)



♠ O video está acima e eu reparei que a tradução não se aplica a todos os trechos em Espanhol. Sinto muito.

♠ Eu não me considero normal. O que é ser normal? Eu não faço a menor ideia. A interpretação é por conta do freguês. (continua lá embaixo...)


Becoming Insane
Não me recordo o que passou
Nem me dou conta do que me picou
Tudo da voltas como um carrossel
Loucura percorre toda minha pele


Acorde-me antes que eu mude de novo
Lembre-me da história que eu não fico insano
Fale-me por que isso é sempre igual
Me explique a razão de eu estar sentindo tanta dor

Antes que eu mude de novo...
Lembre-me da história que eu não fico insano
Antes que eu mude de novo...
Lembre-me da história que eu não fico insano
(x2):
Vou perdendo, perdendo
Vou perdendo, perdendo

Vou perdendo, perdendo
Vou perdendo, perdendo

Vou perdendo o chão
Eu estou ficando Insano

I
nsano, Insano, Insano, Insano, Insano, Estou me
tornando Insano!!!


♠ Lembrei desta citação: A questão que às vezes me deixa louco; Louco sou eu ou são os outros? (Albert Einstein). Gee! Eu não sei!


♠ Um fato interessante: o nome original do blog era Teorias e Conspirações de Um Insano, mas aí resolvi mudar. Assim é mais alegre.


♠ Retirei a letra daqui:

♠ Outro dia redescobri este post em um blog. Vale a pena ver.

http://coisas-da-gigi.blogspot.com/2009/12/criminal-minds-algumas-de-suas-citacoes.html

♠ Fiquem bem, loucos.

Bons sonhos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Palavras, Imagens ou Olhares...?

O tempo ouço pessoas dizendo "Uma imagem vale mais do que mil palavras!". Ora, eu sou um poeta, nós poetas sabemos o efeito positivo ou negativo que as palavras podem ter nas pessoas. As palavras encantam e destróem, apaixonam e quebram relacionamentos, enaltecem e poem na lama, fazem um sorriso aparecer ao dizer "Eu te amo" e fazem Lágrimas rolarem ao dizer "Me esqueça". As palavras abalam o Mundo! Os maiores governantes de todos os tempos [todos eles] tinham na Retórica seu campo de ação. E Retórica é uns 95% Palavra. Logo, eu acho esta expressão muito erronea. Mas aí chega o que minha melhor amiga e mentora me disse certa vez "Uma imagem pode valer mais do que mil palavras, pois o que tem de palavra ruim por aí não é pouco". E aí eu entendi. Ela estava certa, se a Imagem for boa, as palavras ruins podem ser suplantadas. Mas... E os olhares? Olhares são Imagens também, não são? Mas transmitem mil palavras. Dizem "Eu te adoro!", "Se prepare.", "Vamos sair mais tarde?", "Hoje eu não estou bom pra nada" e por aí vai. Mas ainda assim, as palavras tem valor maior. Para você interpretar um Olhar ou uma Imagem você precisa saber das palavras. Interpretação. E Interpretação vem das Palavras. "1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio junto de Deus. 3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. 4 Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens." As palavras são a Alma do Mundo. Não se esqueçam delas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ato I Cena 8

[Após despedir-se do Kabbalista, Pierrô também beija na testa de Harlequin e ambos retornam ao Marte] ★ E boa sorte para nós, irmão! ★ Este lugar muito encanta-me, bons tempos voltaram, irmão. ★ Nossa história começa aqui e agora, neste mundo abandonado e estranhamente ao poder da Rainha Aelita. ★ Ela é utilmente capaz de nos separar... e fazer com que um de nós se tornasse escravo sexual dela... ★ Irmão, você achas que a Rainha podes conseguir destruir o laço do amor familiar entre nós? ★ Não quero que separe-se de mim... não conheço este estranho mundo. ★ Permite-me que estarei sempre ao seu lado, sofrendo ou comemorando juntos a qualquer momento. ★ Doutor? posso muito bem mais do que isso. No máximo, um médico inexperiente... ou até mesmo um psicopata (?). [Pierrô ri] [Guardo a pedra filosofal dentro de meu bolso] [Observando o traje que estou vestido neste momento] ★ Uma curiosidade... este chapéu poeta que agora pertence à mim foi dificilmente encontrado. Trato-o com muita preciosidade, se eu perder este belo chapéu, minha mentalidade psicológica divide-se sob torturas do temível veneno chamado depressão. ★ O mesmo vale para ti, Harlequin. Por isso que não quero perder a ti. ★ E quero mostrar-lhe também, a minha capa dourada herdadas pelos meus últimos ancestrais. É o mágico artifício de proteção. Serve como um escudo místico que defende em nossos redores. ★ Vambora Harlequin, mostre-me alguns de suas preciosas utilidades mágicas. Não posso combater os monstros com minhas mãos desprevinidas... ★ Será que esta pedra dada pelo Kabbalista surte outro efeito, além de nossos portais entre dois mundos tão diferentes? [Uma charrete da majestada passa logo ao perto, Pierrô puxa os braços de Harlequin e ambos atravessam outro lado da floresta negra] [Os dois jovens percebem a presença de um monstro mitológico, que havia sido machucado em pouco tempo] [Pierrô observa o mundo em volta] ★ Parece que o frio soviético voltou com mais força... meu uniforme não é o suficiente para aquecer-me... ★ Irmão, escute! ★ Algo errado, alguém deve estar ali! Quem seria?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sonhos, Teorias, Palavras e.... CORES!

★ Vocês já perceberam que nenhuma cores que vemos são reais?

Está na hora de reparar este cérebro enferrujado, vamos fazer um teste visual? >> Fixem seus olhos num círculo vermelho durante 1 minuto (Olhem somente para o círculo vermelho).

Completou 1 minuto, olhe rapidamente ao lado do círculo vermelho, num espaço em branco. A seguir, tente adivinhar a cor do círculo que você captou! E aí, qual a cor você adivinhou no espaço branco?

★★★★★★★

Amarelo? Azul? Vermelho? Verde? Pode parecer incrível mas é verdade. As cores se invertem, isto explicamos na próxima aula!

Só é possível enxergar qualquer cor quando houver a luz que reflete as cores dos objetos para nossos olhos.

E sem luzes,

estariam as cores vivas num óbvio escuro?

Outro exemplo, são as paredes do meu quarto (foto abaixo)

Meu armário em azul brilhante, enquanto minha parede parece estar mais escura. Na teoria, a parede ficou escura porque absorvia pouca luz. Imagina se desligamos a luz do quarto por completo? Por isto, quero deixar claro, para quem não sabe sobre o universo das cores. Quanto mais luz for, melhor para enxergamos as cores. Por isso, nem todas cores que vemos por aí são verdadeiras, as tonalidades das cores dependem do ambiente, da temperatura... Tudo depende das luzes para colorir nossos olhos..e nem percebemos! Tudo no mundo é misterioso, inclusive as cores! ★★★★★★★

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lágrimas são divinas

O.B.S.: Este texto não segue uma ordem clara de pensamento. Foi escrito em um estado alterado de consciência fruto da meditação dos dois corações. Autoria própria. “Filho meu não pode chorar”, “Homem não chora” e várias outras frases de cunho machista suprimem do homem a inata capacidade e beleza de chorar. Já dizia eu mesmo: “Lágrimas são a mais divina manifestação humana; elas nascem da mais profunda essência do EU para lavar dos olhos da alma a poeira que a vida lhes jogou”. Mas porque chorar? Sempre que esta pergunta me vem a mente eu me lembro da Estrela do Tarot de Marselha. Ali, totalmente despida de qualquer conceito mundano, concentrada somente em verter no solo fértil do consciente e na corrente de águas límpidas da vida o conteúdo dos dois vasos que tem em mãos. Em dado momento parei para perguntar a bela moça o que eram aqueles dois lindos vasos. Ela sorriu para mim e me respondeu carinhosamente: “São meus olhos. Deles verto lágrimas para fazer brotar as belas árvores da vida humana”. Então se calou e negou a mim qualquer outra questão que eu pudesse fazer. Não me dando por satisfeito resolvi questionar a bela senhora que figurava no próximo arcano o porque do seu pranto. Ela então respondeu rispidamente: “Do que vale a vida se não pranteias a morte?”. Ela então fechou os olhos e vi seus cães ladrarem ameaçadoramente para mim. Dei um passo para trás e decidi terminar a jornada. Passei dias deglutindo o que as duas belas mulheres haviam me dito. Então lembrei da frase de Crowley: “Desperdicei o tempo, agora o tempo me desperdiça”. Estava ali, na minha frente, a não resolução dos meus problemas. Eu finalmente havia entendido a dureza da Lua. Do que adianta viver se não pranteamos a morte dos velhos estigmas e egos? Do que vale a vida se as velhas torres em que nos guardamos da iluminação não são derrubadas? A roda da fortuna gira uma vida por dia. Somente a morte explica a vida e a vida explica a morte. Nossos ciclos estão fadados a terminar, e neste fim, as lágrimas emergem como o sangue da presa morta. Então em uma ordem inversa brota da morte a vida. Dos sonhos mortos recolhidos pela lua é gerada a água que verte dos olhos da estrela. “Que nenhum homem seja privado da beleza de chorar. Que todo o homem tenha o direito de fazer brotar na sua face o brilho do ouro primordial que cintila dentro do seu ser. Que a luz refletida nas lágrimas seja a estrela a guiar nossas vidas. Emoções são cavalos selvagens, são mais belos quando correm soltos pelo vasto campo da vida.”