Este blog é dedicado para os amantes das diversas coisas, entre elas, Palavras, Sonhos, Teorias, Conspirações, Livros e Músicas. Sei que há muitas pessoas assim. Meu desafio (e da minha equipe) será encontrá-las. Postaremos aqui as mais diversas coisas, mas sempre com um curto parecer sobre o que foi postado. Boa leitura.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Cifras Illuminati e Kabbalah Inglesa
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Lágrimas são divinas
Liber Oz
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Cifras Illuminati e a Kabbalah Inglesa
sábado, 24 de outubro de 2009
Ritual Menor do Pentagrama - Versão da Astrvm Argentvm
Parte 1 - a Cruz Cabalística (ou Rosa Cruz)
1 - Toque a testa e diga ATEH
2 - Toque o sexo e diga MALKUTH
3 - Toque o ombro direito e diga VE - GEBURAH
4 - Toque o ombro esquerdo e diga VE - GEDULAH
5 - Junte as mãos no peito e diga LE - OLAHM AMEN
Parte 2 - os Pentagramas
6 - De frente para o Leste (o oriente, ou para os thelemitas, Boleskine), desenhe um pentagrama visualizando-o, no centro visualize o primeiro nome, IHVH e inspirando-o, sentindo passar pelo peito até os pés e sentindo a sua volta, fazendo o sinal do entrante, varando o pentagrama, vibre o nome ("Iod Rê Vô Rê", por exemplo) com energia.
7 - De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por ADONAI.
8 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por EHEIEH.
9 - De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por AGLA.
Caso o estudante não tenha percebido, ele está girando no sentido horário.
Parte 3 - Invocação dos Arcanjos
10 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:
"A minha frente RAPHAEL"
11 - "Atrás de mim GABRIEL"
12 - "A minha direita MICHAEL"
13 - "A minha esquerda AURIEL" -
14 - "Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas"
Sempre imaginando os Arcanjos nas suas respectivas posições e os pentagramas em chamas. Cada um está relacionado a um elemento: Ar, Fogo, Água e Terra, na sequencia. Como os elementos são 4, o magista, ao centro, será a 5ª parte do pentagrama, o espírito.
15 - "E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios".
Que o estudante visualize dois Hexagramas, um em cima e o outro projetado embaixo, com uma faixa de luz estendendo-se infinitamente na vertical, envolvendo-o.
16 - Repita a Parte 1 e o ritual estará encerrado.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Ritual Rubi Estrela - Simbologia Ritualística
As Inteligências Neoplatônicas do Ritual
Os nomes Iunges, Teletarchai, Sunoches e Daimones, que são invocados no Ritual Rubi Estrela, são inteligências do Neoplatonismo, originárias dos Oráculos Caldeus (Chaldean Oracles), falsamente atribuídos a Zoroastro e que contém a doutrina e a filosofia da antiga Balilônia. Cada um destes nomes não identifica um ser em particular, cada um destes nomes se refere a uma determinada classe de semideuses, no caso dos três primeiros, e o último se refere as seres espirituais em menor posição hierárquica. Os Iunges, Sunoches e Teletarchai, que podem ser ligeiramente traduzidos como Rodopiantes, Conectores e Aperfeiçoadores, pertencem à Segunda Ordem da Hierarquia Emanacionista, à Segunda Mente, ao Mundo Empírico, no sistema dos Oráculos Caldeus. Neste sistema, eles são os intelectuais e inteligíveis e formam a "Tríade Intelectual”, os Três Supernais. Note-se que aqui “intelectuais” e “inteligíveis’ nada tem a ver com o com seus significados comuns, e seus reais significados só podem ser perfeitamente compreendidos acima do abismo. A Tríade Intelectual se origina dos Pensamentos do Pai, uma Inteligência Superior e Fonte todas as Coisas. Eles são os guardiões das obras do Pai e da Mente Única, a Inteligível. Os Daimones são espíritos que estão abaixo do abismo. Segundo estudiosos modernos, Iunges, Sunoches e Teletarchai, correspondem, respectivamente, a: Chockmah, Binah e ao Pilar Mediano, e não exatamente às três Sephiroth Supernais da Qabalah Hebraica ou da Ocidental.
Todos estes são “Espíritos Mediadores” e são essenciais nos Ritos Teúrgicos. Eles participam no governo do universo mantendo os canais de influência e vínculos de harmonia emanados de Nous (Inteligência em Grego). Eles são os Iniciadores (Iunges), Mantenedores (Sunoches), Aperfeiçoadores (Teletarchais) e Executores (Daimones) do Impulso Criativo Divino que se origina no mundo inteligível e se manifesta no mundo sensível.
Iunges (os Iniciadores)
São os que dão poderes às Idéias Simbólicas, Signos, e Símbolos usados nos Ritos Teúrgicos. Aeschylus usou esta palavra para metaforicamente se referir a "encanto, feitiço, desejo ardente e apaixonado". A palavra vem do grego IUGMOS denotando um som agudo e foi usada para se referir ao som emitido pelo pássaro chamado wryneck, significando “grito”. O wryneck, cujo nome em português é torcicolo, é um pássaro semelhante ao pica-pau e recebe este nome (torcicolo) devido ao seu hábito de torcer a cabeça e o pescoço. Ele é conectado ao simbolismo da roda. Os antigos Feiticeiros Gregos os utilizavam como amuletos, amarrando-os a rodas em movimento para que recuperassem amantes infiéis. Os Iunges são, metaforicamente, o grito dos wrynecks na roda em movimento.
Os Iunges são inteligências conceptivas, férteis, fecundas. Assim, eles fecundam os os Sunoches (os Conectores), e o resultado disto serão os Teletharcai. Os Iunge é o Operador; o Doador de Vida que porta o Fogo Noético (de Nous); ele enche o peito de Hécate, a Mãe Natureza, fornecendo a vida; e instila (introduz gota a gota) nos Synoches a força vivificante do Fogo Noético, dotando-os com vigoroso Poder. Os Iunges são uma conjuração, os Synoches são uma ligação, com amor (Amor sob Vontade), conectada e forte. Nesta visão, fica muito coerente ligar os Iunges à Chockmah e os Sunoches à Binah, pois também na Qabalah Chockmah (AB, o Pai) fecunda Binah (a Mãe Supernal). Nesta linha, eu me atreveria a associar os Teletarchai com o Microprosopus, ou o Pequeno Rosto, composto pelas seis Sephiroth posteriores lideradas por Tiphereth.; sendo Tiphereth um grande símbolo de Iniciação. Continuando neste pensamento, eu diria que os Daimones seriam os espíritos mais próximos a Malkhut, que estão entre Malkuth e as demais Sephiroth, seriam o que poderíamos de certa forma chamar simplesmente de anjos.
Teletarchais (os Aperfeiçoadores)
Os “Mestres da Iniciação”, são os principais seres nesta Teurgia. Também são chamados de: Mestres de Cerimônia, Mestres do Templo, Hierofantes. A palavra Teletarchai se origina das palavras gregas telete ou “rito” (especialmente de iniciação aos mistérios) e archon/archai, que significa “senhor” ou “líder”, sendo assim o “senhor do rito”. Eles não são apenas conectados à própria iniciação, mas também ao resultado de uma iniciação. Teletarchai é o resultado dos “Iunges fertilizando os Sunoches”. Os Teletarchais são chefiados por Eros, e são aqueles que unem as Idéias. Antes das idéias serem criadas, Eros saltou da Inteligência Paternal, e misturou o que viriam a ser as Idéias, cujo estado embrionário existia nesta mesma fonte, por meio de Seu Fogo de União (União aqui é igual a: Encantamento de Amor). Pois sem seu poder de união, as Idéias não poderiam ser consolidadas dentro do Logos. Três tipos de Teletarchais são os Kosmagoi ou Governates dos Três Mundos Neoplatônicos (Empíreo, Etéreo, Material): Aiôn (não o Deus inefável de mesmo nome), Helios, e Selene. Note que os Iunges são os Iniciadores, os que plantam a semente, e os Teletarchai os Mestres da Iniciação.
Sunoches (ou Synokheis - os Mantenedores)
São os Conectores, são aqueles que mantém unido, inseparável, o elo, a ligação. Eles se referem à noção de eternidade. Para compreender os Sunoches deve-se compreender os Iunges.
Daimones (os Executores)
É o plural de Daimon e se referem a “seres do mundo espiritual”. Nos Oráculos Caldeus, a tríade Iunges/Teletarchai/Sunoches fazem parte de um grupo específico, mas Daimones recebem uma diferenciada classificação. Neste sistema, os Daimones são classificados inferiores aos semideuses, sendo assim espíritos mais ligados ao ambiente terrestre que ao espiritual propriamente dito. Não obstante, a direção norte, a da mais vasta escuridão, pertence a eles. Hesíodo se referiu ales como “as almas da Idade Dourada que formaram um vínculo entre os deuses e os homens”; na verdade são eles que conectam os homens com as três inteligências (semideuses) anteriores. Nesta linha, os Daimones poderiam ser considerados como um grupo de pessoas que alcançaram as sua Verdadeiras Vontades. De fato eles estão conectados com a Verdadeira Vontade, e há quem os considere como sendo o SAG (Sagrado Anjo Guardião). O nome Daimones pode causar uma ligeira confusão, já que com o advento do Novo Testamento o nome passou a ser uma referência para “demônio”, mas a palavra Daimon (no singular) é anterior a este Testamento e se refere mesmo a seres do mundo espiritual, puros indiferentes, amorais, eles são dependentes da natureza humana. Daimon pode variavelmente se referir a: deus, deusa, gênio, etc.
Iunges Teletarchais Sunoches Daimones
Iniciadores Aperfeiçoadores Mantenedores Executores Rodopiantes Senhores do Rito Conectores Espíritos Encantos/Feitiços Mistérios Restrições Gênios
Agora, podería ser traduzido assim as invocações do Rubi Estrela:
PRO MOU IUGGES: Diante de mim os Encantos/Feitiços. OPISO MOU TELETARKAI: Atrás de mim os Mistérios. EPI DEXIA SUNOKES: À minha direita as Restrições (no sentido de manter preso a algo). EPARISTERA DAIMONES: À minha esquerda os Gênios.
Este é apenas um breve estudo sobre estas Inteligências que aparecem na Quarta parte do Ritual Rubi Estrela. Vale lembrar que, mesmo tendo-se idéia de seus significados, é sempre importante que as invocações destas Inteligências sejam feitas com seus próprios nomes bárbaros, pois estes são mais eficazes.
Referências Bibliográficas
- Chaldæan Oracles Zoroaster, The. Editado e revisado por Sapere Aude (William Wynn Westcott) com uma introdução por L. O. (Percy Bullock). 1895 e.v.
- Chaldaick Oracles of Zoroaster And his Followers, The - With the Expositions of Pletho and Psellus. Editado e traduzido para o Inglês por Thomas Stanley, Londres- Impresso por Thomas Dring, 1661 e.v.
- Analysys of the Star Ruby Ritual, An. Por Frater A.L. (443).
- Summary of Pythagorean Theology, A. John Opsopaus.
- Notas de Frater Sabazius para o Rubi Estrela.
- Notas de Præcentor para o Rubi Estrela.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Ritual Rubi Estrela (A.A)
1 - De frente para o Leste, fazendo o Sinal de Banimento, diga com vontade: APO PANTOS KAKODAIMONOS ( " Afasta-te Espírito do Mal" )
2 - Faça a Cruz Cabalística:
- toque a testa e diga: SOI - " A Ti" - toque o sexo e diga: O FALLE - " O Falus" - toque o ombro direito e diga: ISCUROS - " A Força" - toque o ombro esquerdo e diga: EUCARISTOS - "Eucaristia; graça divina" - junte as mãos no peito e diga: IAO - " O Deus dos Gnósticos; Isis ( As forças da Natureza) Apophis ( são destruídas) Osiris ( e renascem)"
3 - Continuando de frente para o Leste, coloque as mãos na face, envergando o corpo para trás, inspirando profundamente, imagine um Pentagrama dentro da cabeça, bem nítido e então, fazendo o Sinal do Entrante, lance-o para frente, rugindo THERION.
4 - De frente para o Norte, repetindo o gesto anterior, lance o Pentagrama para frente e diga NUIT.
- Caso o estudante não tenha percebido, está girando no sentido anti-horário.
5 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior, e sussurre BABALON.
6 - De frente para o Sul, repita o processo anterior e diga firmemente HADIT
7 - Completando o círculo, faça o Sinal de Banimento com energia e diga IO PAN, pisando forte com o pé direito.
8 - Faça os sinais de NOX.
9 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:
- PRO MOU IUGGES - (a minha frente Iugges) - OPISO MOU TELETARCAI - (atrás de mim Teletarcai) - EPI DECIA SYNOSES - (a minha direita Sainoses) - EPARISTERA DAIMONES - (a minha esquerda Daimones) - FLEGEI GAR PERI MOU O ASTHR TON PENTE - pois ao meu redor flamejam os pentagramas - KAI EN THI STHLHI O ASTHR TON EX ESTHKE - e na coluna do meio brilha a estrela de seis pontas.
10 - Repita a Cruz Cabalística, a parte 1 e o ritual estará encerrado.
No 777, a pedra Rubi Estrela, representa a energia masculina da Estrela Criadora.
Comentário:
"25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah. O capítulo é uma nova versão, mais elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama. Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A. · . A. · .
OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma."
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Lendo as Entranhas: Um Rondel
As cartas e estrelas que tombam por vontade própria.
O amanhã se manifesta e traz a conta
Para cada beijo e morte, as pequenas e as grandes.
Queres saber o futuro, amor? Então espera:
Responderei tuas impacientes perguntas. Ainda-
Chamam de acaso, ou sorte, ou chamam de Destino,
As cartas e estrelas que tombam por vontade própria.
Irei até ti esta noite, meu bem, quando for tarde,
Não me verás, talvez te arrepies.
Esperarei até que durmas, então tomarei o que é meu,
E será teu futuro numa bandeja.
Chamam de acaso, ou sorte, ou chamam de Destino.
Lendo as Entrelinhas: Um Comentário


quarta-feira, 30 de setembro de 2009
A Suma Sacerdotiza (Papisa)

“O trunfo número dois do Tarot retrata uma sacerdotisa de antiga e misteriosa origem. Diante de nós, no arcano número dois, está sentada a Mulher. Vista na seqüência das cartas do Tarot ela se segue ao Mago, que é um sábio revestido da dignidade sacerdotal, ou mago, podemos pensar nela como Suma Sacerdotisa, nome aliás que lhe dão alguns baralhos modernos.”
Adaptado do livro Jung e o Tarô
Analisando a imagem da Papisa (Suma Sacerdotisa) no tarot de Waite vemos primariamente uma mulher completamente diferente daquela que se vê no baralho de Marselha. Enquanto a mulher representada no tarot de Marselha parece extremamente séria e embebida em um pensamento ou segredo profundo, nossa Papisa do tarot de Waite parece muito menos preocupada com seu interior, com descobrirem seu último segredo.
A papisa de Marselha parece entregar-nos o livro (livro esse que representa toda a sabedoria encerrada no seu princípio feminino, o yang primário; princípio este que aprisiona a sabedoria da intuição, do poder divino na forma mais pura). A papisa de Marselha pálida como um espírito está pronta para compartilhar conosco sua sabedoria e seus ensinamentos. Já a suma sacerdotisa de Waite parece de alguma forma querer ocultar o supremo conhecimento (retratado por Waite como a Tora, nome que se vê escrito no pergaminho que ela guarda entre os braços como se o quisesse protegê-lo acima de tudo) dos que desejam apoderar-se do mesmo sem ser dignos.
A magia do Mago (primeiro arcano), assim como o seu sexo, se expõe na frente. Na papisa, sua magia velada e oculta como seus cabelos, está escondida pelas cortinas atrás dela. No baralho de Marselha, a papisa é o único arcano que ultrapassa os limites da linha superior, o que nos dá indício de uma ligação muito íntima com algo que está acima de nós. Uma ligação tão poderosa que transpassa os limites dados. Sentimos que o poder do mago está de certo modo sob seu controle consciente, que ele pode usá-lo apenas com o movimento da varinha que empunha. Não é esse o caso da suma sacerdotisa. A natureza do seu poder mágico está oculta até mesmo dela própria, logo atrás do véu, nas suas costas. Este é um dos pontos comuns dos dois baralhos supracitados.
A papisa (La Papesse) assim como a Suma Sacerdotisa tem parte do seu poder velado até de sua própria pessoa. O baralho de Marselha parece querer nos mostrar de onde vem esse poder. Tendo duas colunas atrás de si, onde está pendurado o véu que lhe esconde a natureza do seu poder, está o símbolo da dualidade (o número dois), indicação de que todo o poder do arcano nasce na aceitação da dualidade, do Yin-Yang. No baralho de Waite figura um simbolismo judaico fortíssimo. As duas colunas que sustentam a cortina que lhe oculta as origens são as colunas do templo de Salomão, onde figuram escritas as letras B e J (Beit – o lado escuro, yang; Yod – o lado alvo, yin). Os pilares representam em si os três pilares da Étz Chaim (Árvore das Vidas, na Kabbalah): Pilar da Misericórdia (da esquerda) e o Pilar da Severidade (da direita). Assim podemos fazer uma conexão entre o Yin – Severidade e o Yang – Misericórdia.
Mas nos falta um pilar. O pilar que ajunta ambos os apectos em um único e capaz de nos fazer experimentar os dois caminhos: o pilar do meio. E este pilar é exatamente a sacerdotisa. Se observarmos a cortina atrás dela, veremos desenhos, velhos símbolos de fertilidade. Mas se analisarmos a disposição dos maiores desenhos (as romãs), perceberemos que os mesmos estão dispostos de forma que seu desenho se assemelha a estrutura das Sephiroth da Étz Chaim. Assim perceberemos que foram suprimidas as Sephiroth do pilar do meio. Da’at, Tiphereth, Yesod e Malkuth. A correspondência das sephiroth não é muito complicada de se construir. Malkuth, o mundo, está onde se assenta a papisa no tarot de Waite. Seu mundo de ação é Malkuth e é nele que ela se encontra em plenitude. Yesod, a fundação, se encontra onde está a Torah. A Torah, onde estão escritas as graças e os segredos de Yahweh é a fundação para o mundo, Malkuth, onde se assenta a sacerdotisa. Tiphereth, a beleza e o centro da Étz Chaim encontra-se na altura do coração da papisa . No mesmo lugar onde vemos um crucifixo, símbolo pré-cristão que simboliza a união entre o mundano e o sagrado. O centro da Étz Chaim encontra-se no coração, no centro do significado da papisa. Encontra-se onde o homem, pelo sentimentalismo próprio da mulher, consegue compreender a si mesmo e unir-se ao sagrado. Mas nada disso aconteceria sem Da’at e Da’at não se ordenaria sem Tiphereth e Binah. A suma sacerdotisa usa uma coroa idêntica a da deusa egípcia Maat. A coroa toca Binah e Hokmah e tem seu adereço mais belo como Da’at. Da’at é o conhecimento bruto, sem compreensão, pois a compreensão é Binah. E junto a Binah temos Hokmah, a sabedoria. A sacerdotiza, une o conhecimento à compreensão e sabedoria para justificar toda o pilar do meio e talvez a própria Étz Chaim. Através da energia fria da água que a circunda e da lua que controla as marés, a sacerdotisa lava Malkuth da ignorância e da separação. Ela unifica o dual através da sua coroa e justifica a Yesod, a fundação, através do propósito que trás no coração: unir o homem ao sagrado.