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domingo, 9 de outubro de 2011

Saramago. E Morte.

Boa noite!

Há quanto tempo!

Hoje eu estava pensando sobre a Morte. Sem nenhum motivo em especial, apenas lembrando de algumas teorias sobre ela. Talvez tenha sido devido a uma das minhas últimas postagens e o fato de Pandora ter comentado que a taxa de sobrevivência de alguém ter chegado a zero.

E eu lembrei de As Intermitências da Morte, de Saramago.
"No dia seguinte ninguém morreu. O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado, basta que nos lembremos de que não havia notícia nos quarenta volumes da história universal, nem ao menos um caso para amostra, de ter alguma vez ocorrido fenómenos semelhante, passar-se um dia completo, com todas as suas pródigas vinte e quatro horas, contadas entre diurnas e nocturnas, matutinas e vespertinas, sem que tivesse sucedido um falecimento por doença, uma queda mortal, um suicídio levado a bom fim, nada de nada, pela palavra nada. Nem sequer um daqueles acidentes de automóvel tão frequentes em ocasiões festivas, quando a alegre irresponsabilidade e o excesso de álcool se desafiam mutuamente nas estradas para decidir sobre quem vai conseguir chegar à morte em primeiro lugar.".
(Sinopse de As Intermitências da Morte. E um trecho também.)

Sexton e Didi
Eu lembrei de Didi hoje. De uma forma completamente diferente da que eu tinha lembrado antes. Lembrei de como ela é. E como eu gosto de pensar que ela é. E eu senti uma profunda saudade dela. E de tudo o que ela representa. E estou me sentindo um pouco como Sexton Furnival.

E não, a postagem não faz muito sentido. É basicamente uma forma de tirar algumas coisas da mente. E de aproveitar o ensejo para dar um aviso: o único outro autor que continua constante está mais louco (podem ler no lugar de louco "alienado de esquerda") do que nunca. Desculpem por isso.

Bons sonhos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vida, Morte, Mortalidade.

A heroína da postagem
Olá, pessoas.

Estou eu tentando lembrar de onde é uma das melhores citações de Didi (Morte, Teleute etc de Sandman). A citação é a seguinte:

"Vida - e eu não acho que eu seja a primeira a fazer essa comparação - é uma doença: sexualmente transmissivel e invariavelmente fatal.
E eu acho que isso é verdade. Quero dizer, se você não faz sexo, você não faz vida. Mas assim que a coisa chamada vida começa, há uma série de outras coisas às quais você precisa ficar atento.
E é pra isso que eu estou aqui hoje. É para dar informação. Se você prestar atenção, você pode aumentar as suas chances de viver um pouco mais - cinquenta, sessenta anos talvez, se você tiver sorte.".

E eu passo uns três dias tentando lembrar de onde era. Olho aqui, olho ali, olho em todos os meus volumes de Sandman. Aí eu finalmente penso "Seria incrivelmente ridículo se estivesse em um dos números de Morte." E Estava. Está, aliás. Em Morte, o Preço da Vida. E eu fiquei me sentindo incrivelmente ridículo.

Tinha uma citação perfeita em Sinal e Ruído, mas vou evitar falar muito de Sinal e Ruído, já falei demais.
E eu decidi que irei citar outro livro: Clube da Luta.
"A morte vai começar em três, dois.
O luar banha o céu da boca.
Preparar para o último suspiro, já.
Abandonar."

"Eventualmente, a taxa de sobrevivência de todo mundo cairá a zero".

A minha duvida é: em quantos por cento estará a minha taxa de sobrevivência? E a sua?

Esta postagem foi meio que tapa buracos. Tinha umas outras duas ou cinco em mente, mas não tenho clima para fazê-las.
Uma sim, irei fazer.
A outra, farei talvez amanhã. Dependia de algo que deveria estar pronto, mas não está.

E é isso... A cada segundo nos aproximamos do momento de nossa morte... Acho que não disse o quão cansado estou. É bastante.

Bons sonhos, amigos e, por que não, boa morte.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sobre Rodas, Ameixas e Jardins

Um prelúdio roubado de... Claro, Neil Gaiman.
"A Roda de Íxion de assombro para.
Os abutres cruéis não mordem Tício.
A fugaz linfa Tântalo não corre."
Boa noite, pessoas. Ou monstros do Id. Ou Krellianos (duas referências a Planeta Proibido, esse filme é supercalifragilisticoespialidoso). Ou quem quer que esteja aí.

Hoje eu fiz uma maratona Sandman.

Li um pouco dos tomos e comecei a pensar sobre... Bem, sobre. E a minha conclusão é que

"Hoje a morte está diante de mim:
como a recuperação de um doente,
como caminhar em um jardim após a doença.


Hoje a morte está diante de mim:
como o odor da mirra,
como sentar sobre uma vela com bons ventos.


Hoje a morte está diante de mim:
como o curso de um riacho,
como o retorno de um homem, da guerra para a sua casa.


Hoje a morte está diante de mim:
como o lar que o homem anseia ver,
depois de anos aprisionado."



Lembrei de alguns acontecimentos que passaram há pouco e há muito tempo. E...

"Ela decidiu fazer uma lista das coisas que a deixavam feliz.
Ela escreve 'flor da ameixeira' no topo da página.

Então, ela olha fixamente para o papel,
incapaz de pensar em algo mais.




Por fim, começa a escurecer."



Senti a falta de vocês.
Muita.

E pensei um bom tempo sobre como iria encerrar a postagem. Eu já sei como.
Com Johnny Cash.
Hurt. Infelizmente o dono do vídeo não permitiu a incorporação...

"If I could start again...
A million miles away..."
http://www.youtube.com/watch?v=WWE8zCzPJYk