sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Virando Wodwo - Neil Gaiman

Esta é a minha última postagem do ano. Espero terminá-la a tempo.
Virando Wodwo
Despir minha camisa, meu livro, meu casaco, minha vida
Deixá-los, cascas vazias e folhas secas
Ir em busca de comida e de uma nascente
De água fresca.
Encontrarei uma árvore tão grossa quanto dez homens gordos
Água cristalina correndo entre suas raízes cinzentas
Bagos encontrarei, maçãs selvagens e nozes,
E chamarei tudo de lar.
Direi ao vento meu nome, e a mais ninguém.
A verdadeira loucura nos toma ou nos deixa na floresta
na metade da vida de todos nós. Minha pele será
meu rosto agora.
Eu devo ser doido. Deixando a razão com os sapatos e a casa,
meu estômago dói. Cambalearei através do verde
rumo a minhas raízes, e folhas e espinhos e botões,
e tremerei.
Abandonarei as palavras para andar no mato
Serei o homem da floresta, saudarei o sol,
E sentirei o silêncio brotar na minha lingua
como linguagem.
Análise... É um homem (quero dizer ser humano) (ele me lembra um pouco Richard Mayhew de Lugar Nenhum) que se cansa da vida de... humano e abandona tudo para ser um Wodwo (ou Wodwose, protetor das florestas). E não há muito mais para se dizer, o poema fala por si. O eu-lírico (deve ter alguns meses que não uso esta palavra) deixa tudo que ele tinha como sagrado para tentar ser feliz. Ele escolhe a felicidade da floresta, longe do Ser Humano, em contato apenas com seres que não desejam mal uns aos outros. Não é uma má troca. Vocês a fariam?
Pois bem, estou cansado, tenho alguma fome e é ano novo em cinco minutos. Vou-me agora. Até o ano que vem.
Bons sonhos, bom ano novo e boa vida a todos.
P.S.: a hora de publicação estará como 00:5equalquercoisa, mas continuo me referindo como 23:5emuitos porque o Brasil está em horário de verão, mas o Norte-Nordeste não. Bem, lá vai... Boa noite, bons sonhos. Que Sandman e todos os Perpétuos lhe abençoem.

A Dança Das Fadas - Neil Gaiman

Boa noite a todos.
Estava pensando se postaria alguma coisa no dia do ano novo e pensei... Pra quê melhor? Neil Gaiman!
Talvez poste mais um poema depois deste, mas devo avisar: descumprirei minha promessa da análise de A Câmara Secreta, ao menos no futuro próximo.
Boa leitura.
A Dança Das Fadas
Se eu fosse jovem e o sonho e a morte
fossem distantes como então,
Não partiria minh'alma ao meio,
guardando dela aqui um quinhão
Que tentaria o mundo das fadas
alcançar, mas sempre em vão
Enquanto a outra parte dela
andasse pela escuridão
Até curvar-se e dar três beijos
numa bela fada de maio
Que águias do céu arrancaria, com elas
pregando-me a um raio
E se meu coração fugisse dela,
se se desvencilhasse dela,
Num ninho de estrelas envolto
a fada ainda o traria com ela
Até que dele se cansasse,
quando enfarada o deixaria
Num rio de fogo onde meninos
o acabariam roubando um dia,
O iriam pegar, dele abusar,
puxando-o, deixando-o fino,
Partindo-o em quatro fios
p'ra encordoar algum violino.
E todo dia e toda noite
tocariam nele um madrigal
Que todos poria p'ra dançar
de tão estranho e sensual,
E o público rodopiaria,
saltitaria, cantaria em coro
Até que, com o olhar em brasa,
desabaria em rodas de ouro....
Mas isso foi há sessenta anos,
e jovem eu já não mais sou:
Para tocar além do sol
meu coração já alçou voo.
Com mente e olhar cheios de inveja,
admiro as almas isoladas
Que tal vento lunar não sentem,
alheias à Dança das Fadas,
Que não seduzem que não as ouve,
quem não se atreve a ser tão forte.
Quando eu era jovem, eu era um tolo. Então
me envolvam em sonho e morte.
Ok. Faltam quarenta (e um) minutos para o Ano Novo aqui na Bahia. Isso me dá mais uns dez minutos para terminar esta postagem e mais meia hora para fazer a próxima.
Certo, certo, a análise.
Considero este um dos melhores poemas do livro e possivelmente um dos melhores do Neil (ainda não é melhor que A Paixão do Arlequim, mas...). Este belo poema fala sobre um senhor que está se lembrando de sua juventude (ao menos é o que me parece). Ele então discorre sobre suas peripécias de jovem e tolo. Sobre como ele se apaixonou por uma fada, sobre como se amarrou a uma águia, como divertiu jovens na Grande Noite (não me pergunte o que quero dizer com isso, ainda não tenho certeza).
Então, ele acorda, e percebe que tudo aquilo já passou, e ele é apenas um velho. Gosto de pensar que ele se volta para o "sonho e a morte" como Morpheus fez: uma espécie de constatação da realidade: está na hora de mudar. Espero que quando chegue a minha hora, eu possa fazer esta constatação com tanta elegância assim.
Provavelmente estou falando baboseiras, estou meio cansado, estou triste, estou com borboletas no estômago. Estou também com vergonha e há séculos eu não analiso um poema. E, como sempre, estou analisando este poema com base em como me sinto.
Bons sonhos a todos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Câmara Secreta - Neil Gaiman

Olá a todos que ainda passam por aqui.
Passamos muito tempo afastados, e sei que isso é em grande parte, minha culpa.
Para que possam me desculpar, irei postar A Câmara Secreta, de Neil Gaiman. Sage, esta é para você:
A Câmara Secreta
Não tema os fantasmas desta casa; eles são a menor de suas preocupações.
Pessoalmente, acho os barulhos que eles fazem reconfortantes,
os rangidos e passos no meio da noite,
seus truquezinhos de esconder coisas, ou tirá-las do lugar, acho
meigos, não pertuquietantes. Fazem o lugar se parecer muito mais com um lar.
Habitado.
À parte os fantasmas, nada vive aqui por muito tempo. Nem gatos,
nem ratos, nem moscas, nem sonhos, nem morcegos. Dois dias atrás
vi uma borboleta,
uma monarca, acho, que dançava de quarto em quarto
e pousava nas paredes e esperava perto de mim.
Não há flores nesta casa vazia,
e, temendo que a borboleta morresse de fome, forcei uma janela até escancará-la,
fiz minhas duas mãos em copas em torno do seu ser farfalhante,
e, sentindo suas asas beijando-me as palmas tão suavemente,
a pus para fora, e a vi voar para longe.
Tenho pouca paciência com as estações aqui, mas
a sua chegada aliviou o frio deste inverno.
Por favor, ande por aí. Explore quanto quiser.
Rompi com a tradição em alguns pontos. Se há
um cômodo trancado aqui, você jamais saberá. Não vai encontrar
velhos ossos ou cabelos na lareira do porão. Não encontrará sangue.
Olhe:
só ferramentas, uma máquina de lavar, uma secadora, um aquecedor
de água e um molho de chaves.
Nada que possa alarmar você. Nada sombrio.
Posso ser carrancudo, talvez, mas apenas tão carrancudo
como qualquer um que tenha sofrido o que sofri. Infortúnio,
descuido ou dor, o que importa é a perda. Você verá
a mágoa perdurar em meus olhos, e sonhará
pelos corredores desta casa. Trazendo um pouco de verão
no seu olhar, e com seu sorriso
Enquanto estiver aqui, é claro, você ouvirá os fantasmas, sempre no quarto ao lado,
e pode acordar ao meu lado à noite,
sabendo que há um espaço sem porta
sabendo que há um lugar que está trancado mas que não está lá. Ouvindo-os
lutar, gemer, bater, pisar.
Se você for sábia, correrá para a noite, farfalhando para o ar frio
vestindo, talvez, a camisola mais rendada. Os seixos duros da estrada
farão seus pés sangrarem enquanto corre,
portanto, se eu quisesse, poderia segui-la,
saboreando o sangue e os oceanos de suas lágrimas. Em vez disso, esperarei,
aqui, no meu lugar particular, e logo porei
uma vela
na janela, amor, para guiá-la na volta.
O mundo farfalha feito insetos. Acho que é assim que hei de me lembrar de você,
minha cabeça entre as saliências brancas de seus seios,
ouvindo as câmaras do seu coração.
Eu ainda não tenho certeza se entendi este poema. Amanhã posto minha análise.
Tenham uma boa noite, bons sonhos e um feliz ano novo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Adolescentes... uma nova fase?

Bullying é uma trauma p/ nossas crianças e jovens dos dias atuais. Apesar dele, machismo, calouragens, trotes e outras violèncias entram em ação..
O que mais serve de diversão aos aqueles que gostam de correr riscos de perigos?

Séculos anteriores, nós jovens erámos mais comportados. Era o fim da clássica época literária e artística. Poetas e pintores de grandes quadros foram classificados como pobres trabalhadores. Tivemos que obedecer aos pais e os nobres donos. Tivemos que trabalhar e satisfazer-los durante toda a vida. Éramos mais dentro-da-lei. Um orgulho de nossos pais, sejam altezas, condessas e outros burgueses. O respeito entre a família siginificava tesouro à vista. Ser ricos no breve futuro.

"Se respeitava os pais, futuramente teria trono deles. Caso contrário, estaria na rua e sofreria profundas torturas. E assim seguiu-se até surgir Indepedências e Políticas de Governo. A burguesia praticamente fora massacrada pelas exigências de um único homem, governador ou presidente, que agora mandava em suas terras." As famílias nobres tiveram que pagar para continuar com suas terras. Um novo marco estava começando! Um revolução histórica para a Juventude!

A partir deste momento, não haviam necessidades de satisfazer os pais. Já que o futuro não era mais o trono ou tal riqueza. Anos e anos se passaram. Continuamos comportados, mas não como antes. A liberdade que tinha em casa e definir como será nosso futuro tomou conta de todos vós. O Brasil, tornou-se um país mais liberal de regras a partir do século anterior. Sim... poderemos ser o que quisermos...!

a Ditadura Militar era outra que barravam nossosdireitos. Um nobreza na modernidade. Como é possível? Até esta altura todos já gritavam por diretos à vida e liberdade! Os protestos na Univeridade de Brasília, UNB, em 1961 marcou nossa primeira grande vitória!

"Os professores também estavam ao nosso favor. Os pais também. Os parentes também. Os amigos também. E o povo também!"

Mas o governo e com suas unidades de polícias, não. Como era odiável a questão de Política na época. Não queríamos mais nos sentir dentro das grades. Gritamos, gritamos. Vencemos, perdemos... Fim da Ditadura! Era como uma festa que durasse 24 horas por dia. Ou todos no vestuário sem roupas e sem pudor.

Leigão Urbana, Cazuza, Raul Seixas, Elis Regina, Cássia Éller A nova e conteporrânea fase da Juventude estava para começar.

Eles tomaram uma geniosa iniciativa que ninguém mais teve. Eles também foram quebrados por uma nova era da "Bundalização". O grupo É o Tchan, quando ainda era Gera Samba em 1995, agitava o Brasil em suas músicas e danças que ganharam um tom mais erótico e imaginário. Era uma loucura total, mas a mídia nbão se cansava de divulgar seus shows. (Vídeo aqui)

"Triste foi ver uma menina aparentamente de 10 anos, encima de um barco, rebolando e requebrando ao som de É o Tchan. Uma vergonha"

O que era para comemoramos nossa independência, agora se tornou em maldição. Nossos corpos são fontes de carne nova, nossa sensualidade e virginidade viraram alvos dos pedófilios. Os coroas e os ursos deixaram de ser os preferidos. Drogas, alcóol, estrupos, sexo sem camisinha, funk, pulseirinha de sexo e óbvio BULLYING!

"Por curiosidade, me espantei ao ver um vídeo erótico enviado pelo usuário de internet, em que, dentro de um ônibus lotado, um homem encoxava por trás de uma mulher sem ninguém pudesse ver, e abria o zíper da calça ali mesmo." (Vídeo aqui - CONTEÚDO ADULTO SÓ PARA MAIORES DE 18 ANOS) Maiores de 18 anos? Agora parece ser oficial dizer: MAIORES DE 16 ANOS. Alguém percebeu? Os países estão começando a tomar esta medida...

E quando essa vergonha irá acabar? Ato sexual em público está cada vez mais visível. De qualquer gênero, heterossexual ou homossexual. Ou melhor, bissexual em todos os casos. A nossa liberdade que sempre sonhamos resultou em uma maldição. Em uma irresponsabilidade. Atingiu até os "rebeldes" crianças. (Foto aqui). Exceto nossas opções sexuais. Foi uma sofrida conquista para nossa felicidade e liberdade de amar (Foto aqui).

"Ver em fotos divulgadas pelo Rede Globo, duas crianças de uma favela do RJ, brincando com arma de brinquedo, me deixou com medo insuportável"

Não é só no Brasil, mas também no mundo todo. Nossos filhos estão sendo frutos de todas essas maldições resultadas? Nós conquistamos nossa liberdade. Em breve iremos enfrentar as revoltas de vossos filhos. Eis a pergunta: Para onde a Humanidade caminha?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Bullying


Aqui, "de dentro para fora" significa começar com a gente e manter a nossa atenção sobre as causas e as curas que são mais profundas do que os reparos rápidos ou regras rígidas da sociedade. Não se trata de condenar facilmente, mas sim investigar os nossos próprios papéis - e da nossa cultura - na violência descrita nas manchetes sobre o suicídio de adolescentes e crianças, devido ao assédio moral.

Nossos bairros não são os únicos lugares no mundo onde o número de pessoas que ficam deprimidas ou propensas à violência em grupo ou isolada é enorme. No entanto, em uma população orientada para ter e produzir tudo, o problema ainda choca muitos de nós.

O “The New York Times” recentemente expôs a discussão da documentação judicial dos fatos que levaram a adolescente Phoebe Prince de 15 anos a cometer suicídio por enforcamento em Massachusetts.

Sim, Phoebe disse a amigos e autoridades o que estava acontecendo com ela. Muitos estão correndo para julgamento, dizendo que a escola ainda falha na política de "tolerância zero". Todavia, não existe tal coisa como a tolerância dita zero. Não se pode legalizar a tolerância ou mesmo ensinar este assunto.

A nossa culpa, e eu sinto isso, é que damos ouvidos a nossa própria intolerância e ao preconceito e ódio que mata através de insultos. Nós não aprendemos nada sobre ele, se não entendermos por que o ódio e de onde ele vem.

O grande comediante George Carlin, utilizou o conceito de contexto em algumas de suas mais requintadas sátiras politicamente corretas. E, embora nada sobre esses vergonhosos eventos possa provocar risos, a ênfase no contexto, é universalmente importante. Nós não podemos resolver ou até mesmo começar a penetrar o assédio moral generalizado e sádico em nossas escolas, sem conhecer nossos pais, nossas escolas, e porque não, o contexto nacional e internacional, bem como o ambiente em que vivemos e criamos nossos filhos.

Eu não quero estar cantando um hino sobre o assunto. Eu prefiro muito mais acordar algumas pessoas sobre o que a maioria de nós já sabe. Sabemos que devem ter o cuidado de prestar atenção em seus filhos, e tomar consciência que o comportamento de um adolescente não pode ser monitorado pela simples advertência verbal ou punição. O fundamental é a confiança entre filhos e pais.

E o que poderia começar a fazer a diferença é perceber que os bullies precisam de uma compreensão que o Estado de Direito não pode dar. Nós sabemos a muito tempo que aqueles que abusam são vítimas de abuso. Há muitas crianças que podem ser alcançadas se forem ouvidas. E nós precisamos dizer em alto e bom som que os bullies não são meramente legais ou não, bons ou maus, eles tem problemas.

Enquanto fragilidade estiver associada somente às vítimas, o que irá se perpetuar é idéia de bullying como o ato do forte. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Temos que fazer a coisa mais inconveniente do nosso tempo, que é olhar para o bullying que cometemos em nossas próprias vidas.

Existem crianças e famílias perturbadas, que, se nós simplesmente culparmos as intimidações dos pais (que já estão intimidados pela sociedade e julgados com base em sua capacidade de "criar" uma criança que prove que eles são pessoas decentes), então eles vão apenas afundar na depressão e no medo. Ou eles vão para um tenebroso caminho de punir seus filhos em vez de ouvi-los e conhecê-los. O mesmo acontecerá, se nós simplesmente culparmos as escolas e, em seguida, fizermos o mesmo com os conselheiros da escola, professores e diretores. Como resultado, não haverá ninguém para ouvir a dor e o ódio das crianças, porque os adultos estarão com muito medo de se meter em encrencas.

É pertinente lembrar-nos da sombra que todos nós temos. Um termo cunhado por Carl Gustav Jung, a sombra representa o compartimento interno onde nós escondemos nossos próprios sentimentos, aqueles que nos assustam ou enojam. Jung escreveu em 1950, numa altura em que estava se tornando claro que diabolizar uns aos outros pode significar a destruição do nosso planeta através de armas nucleares. Ele ainda não tinha visto o avanço do terrorismo e da desumanização das pessoas, embora seu trabalho incluísse essas possibilidades. Mesmo assim, a sua presciência não pode ser negada.

Nós podemos ter que enfrentar as nossas próprios guerras internas para determinar o quanto podemos tolerar a destruição, e a nossa vontade ou compromisso de parar de demonizar uns aos outros por possuir até as partes de nós mesmos que não gostamos. Quando nos tornamos mais seguros a admitir todas as matizes de sentimento, poderemos então começar a deter a maré da tendência humana em busca de vingança e arbitrariamente dividir as pessoas em "boas" ou "ruim".

Para aqueles que precisam se apegar à sua reputação de inocência ou de superioridade moral, o desafio de admitir derrotas pessoais e falhas tem pouco apelo. E para os extremistas - mesmo em casa - que acreditam que a vida após a morte é tudo que importa, o trabalho que leva ao próprio conflito e até a responsabilidade pode não parecer valer a pena.

No entanto, se decidirem ouvir todas as crianças que estão cheias de ódio e medo, eles certamente irão nos dizer os seus sentimentos de alienação. O risco é que eles são obrigados a manter os adultos como responsáveis por mudar o contexto de concorrência cultural constante, que pode ser sufocante. Claro, que podem dizer que os amam, mas não vão poder ouvi-los, se não ousarem enfrentar o mundo mudando e dando sua própria justiça.

Jung, em sua sabedoria impressionante sobre o tema da Sombra, lembrou-nos que é só através de imperfeição que podemos aprender a cuidar e amar, pois a imperfeição nos lembra que precisamos de outro. Aqueles que se iludem sobre ser perfeito ficaram distantes e vulneráveis.

Como uma sociedade moderna, somos fortes o suficiente para deixar de lado nossa vulnerabilidade e assumir todo o tipo de sentimento e de cuidar de nós mesmos e uns aos outros, não importa como e por quê?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Jorge Amado - Letra e Música

Seguindo um pedido, estou postando aqui um cd sobre poemas e livros de Jorge Amado.
O comentário vem posteriormente, espero que gostem.
Shalom.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Teorias sobre o Medo

"O Medo está apenas na mente, mas nos toma a todo, todo momento".
Evanescence
Ora, temos medo a todo momento, das coisas mais bobas.
E todas as pessoas tem medo.
Algumas tem medo de altura, de cachorros, de escuro. Todo medo é irracional, e, como cantou Amy Lee, "está apenas na mente".
Um velho ditado baiano diz "Quem tem...", bem, passo o ditado.
Tenho alguns medos. Na verdade muitos. Medo de gente... Medo de mim. Medo do que posso fazer às pessoas.
Ao iniciar esta postagem, pensei que escreveria muito mais. Só que mudei de ideia. Mudei para o Arrependimento.

♠ Ato II, Cena 3

Bem, imagino que vá não dizer o seu nome.
Para que eu deveria? Ah, acho que é o usual, não?
Não, imagina!
[Ambos os irmãos falam em uníssono]
Acredito que possam me chamar de Don Luca Cedra.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

As Cidades e os Personagens

Estamos em Marte, estamos no ano 3000, eis as cidades desta grande aventura! Atlanta (dos Soviéticos) População: Baixa Característica da Cidade: Pequena vila medieval, torres, fazendas, alquímias, lojas de magias e o Castelo de Kremlin, o território protegido pelos gladiadores da rainha e pela Grande Muralha Clima: Todas as estações. Natureza: Animais domésticos e de fazenda. Todos deles pertencem exclusivamente à rainha. Florestas de grande porte, com um pequeno lago dos cisnes. Cor representante: Azul-claro, que representa a única fonte de água sob comando da rainha. Personagens principais: Harlequin Colombina Pierrô Kabbalista Personagens: Aelita, a rainha soviética de todo o planeta Marte. Gareth, a espiã, detetive e parceira fiel da rainha. Cossack, o cavaleiro soviético guarda-costa da rainha. Phalanx, os quatros falanges de alta elite. Gladiadores, os soldados da rainha. Xerife, chefe americano preso no Castelo de Kremlin. Sarah, enfermeira americana foragida. Cavalo Vermelho, o unicórnio foragido. Mercúrio (dos Demônios) População: Alta Característica da Cidade: Tecnológica e populosa. Paraíso infernal, por ser rodeada por vários vulcões fiéis à cidade. Fechada pelos muros e pelo portão de entrada, vigiado por Cérberus. Clima: Somente Verão. A cidade normalmente ultrapassa dos 36º Natureza: Apenas raros salamancas e dragões foragidos. Cor representante: Vermelho, a cor do fogo, do poder e do trabalho-escravo. Personagens: Pit Demon, temído rei de Mercúrio e líder dos demônios Impies, soldados demônios Cérberus, o cão de três-cabeças guardião de Mercúrio. Calixto, espiã e escrava amante do rei e de seus aliados, invocadora de criaturas diabólicas e poderosa gladiadora de combate. Os últimos humanos (a maioria americanos), agora escravizados pelo trabalho-forçado para o rei. Rhodes (dos Egípticos) População: Baixa Característica da Cidade: Arquípelago grego, a cidade mais distante das demais cidades. Estátua do Hélios de Rhodes anuncia a entrada na deserta ilha. Misteriosas pirâmides e uma passagem secreta para a cidade subterrânea de Chernobyl. Em Rhodes, temos o Castelo do Sol nas nuvens. Guardado pelo príncipe Hélios, lá é uma escola de magias e novas especialidades. Clima: Tropical como Verão e Primavera. Natureza: A ilha é um paraíso de diversas raras plantas. Cor representante: Amarelo, a cor do Sol e a cor dos venenos de plantas carnívoras. Personagens: Príncipe Hélios, está prestes a ser assassinado pelos egípticos, ainda se protege dentro do Castelo do Sol. Rhamsés, o faraó egíptico imortalizado, guardião das misteriosas Pirâmides. Escorpião Rei, o guardião do faraó. Múmias, soldados do faraó. Algumas múmias montam-se em camelos, equipados com potente arco e flecha venenosos. Chernobyl (dos Vampiros) População: Média Característica da Cidade: Caverna subterrânea, sombria e fria. Cidade longa, a maior cidade de Marte. Um pequeno lago dos mortos escondido nas florestas negras. O ínicio de nossas jornadas. Clima: Inverno. Nuvens sempre escuras com seus trovões assustadores que sempre quebram o silêncio. Natureza: Apenas cavernas cristalinas e rochosas. Variosas espécies de morcegos e aranhas viúvas-negras. Cor representante: Roxo/Preto, as cores do terror e das escuridões. Personagens: Líder dos Dráculas, ainda desconhecido e misterioso. Sucubbus, outra tribo de vampiros, traz pesadelos e atormenta sem dó quem adormece. Franskenstein, que não possui sangue, ele é imortal e gigante ínimigo dos vampiros. Lich, um poderoso imortal mago e inimigo de todos os magos. Zumbis, devoradores de todas espécies de criaturas. Esqueletos, soldados dos dráculas. Terríveis e imortais, sempre que são derrotados, se multiplicam cada vez mais, fortalencendo-os numa grande vantagem! Morte, aliado de todos reis e rainhas, o inevitável monstro que leva personagens e criaturas falidas diretamente para Frozeen, o parque fantasma. Frozeen (dos Fantasmas) Característica do parque: É a contianução de Chernobyl, porém Frozeen é o fim do mundo. Caveiras e ossos espalhados nas neves, este parque esconde um brilhante baú com lampião mágico. O sortudo que achar este baú poderá escolher os três desejos milagrosos, como novas magias, poderosos equipamentos e até mesmo portal mágico para teletransportar em qualquer canto de Marte. Este parque só acomoda os fantasmas, por isso, personagens e criaturas mortas no mundo vão parar aqui, descansando em paz. Frozeen é a porta que separa o mundo de Aleita com o mundo humanos, esta porta permanecerá fechada para sempre. Frozeen é palco também, da última parte da aventura, em que os personagens encontram finalmente uma saída para salvação: abrindo a porta e voltarem ao mundo humano. Clima /Natureza: Somente Inverno, sempre ultrapassando dos -20º. Floresta morta coberta de neves. Parque sem vida. Cor representante: Branco.

★ Ato 3, Cena 2

[Ao chegar em Chernobyl, as árvores negras, que antes se movimentaram muito, agora se encontram paralisadas] [Elas assombram o sopro de ventos congelados em nós, fazendo que nossa mente se confudisse por algum momento] ★ Onde estamos, Harlequin? ★ Lembrastes como viemos parar até aqui? ★ Não consigo lembrar de mais nada... para onde esse caminho nos levará? ★ O medo é meu ponto fraco. É a porta para novas loucuras. Fico apavorado em arriscar desafios que vierem. [ouvindo histórias sobre os vampiros] ★ Você já deve ter alguma passagem por aqui. Chernobyl parece-lhe familiar. ★ Se Nosferatu já eram e Sucubbus parecem não viverem mais aqui, posso sentir uma presença de algum Draculae neste lugar... ★ A cidade deve ser dominada pelo território deles, ninguém mais vem neste lugar. [O homem com seu sombrio capote se aproximara mais de nós] [Sussurrando bem baixo pelos pequenos ouvidos de Harlequin] ★ Observe a ansiedade dele de nos aproximar, é uma ameaça, Harlequin!

♠ Ato 2, Cena I

[Chegam numa cidade escura e enevoada]
Chernobyl, Harlequin?
[Pierrô está relutante.]
Onde mais podemos estar salvos? Aelita nunca se lembrará de nos procurar aqui!
[Harlequin está muito mais confiante e animado]
Mas... Aqui é Chernobyl! Foi devastada e está sob controle de vampiros.
Sim... Está.
[A despreocupação de Harlequin está paupável]
Não se preocupe, esqueceu que eu já passei muito tempo com eles? Tu tens que saber apenas algumas coisas sobre eles:
Existem basicamente três tipos de vampiros andando por aqui: Nosferatu, Succubus e Draculae. Os Nosferatu estão decadentes, começaram a decair lá pelo ano 2000. Estão também em extinção e o poder está ameaçado. São o vampiro comum.
Contra eles, podemos lutar com cruzes, estacas, facas e coisas do tipo, contanto que de prata.
As Succubus e seus parceiros Inccubus são incomuns e só nos atacam quando dormindo. Você irá vê-las como a mulher mais bela que há. Duvido que você veja um Inccubus... Se vir uma delas, grite! E depois disso, só durma com uma navalha do seu lado.
E...?
Os Draculae são, de longe, os mais perigosos. Se transformam em lobos, ratos, nevoa e até pequenos tigres. Descendem do próprio, e são tão ruins de matar quanto. Mas eles raramente atacam viajantes e exilados. Não, provavelmente os vampiros serão nossa menor preocupação. Talvez possamos barganhar ajuda deles. A única coisa que eles temem são rios. Eles nunca os atravessam com a maré cheia...
[Fica pensativo]
Ah, é claro! Também temos o bom e velho método do arroz. Se um vampiro estiver te perseguindo, faça uma pilha de arroz e corra. Ele vai ficar lá contando.
Ainda assim, é o fim do mundo!
Só o é se você veio da direção errada...
[Os dois ficam espantados. Um homem com capote negro como o breu e silencioso como a noite havia se aproximado.]
♦ Por que estão tão serios? Ora, não tenham medo!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Apresentação - Marte, o Início do novo Mundo

"A Galáxia é o paraíso cheio de vidas.
Nela, em volta de diversos planetas e asteróides, remaremos diretamente para Marte, o planeta conhecido por ser palco da maior batalha entre a humanidade de toda a galáxia: Capitalismo (Estados Unidos) e Comunismo (União Soviética)."
Estamos no Futuro. Estamos no ano 3000.
Há 1.009 anos atrás, exatamente no ano 1991, o historiador Hepróx definia eternamente a extinção da União Soviética. Mas a vida nos revelou ao contrário: o Comunismo voltara a existir no ano 2411, após uma forte crise do sistema capitalista da Rússia até então.
Marte, o planeta que passou a ser explorado e dominado pelos soviéticos foi o motivo que levaram os americanos a invadirem o planeta e capturassem o poder das mãos dos soviéticos.
Foi o suficiente para iniciar a sexta e última Guerra Mundial, por descuido da humanidade, o planeta Terra já dominado pelos americanos e seus aliados se viu dividir ao meio após o colapso da gigante bomba atômica, permitindo assim que as lavas vulcânicas do centro do planeta pudessem entrar em ação e devorar toda a natureza.
Não havia mais nada o que fazer, o mundo já tinha virado um armazén de lixo atômico e o planeta Terra, sem mais poder receber as luzes do Sol, voltara ao ínicio da Era Glaciar.
Os soviéticos e alguns americanos foram únicos sobreviventes.
Anos depois, a grande massa de população da União Soviética vazou por desidratação e fome azeda, matando quase todas as vidas humanas em Marte, únicas vidas restantes da Galáxia.
As últimas cidades em vida que restam nesta Galaxia do ano 3000:
Atlanta:

Mercúrio:

Rhodes:

Chernobyl: