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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quem?

Eu adoro The Who.

E há algum tempo atrás eu acho que eu poderia ter dito "Boa noite, pessoal!" antes de começar a postagem, mas é porque eu estou ouvindo The Who agora e... Bem, é The Who. Boa noite, pessoal! A piada do título foi infame e batida, mas eu me divirto tanto... :)

E uma das melhores músicas deles é a classicíssima Won't Get Fooled Again. É a música tema de algum dos CSI, acho que é do Miami. Mas não importa, o que importa é o quão linda e perfeita e correta é a letra. A tradução tá embaixo. Selecionei algumas partes. Dizem que para bom entendedor, meia palavra basta.


Won't Get Fooled Again

We'll be fighting in the streets
With our children at our feet
And the morals that they worship will be gone
And the men who spurred us on
Sit in judgment of all wrong
They decide and the shotgun sings the song

I'll tip my hat to the new constitution
Take a bow for the new revolution
Smile and grin at the change all around me
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
And I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again

Change it had to come
We knew it all along
We were liberated from the fall that's all
But the world looks just the same
And history ain't changed
'Cause the banners, they all flown in the last war

I'll tip my hat to the new constitution
Take a bow for the new revolution
Smile and grin at the change all around me
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
And I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again
No, no!

I'll move myself and my family aside
If we happen to be left half alive
I'll get all my papers and smile at the sky
For I know that the hypnotized never lie
Do ya?

There's nothing in the street
Looks any different to me
And the slogans are replaced, by-the-bye
And the parting on the left
Is now the parting on the right
And the beards have all grown longer overnight

I'll tip my hat to the new constitution
Take a bow for the new revolution
Smile and grin at the change all around me
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
Then I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again
Don't get fooled again
No, no!

Yeah!

Meet the new boss
Same as the old boss


Não Seremos Enganados Novamente

Estaremos lutando nas ruas
Com nossos filhos em nossos pés
E a moral que eles pregam, irá sumir
Eos homens que nos incitaram
Jugam que todos estão errados
Eles decidem e as espingardas cantam o som

Eu tirarei meu chapéu para a nova constituição
Prestarei reverência a nova revolução
Sorrindo sem graça pelas mudanças em minha volta
Pego minha guitarra e toco
Exatamente como ontem
Ai me ajoelho e rezo
Não seremos enganados novamente

A mudança, ela tinha que vir
Nós sabiamos disso o tempo todo
Nós fomes libertados do curral, isto é tudo
E o mundo parece sempre o mesmo
E a história não muda
Porque os banners, eles estavam lançados na última guerra

Eu tirarei meu chapéu para a nova constituição
Prestarei reverência a nova revolução
Sorrindo sem graça pelas mudanças em minha volta
Pego minha guitarra e toco
Exatamente como ontem
Ai me ajoelho e rezo
Não semos enganados novamente
Não, não

Eu saio com minha familia de lado
Caso aconteceça de sairmos meio vivo
Eu pegarei todos meus documentos e sorrirei aos céus
Embora eu saiba que os hipnotizados nunca mentem
Não é?

Não há nada nas ruas
Parece diferente para mim
E as propagandas estão repletas
E a parte da esquerda
É agora parte da direita
E as barbas tornaram-se grandes de repente

Eu tirarei meu chapéu para a anova constituição
Prestarei reverência a nova revolução
Sorrindo sem graça pelas mudanças em minha volta
Pego minha guitarra e toco
Exatamente como ontem
Ai me ajoelho e rezo
Nós não seremos enganados novamente
Não seremos enganados novamente
Não, não!

Yeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!

Conheça o novo chefe
Igualzinho o velho chefe





Algo mais a dizer?
Acho que só "bons sonhos".

sábado, 2 de julho de 2011

Fim.

Oi.

Tem um bom tempo, né?
Quero dizer, eu sei que tem um bom tempo.
Não tanto quanto no ano passado.
Não vou tentar criar desculpas para ter sumido. É contra a Regra Nº 1 da lindissima, fofissima, charmosissima Agente Especial Abby Borin (nunca fazer desculpas [ela é de NCIS. É interpretada por Diane Neal, que fez Casey Novak em Law & Order SVU]). Vou pedí-las. Sinto muito.

E eu estive procrastinando essa postagem a muito tempo.
Cerca de um mês e dez dias.

Ontem eu assisti o ultimo episódio da 3ª Temporada de Castle (sendo honesto, ontem eu devo ter assistido no mínimo seis episódios dessa temporada.) e pensei "Amanhã eu faço essa postagem. Não tem como adiar mais.".
É sobre fim. O Fim. (nota póstuma: a postagem está longa e é baseada em citações. Trechos inteiros. Se desistirem, de ler, não vou julgar vocês. E, mais importante: eu estou malucão hoje [só hoje?!], então, eu vou entender se quiserem colocar nos comentários coisas como "Rafael, na salada se coloca vinagre, não cachaça." ou "Acho que o Zé da sua mercearia está te vendendo outras coisas no lugar de coentro".)

Tem mais ou menos um mês e dez dias que eu comprei Sinal e Ruído.
É lindo.
Em certos momentos, é o melhor trabalho da parceiria Gaiman-Mckean (é claro que eu escreveria o nome de Gaiman antes, não poderia ser diferente no meu mundo).
Em certos momentos, é o melhor trabalho da parceiria Neil-Richard-Gaiman.
Em outros, é o que mais aproxima Gaiman da realidade.
Aprendi muito lendo esse livro.
Aprendi como sobreviver.
Aprendi como morrer.
Sobrevivi e morri.

Mas essa postagem não é sobre mim.
Ou talvez seja totalmente sobre mim.

Desculpa, estou me adiantando. E fazendo uma piadinha bem sutil, que só quem já leu muito pode perceber. Não é mais do que uma curta parafrase de um trecho de Signal to Noise. Divagando. Este trecho eu não escrevi na ordem que lhes aparece, devo dar um aviso: estou divagando demais hoje.

Minha ideia era postar um pouquinho só sobre Castle (uma parte eu já coloquei, a outra vem agora: é um dos meus seriados favoritos. Assistir o ultimo episódio disponível me fez pensar sobre fins e o quanto podem ser dificeis. Estou com saudade do seriado. E Stana Katic está lindíssima esta temporada. Caramba, ela é que nem um bom vinho: fica melhor com a idade. Quando eu a vi no inicio da temporada eu fiz ":-O Beckett? A mesma Beckett?".
E estou elocubrando demais. Saindo do foco.
Enfim, minha ideia era postar sobre Castle, Sinal e Ruído e fazer um link entre Sinal e Ruído e uma música que eu tenho ouvido... Bem, eu diria "obcecadamente", roubando as palavras de um amigo meu, mas o correto é 24/7, porque na minha mente, mesmo o mais obcecado  tem que pausar por um momento sua obsessão (mesmo que seja para dormir durante 1/4 de segundo e voltar a lurkar. O mais dedicado stalker continua tendo sono, não? Embora ele possa dormir enquanto a presa que ele está stalkando [essa palavra não existe] também está [divagando de novo... Por favor, não me deixem sair assim do foco, tá?]). Voltando ao assunto, entre Sinal e Ruído e uma música que tenho ouvido o tempo todo. Literalmente. Estou ouvindo agora no Youtuberepeat. 
Acho que eu deveria ter nomeado a postagem propriamente, e vou me retificar. É fazer um link entre a música e Sinal e Ruído.

A música é Waiting For The End.


Marquei um trecho.


Esse não é o fim, esse não é o começo
Apenas uma voz como uma revolta balançando cada melhoria
Mas você ouve o tom e o ritmo violento
Embora as palavras pareçam firmes, tem algo vazio dentro delas
Nós dizemos, "yeah"
Com os punhos voando no ar
Como se estivéssemos nos segurando a algo que é invisível
Pois estamos vivendo à mercê da dor e do medo
Até morrermos,
Esquecermos,
Deixarmos tudo desaparecer

Esperando o fim chegar,
Desejando que eu tivesse força para suportar
Não é isso que eu tinha planejado
Isto saiu do meu controle
Voando à velocidade da luz,
Pensamentos giravam na minha cabeça
Tantas coisas que não foram ditas
É difícil deixar você partir

(oh) Eu sei o que é preciso para seguir em frente
(oh) Sei qual é a sensação de mentir
Tudo que eu quero fazer é trocar essa vida por algo novo
Tomando posse do que eu não tive

Sentando em um quarto vazio,
Tentando esquecer o passado...
Isso nunca foi feito para durar
Eu queria que não fosse assim

(oh) Eu sei o que é preciso para seguir em frente
(oh) Sei qual é a sensação de mentir
Tudo que eu quero é trocar essa vida por algo novo
Tomando posse do que eu não tive

O que restou quando o fogo acabou
Eu achei que era o certo,
Mas o certo era errado
Tudo apanhado no meio da tempestade
E tentando entender qual era a sensação de seguir em frente
E eu nem mesmo sei que tipo de coisas eu disse
A minha boca continuava mexendo e a minha mente morreu
Juntando os pedaços sem ter por onde começar
A parte mais difícil de terminar é recomeçar

Tudo que eu quero fazer é trocar essa vida por algo novo
Tomando posse do que eu não tive

Esse não é o fim, esse não é o começo
É só uma voz como uma revolta balançando cada melhoria
Mas você ouve o tom e o ritmo violento
Embora as palavras pareçam firmes algo se esvazia dentro delas
Nós dizemos, "yeah!"
Com os punhos voando no ar
Como se estivéssemos nos segurando a algo que é invisível
Pois estamos vivendo à mercê da dor e do medo
Até morrermos,
Esquecermos,
Deixarmos tudo desaparecer

(segurando naquilo que eu não tenho)


Agora eu vou para Sinal e Ruído.
Tem andado comigo todo dia desde que eu comprei.
Praticamente não sai das minhas vistas.
A sinopse é "Em Londres, um diretor de cinema descobre que está com câncer e tem pouco tempo de vida. Ele estava para iniciar a produção do que seria seu maior filme: a história de um vilarejo na Europa Central durante os últimos minutos do ano 999 d.C, aguardando a vinda do apocalipse. Agora, esse roteiro jamais será filmado.
No entanto, ele continua trabalhando na pr odução em sua mente, fazendo um filme que ninguém jamais verá. Ninguém a não ser você."

Um dia talvez eu digitalize esse que nem eu fiz com A Paixão do Arlequim, cujo arquivo em .rar, acabei de reparar, está M.I.A... Tenho que achar... Talvez eu ache no meu antigo e-mail. Divagando... Enfim, eu digitalizo quando descobrir um jeito de digitalizar que não envolva machucar o meu bebê. E isto significa dobrar ou colocá-lo numa multifuncional. Ou seja, não tão cedo.
Pensei em tirar fotos de alguns trechos interessantes, mas a qualidade das fotos está horrível.
Não vou dar nenhum Spoiler.
Usarei citações desconexas e fora da ordem. Leiam Sinal e Ruído. Amem, riam, chorem. Desesperem-se. Mas não deixem de ler. Vale a pena. Cada milésimo de página.

"999 d.C., ultimo dia do ultimo mês do ano."


"A mortalidade é algo difícil de encarar.
'Aquilo que não nos mata nos fortalece'. Pode até ser, mas o que nos mata nos mata, e isso é dureza.
O que é preciso para a vida ter sentido?
Sinal e ruído:
O que é sinal? O que é ruído?"
Há algum tempo eu pensei um bocado sobre isso. Às vezes é melhor morrer que se fortalecer. Pode ser mais justo ou menos doloroso ou o certo. Às vezes é o errado. Às vezes, simplesmente é.


"A história é menos verdadeira por ser uma mentira?"

"Talvez eles estejam olhando para o céu.
Ali, está vendo?
Um deles está gritando...
...mas não conseguimos escutar o que diz.
Talvez estejam se preparando para deixar para trás tudo que possuem.
Talvez estejam, lenta e verdadeiramente, começando a acreditar..."

"Parado em um sinal de trânsito, olho de relance as linhas da minha mão - da mesma forma como o faço agora.
Vejo uma cicatriz na base do polegar, onde me cortei na infância com uma garrafa quebrada. Meu passado está escrito ali.
Mas e o meu futuro?
Examino a minha mão, tentando adivinhar um futuro na sua rede de ranhuras e caminhos.
Eles se mantêm ilegíveis.
E eu retorno ao passado."
Eu coloquei vários trechos para dizer coisas a um amigo. Tópicos que surgiram na nossa ultima conversa. Este é simplesmente para dizer a ele que não acredito em Destino. Ou se acredita em Destino ou em Justiça. Prefiro esse ultimo.

"Inanna falando,
dizendo coisas,
ela sente muito,
os médicos cometem erros,
ela sente muito mesmo,
novos tratamentos a cada dia,
se ela puder fazer alguma coisa,
sente muito de verdade,
e por aí vai,
falando,
mas sem dizer nada.

Somente ruído".

"Estão indo para um lugar mais alto esperar pelo fim do seu mundo."

"Só que eu não acredito no apocalipse.
Acredito na apocatástase.
Acho que esse é o título ideal para o Filme. É uma palavra difícil, e ninguém sabe o que significa, mas, fora isso, é um ótimo nome.
A-po-ca-tás-ta-se.
o significado:
1) Restauração, restabelecimento, restituição;
2) Retorno a um estado ou condição anterior;
3) (Astronomia) Retorno de um astro à sua posição aparente, conclusão de um período de rotação.
Pense a respeito."
Não acredito na Apocatástase. Nada retorna a um "estado ou condição anterior". Na primeira vez que pensei em voz alta (para mim mesmo, sendo honesto) sobre não acreditar na Apocatástase, me apareceu um diálogo entre duas pessoas. Dois amigos. Um homem e uma mulher (certo, vou admitir quem são e contar um segredo meu. Eram Castle e Beckett. Eu assisto isso tem mais de um ano, quando foi ao ar aqui. E gostei muito mesmo. É engraçado e divagando. Mas toda vez que eu gosto assim de um seriado ou filme, ou livro, ou um acontecido na minha realidade, entre um episódio e outro eu paro um pouco e penso como poderia ter sido ou um possivel diálogo que não foi às telas. Da ultima vez que isso me aconteceu, ou da penúltima, foi com O Livro do Cemitério) e ele falava para ela o porque de não acreditar. E ele ia "Não dá pra acontecer isso. Pense comigo. Estamos aqui, sentados. Se eu me inclino por esta mesa e te beijo, mesmo que não significasse nada pra mim ou que não signifique nada pra você e nós nunca mais falemos sobre isso e que isso não mude nada no nosso relacionamento, nunca vai voltar a ser o que era antes. Porque nós sabemos o que aconteceu." Inventei isso tudo. Agora. Não que eu brinco com possiveis realidades que aconteceram, não, isso eu faço. Acredito na MWI, e tenho certeza que há pelo menos uma centena  de outros mundos em que eu estou escrevendo uma postagem diferente. Inventei a metáfora agora. Na minha mente deturpada e cansada, ficou legal. No papel site, eu não sei. Tem um mundo em que a Primavera em Paris nem sangrou nem terminou. Tem um que em que ela sangrou por um motivo completamente diferente. Tem um que nunca existiu. E por aí vai. Deixo aqui outras duas recomendações: FlashForward, livro e seriado. Eu amava esse seriado. Há um mundo em que esse seriado não foi cancelado na 1ª temporada, um em que ele nunca foi filmado, outro em que é um remake, outro que Gaiman faz o roteiro de um episódio, outro que Jack Sparrow aparece faz uma belíssima cena de luta de sabres de luz com o Comodoro Norrington (piadinha... Jack Davenport [Norrington] faz um dos papeis principais no seriado, o qual, por acaso, é no livro o protagonista), outro em que... Vocês já entenderam. Em qualquer um dos mundos.

"Eles disseram - os críticos, os resenhistas - que as minhas imagens eram desoladoras. E eu concordei com eles.
Na época eu concordei. Mas agora...
Talvez seja verdade.
Eu não sei. Vivemos em um mundo onde as únicas imagens utópicas são as que aparecem em intervalos comerciais: visões mágicas de um mundo impossivelmente hospitaleiro, povoado de homens, mulheres e crianças dotados de grande beleza, olhos faiscantes...
Onde ninguém morre...
Onde tudo o que é necessário se resume a um produto barato e fácil de encontrar - um pacote de amendoim salgado, ou um novo produto para limpar tapetes -, que trará felicidade imediata em altas concentrações.
Nos meus mundos as pessoas morriam.
E eu achava isso honesto.
Achava que estava sendo honesto.
Achava que estava dizendo a verdade. Achava que..."

"Os seres humanos estão sempre vivendo os seus ultimos dias.
Quanto tempo nós temos?
No máximo cem anos antes que o nosso mundo acabe."


"E eu me pergunto:
Por que estou escrevendo um filme que nunca vou filmar,
criando algo que ninguém vai ver?
O mundo está sempre acabando para alguém.
É uma boa fala.

Eu a coloco na boca do pai da crianla.
Ele diz isso à esposa.
'O mundo está sempre acabando para alguém', ele diz.
Ela está tentando acalmar o bebê, e não o ouve.
Duvido que faria diferença se tivesse ouvido."


"O grande apocalipse não existe. Só uma procissão de pequenos apocalipses."
Em algum momento em Signal to Noise, é afirmado algo como "Não acredito no Apocalipse. Existem diversos apocalipses. Um para cada um de nós.". Não concordo com essa ultima parte. Existem muito mais que apenas um apocalipse pessoal. Não sou a mesma pessoa que acordou esta manhã às 09:13 ou às 09:23 ou algo do tipo de um sábado. E que não era qualquer sábado. Mudei desde então. Não sou a mesma pessoa que almoçou. Ela morreu. Todo mundo muda. Ninguém nunca muda. Eu continuo sendo eu. Tenho a mesma altura, quase o mesmo peso, mesma cor de cabelo. Mesmos gostos. Mas na pior das hipóteses eu estou mais velho. E isso me muda completamente. E não muda nada. E esta postagem está mais louca do quê conversa de um bêbado com um poste, mas precisava tirar isto da mente.

"A parte mais dificil do fim é recomeçar." É. Em todos os níveis. Pensei em fazer uma relação com um trecho de O Livro do Cemitério, mas vou poupar vocês. 

"Os apocalipses estão a cada esquina. As palavras significam o que nós queremos que signifiquem."

Está ficando tarde a a postagem está começando a feder de tão longa. Na realidade, acho que o que está fedendo são os cadáveres dos camaradas que tentaram ler a postagem toda e morreram no meio do caminho de velhice. É sério, Matusalém vai postar um comentário dizendo que ele demorou mais tempo lendo esse post do que vivendo antes de ser arrematado ou foi arrebatado, algo do tipo. E foram 969 anos. Saio com a uma sensação de dúvida: disse ou não tudo o que tinha pra dizer? Acho melhor pensar que disse tudo o que era pra dizer hoje.

Tinha uma nota que eu deveria fazer. E eu esqueci.

Uma eu ainda me lembro: o sábado é especial porque é Dois de Julho. Independência da Bahia. Me faz lembrar das aulas de Filosofia com Belzinho... Deus... Faz tempo. Toda uma vida.

Tem uma outra nota: é chato ter que esperar até uma temporada de um seriado querido ir ao ar. A 4ª de... Castle, é claro, não deve começar antes do dia 20/09/2011. Talvez, com sorte, seja no meu aniversário. Ia ser muuuuuuuito bom.

Desejo bons sonhos a vocês, meus amigos...


"But in the end,
It doesn't even matter."

domingo, 15 de maio de 2011

Retratos de Desespero - Números 6, 7, 9 e 10, fora o 3

Boa noite.

Não tenho um Scanner aqui.

Não tenho como arranjar um também. Vou direto para a postagem.

"E as pessoas perguntam
será que a Desespero se desespera,
será que o Sonho sonha,
será que o (a) Desejo deseja?

É mais simples que isso.
Ele é Sonho.
Ela(e) é Desejo.
Ela é Desespero.
Tire o desespero e nada sobra.

Nada, exceto um quarto vazio,
e um anzol de tamanho e forma
perfeitos para fisgar seu coração.".



"Seu beijo é o oceano profundo.


Seu beijo não é o oceano profundo.
Seu beijo são os céus cinzentos.


Seu beijo é um beco sem saída.


Seu beijo é seu toque, é sua respiração
é seu dedo, é o que resta
quando os risos se encerram.


Seu beijo é o cão negro que segue você na escuridão.


Existe um cão negro sob os céus cinzentos, pelo
beco sem saída, junto ao oceano profundo.
Não é o beijo dela. Aproxime-se..."

"Não foi o fato de se amarem, ou saberem que nunca poderiam estar juntos,
Não foi o vento no beiral da casa vazia, ou o ruido seco
dos remédios dentro da garrafa de vidro marrom.
Também não foi o gosto amargo com apenas uma caixa velha de vinho tinto para lavá-lo.


Não foi o fato de acordar com ela morta, enquanto você ainda estava vivo.




Foi a maneira como seus dedos tremeram. Fui um gagejar e o jeito de sua lingua
quando tentou falar. Foi o som das sirenes chegando mais perto.
Foi saber que nunca mais você teria outra chance."

"Desespero se lembra.

É uma recordação peculiar e chata,
na qual as coisas se tornam desoladoras e atadas à escuridão.

Existe alegria aqui,
é claro,
e amor,
e carícias.
A presença que faz
o presente ser absolutamente
insuportável.

Sem triunfo,
sem amor,
sem alegria,
o trabalho dela seria em vão."

"Ela decidiu fazer uma lista das coisas que a deixavam feliz.
Ela escreve 'flor da ameixeira' no topo da página.

Então, ela olha fixamente o papel,
incapaz de pensar em algo mais.



Por fim, começa a escurecer."


E eu estou experimentando alguns retratos de Desespero.

Já escureceu também.

Não matei ninguém, porém.


Não que eu saiba.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mudam-se os Tempos

Olá, Pessoas!

Como estão?

Espero que esteja tudo ótimo.

Enfim, irei à postagem.

Li este poema do Camões ontem e achei-o lindo. O nome é Mudam-se os Tempos

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.


Eu... Eu não tenho palavras  para comentar sobre a singeleza deste incrivel soneto. Deixarei para vocês.

Espero que ele tenha a mesma importância que tem para mim.


Bons sonhos...

domingo, 27 de março de 2011

A Morte de um Arlequim...

Olá.

Boa noite a todos. E o novo desejo de boa noite me soa um pouquinho redundante, visto que o finado Harlequin já lhes desejou uma. Mas não importa, não custa nada desejar. Espero que a noite de todos vocês esteja ótima.

Aqui é um amigo do Harlequin Soviético, me chamo Rafael. Castro. Rafael Castro. Me chamem como quiser.


E venho aqui para dar uma notícia: o Harlequin morreu. Já morria há alguns meses, lenta e imperceptivelmente. E perceptivelmente da mesma forma. Um pouco (um pouco mesmo, na verdade, é tão pouco que nem valia à pena ser comentado) como o que Morpheus faz. Outro aspecto de si toma conta. E Daniel emerge. Ele (Harlequin) decidiu que era a hora de mudar. E agora, aqui estou eu, fazendo uma nota fúnebre de para quem eu já fui e não mais aqui está. Ou não quer estar por enquanto.

Acho que deveria deixar aqui um Epitáfio. "Não fui o mais exemplar dos Harlequins, não saltitei tanto quanto deveria. Mas saltitei o tanto quanto podia". Ou, citando um carinha não muito conhecido "Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".

Tudo bem. Pode dizer, pensar, escrever. O Epitáfio está horrivel. Se o Harlequin estivesse em condições de dizer algo, escracharia comigo por escrever algo tão... Péssimo quanto o que escrevi. E a citação do bilhete de suicídio de Getúlio Vargas foi por demais melodramática. Mas... É a minha primeira postagem aqui. Vocês podem me perdoar por isso, não podem? Vocês já perdoaram coisas muito piores.

Informações sobre a morte dele/minha:
-eu deixarei de utilizar o título enquanto ele não reencarnar (espero que não ao final do 3º dia, seria péssimo que o fim do mundo chegasse tão cedo). Quando eu voltar a ser Arlequim, aviso.
-Não usarei ♠ por um bom tempo. Talvez, daqui a algum tempo, volte a utilizar os Áses de Espadas.
-Ainda sou um personagem da Arlequinada. Mas sou eu mesmo. Ao menos por enquanto.
-Minhas idealizações, meus "arquétipos" de Colombina ainda acompanham-me. Provavelmente, nunca me livrarei disso. E nem gostaria.


Nota de esclarecimento: se um dia eu realmente bater as botas, eu já combinei com o Caio (Camarada Caio) que ele irá fazer uma postagem declarando luto oficial falando sobre o que aconteceu. E vice-versa.

Boa noite, caros amigos.

Bons sonhos.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A Dança Das Fadas - Neil Gaiman

Boa noite a todos.
Estava pensando se postaria alguma coisa no dia do ano novo e pensei... Pra quê melhor? Neil Gaiman!
Talvez poste mais um poema depois deste, mas devo avisar: descumprirei minha promessa da análise de A Câmara Secreta, ao menos no futuro próximo.
Boa leitura.
A Dança Das Fadas
Se eu fosse jovem e o sonho e a morte
fossem distantes como então,
Não partiria minh'alma ao meio,
guardando dela aqui um quinhão
Que tentaria o mundo das fadas
alcançar, mas sempre em vão
Enquanto a outra parte dela
andasse pela escuridão
Até curvar-se e dar três beijos
numa bela fada de maio
Que águias do céu arrancaria, com elas
pregando-me a um raio
E se meu coração fugisse dela,
se se desvencilhasse dela,
Num ninho de estrelas envolto
a fada ainda o traria com ela
Até que dele se cansasse,
quando enfarada o deixaria
Num rio de fogo onde meninos
o acabariam roubando um dia,
O iriam pegar, dele abusar,
puxando-o, deixando-o fino,
Partindo-o em quatro fios
p'ra encordoar algum violino.
E todo dia e toda noite
tocariam nele um madrigal
Que todos poria p'ra dançar
de tão estranho e sensual,
E o público rodopiaria,
saltitaria, cantaria em coro
Até que, com o olhar em brasa,
desabaria em rodas de ouro....
Mas isso foi há sessenta anos,
e jovem eu já não mais sou:
Para tocar além do sol
meu coração já alçou voo.
Com mente e olhar cheios de inveja,
admiro as almas isoladas
Que tal vento lunar não sentem,
alheias à Dança das Fadas,
Que não seduzem que não as ouve,
quem não se atreve a ser tão forte.
Quando eu era jovem, eu era um tolo. Então
me envolvam em sonho e morte.
Ok. Faltam quarenta (e um) minutos para o Ano Novo aqui na Bahia. Isso me dá mais uns dez minutos para terminar esta postagem e mais meia hora para fazer a próxima.
Certo, certo, a análise.
Considero este um dos melhores poemas do livro e possivelmente um dos melhores do Neil (ainda não é melhor que A Paixão do Arlequim, mas...). Este belo poema fala sobre um senhor que está se lembrando de sua juventude (ao menos é o que me parece). Ele então discorre sobre suas peripécias de jovem e tolo. Sobre como ele se apaixonou por uma fada, sobre como se amarrou a uma águia, como divertiu jovens na Grande Noite (não me pergunte o que quero dizer com isso, ainda não tenho certeza).
Então, ele acorda, e percebe que tudo aquilo já passou, e ele é apenas um velho. Gosto de pensar que ele se volta para o "sonho e a morte" como Morpheus fez: uma espécie de constatação da realidade: está na hora de mudar. Espero que quando chegue a minha hora, eu possa fazer esta constatação com tanta elegância assim.
Provavelmente estou falando baboseiras, estou meio cansado, estou triste, estou com borboletas no estômago. Estou também com vergonha e há séculos eu não analiso um poema. E, como sempre, estou analisando este poema com base em como me sinto.
Bons sonhos a todos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Adolescentes... uma nova fase?

Bullying é uma trauma p/ nossas crianças e jovens dos dias atuais. Apesar dele, machismo, calouragens, trotes e outras violèncias entram em ação..
O que mais serve de diversão aos aqueles que gostam de correr riscos de perigos?

Séculos anteriores, nós jovens erámos mais comportados. Era o fim da clássica época literária e artística. Poetas e pintores de grandes quadros foram classificados como pobres trabalhadores. Tivemos que obedecer aos pais e os nobres donos. Tivemos que trabalhar e satisfazer-los durante toda a vida. Éramos mais dentro-da-lei. Um orgulho de nossos pais, sejam altezas, condessas e outros burgueses. O respeito entre a família siginificava tesouro à vista. Ser ricos no breve futuro.

"Se respeitava os pais, futuramente teria trono deles. Caso contrário, estaria na rua e sofreria profundas torturas. E assim seguiu-se até surgir Indepedências e Políticas de Governo. A burguesia praticamente fora massacrada pelas exigências de um único homem, governador ou presidente, que agora mandava em suas terras." As famílias nobres tiveram que pagar para continuar com suas terras. Um novo marco estava começando! Um revolução histórica para a Juventude!

A partir deste momento, não haviam necessidades de satisfazer os pais. Já que o futuro não era mais o trono ou tal riqueza. Anos e anos se passaram. Continuamos comportados, mas não como antes. A liberdade que tinha em casa e definir como será nosso futuro tomou conta de todos vós. O Brasil, tornou-se um país mais liberal de regras a partir do século anterior. Sim... poderemos ser o que quisermos...!

a Ditadura Militar era outra que barravam nossosdireitos. Um nobreza na modernidade. Como é possível? Até esta altura todos já gritavam por diretos à vida e liberdade! Os protestos na Univeridade de Brasília, UNB, em 1961 marcou nossa primeira grande vitória!

"Os professores também estavam ao nosso favor. Os pais também. Os parentes também. Os amigos também. E o povo também!"

Mas o governo e com suas unidades de polícias, não. Como era odiável a questão de Política na época. Não queríamos mais nos sentir dentro das grades. Gritamos, gritamos. Vencemos, perdemos... Fim da Ditadura! Era como uma festa que durasse 24 horas por dia. Ou todos no vestuário sem roupas e sem pudor.

Leigão Urbana, Cazuza, Raul Seixas, Elis Regina, Cássia Éller A nova e conteporrânea fase da Juventude estava para começar.

Eles tomaram uma geniosa iniciativa que ninguém mais teve. Eles também foram quebrados por uma nova era da "Bundalização". O grupo É o Tchan, quando ainda era Gera Samba em 1995, agitava o Brasil em suas músicas e danças que ganharam um tom mais erótico e imaginário. Era uma loucura total, mas a mídia nbão se cansava de divulgar seus shows. (Vídeo aqui)

"Triste foi ver uma menina aparentamente de 10 anos, encima de um barco, rebolando e requebrando ao som de É o Tchan. Uma vergonha"

O que era para comemoramos nossa independência, agora se tornou em maldição. Nossos corpos são fontes de carne nova, nossa sensualidade e virginidade viraram alvos dos pedófilios. Os coroas e os ursos deixaram de ser os preferidos. Drogas, alcóol, estrupos, sexo sem camisinha, funk, pulseirinha de sexo e óbvio BULLYING!

"Por curiosidade, me espantei ao ver um vídeo erótico enviado pelo usuário de internet, em que, dentro de um ônibus lotado, um homem encoxava por trás de uma mulher sem ninguém pudesse ver, e abria o zíper da calça ali mesmo." (Vídeo aqui - CONTEÚDO ADULTO SÓ PARA MAIORES DE 18 ANOS) Maiores de 18 anos? Agora parece ser oficial dizer: MAIORES DE 16 ANOS. Alguém percebeu? Os países estão começando a tomar esta medida...

E quando essa vergonha irá acabar? Ato sexual em público está cada vez mais visível. De qualquer gênero, heterossexual ou homossexual. Ou melhor, bissexual em todos os casos. A nossa liberdade que sempre sonhamos resultou em uma maldição. Em uma irresponsabilidade. Atingiu até os "rebeldes" crianças. (Foto aqui). Exceto nossas opções sexuais. Foi uma sofrida conquista para nossa felicidade e liberdade de amar (Foto aqui).

"Ver em fotos divulgadas pelo Rede Globo, duas crianças de uma favela do RJ, brincando com arma de brinquedo, me deixou com medo insuportável"

Não é só no Brasil, mas também no mundo todo. Nossos filhos estão sendo frutos de todas essas maldições resultadas? Nós conquistamos nossa liberdade. Em breve iremos enfrentar as revoltas de vossos filhos. Eis a pergunta: Para onde a Humanidade caminha?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

♠ Ato I, Cena 7

Eu andei sozinho por muitos anos, pequeno Misha... [O Arlequim começa a divagar, perdido em seus pensamentos] ★ Mas agora está acompanhado de um irmão e um doutor... [O Pierrô dá o seu sorriso] O Kabbalista acha que pode realmente entender a minha mente, mas não sabe de tudo... Não sabe qual a minha utopia. [E o Arlequim, costumamente levemente sorridente, está agora sério.] Não sei, talvez o pedido do Doutor seja um pouco pesado, mas veio em bom tempo... Alguns dos meus sonhos passaram a se realizar, pessoas estão a se encantar, e tenho vários ingressos para pegar, apesar disso, algo me impede de totalmente me alegrar. Talvez o melhor que eu possa fazer é na minha mente delirar, mas sei que não posso neste projeto me jogar, pois outras coisas tenho para acertar! E as fodas são sempre boas, mas tudo o que começa rápido termina rápido. Mais vale demorar um pouco e conquistar um coração do que ser instantâneo e só ter um corpo. [e foi com esta resposta elegante que o Arlequim se despediu no ar da noite, cantarolando uma musiquinha que uma pessoa lhe fez cantar]. ★ Não, não se vá... Ainda temos outras musicas para cantar... E a noite começou.

♦ Ato I, Cena 6

[Kabbalista em um salto esconde-se entre duas casas bem velhas, puxando pelo braço seu amigo Pierrô]

♦ Um dia esse mundo muda... A Roda da Fortuna gira uma vida por dia e breve será o dia da Rainha.

♦ Um senhor que governa o mundo a força jamais terá o amor do povo.

[Kabbalista respira fundo, tira de seu bolso um sigilo e o coloca à frente de seus olhos]

♦ Agarre meu braço Pierrô. Aproveitemos a chegada da rainha, enquanto a cidade se destrai, para que eu possa mostrar-lhe algo excepcional.

[Kabbalista vibra a velha Conjuração de Enoch enquanto foca o sigilo. Pierrô e Kabbalista avistam a sua frente um caminho florido]

♦ Vamos Pierrô, não temos muito tempo.

♦ Mas e o Harlequin? - Questiona Pierrô

♦ Já o levei para o local para onde vamos um pouco antes de levar você. Ao chegarmos lá, lhe explicarei tudo o que está acontecendo.

♦ Nunca consegui entender como você faz esse tipo de coisa. Se você estava lá sentado, como poderia tê-lo levado para lá?

♦ Nada demais. Nada demais...

[Ambos iniciam a caminhada rápida por aquele caminho perfumado pelas violetas e jasmins. Após pouco mais de 1 minuto de caminhada avistam Harlequin sentado abaixo de um Baobá]

♦ Que lugar é este Kabbalista? - Questiona Pierrô.

♦ É um lugar maravilhoso não? Este local é o meu templo, para onde fujo sempre que a tirana aparece por aqui. Posso fugir para dentro de mim mesmo, lugar onde ninguém, jamais me encontrará. E agora, vocês compartilham um lugar que jamais havia sido visto por outros olhos humanos.

♦ Mania de grandeza a sua não Kabbalista? - Retruca Harlequin - E a Rainha não é uma tirana. Você é que não consegue ver além das aparências.

♦ Olha meu querido amigo, todo o sistema que não nasce dentro do EU, e sim das tiranias do EGO, é tirano. Esqueça todos os *ismos. Aqui estás livre de tudo o que possa lhe tirar a liberdade. "Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei".

♦ Kabbalista, afinal, o que viemos fazer aqui neste lugar? - Questiona Pierrô

♦ Não lugar, lugares. Estamos dentro de nossas mentes. Estou lhes dando a oportunidade de viajar pelas densas florestas de suas mentes. Vocês devem encontrar os monstros que abitam os lagos da consciência. Devem enfrentar e matar os egos. Seremos os homens a mudar o destino desta terra.

♦ A troco de quê? - Questiona Harlequin.

♦ A troco de podermos levar a cabo a verdadeira reforma comum. Tornar os homens livres é o trabalho dos homens. Não podemos mudar todo o mundo por nossas mãos, mas com a consciência de que somos homens e de que estamos todos a mesma distância do círculo da vida humana. Vão, adentrem as negras matas de suas mentes. Estarei esperando vocês aqui quando voltarem. Mas só quero que vocês entrem lá quando acharem que estão preparados.

[Kabbalista entrega uma pequena pedra a cada um de seus dois amigos]

♦ Quando voltarem, gostaria que me relatassem o que encontraram ao mergulhar nas águas pérfidas de seus corações. Cuidem destas pedras. Elas são a chave da passagem entre Marte e este mundo. Quando quiserem sair daqui, ou vir para cá, basta mentalizar a vontade e o caminho será mostrado à frente de vocês. Eu ficarei por aqui um bom tempo, se precisarem de mim basta vir para cá e encaminhar-se para o castelo.


[Kabbalista beija a testa de cada um dos amigos e dá as costas aos dois, caminhando para o grande castelo que se ergue ao fundo, acima dos montes]

♦ Que história louca é essa Pierrô? - Questiona Harlequin

♦ Não faço a mínima idéia amigo. Só sei que ele me parecia bem sério ao falar. Acho melhor voltarmos para Marte. Kabbalista é o mago real, a Rainha não se importaria com seu sumiço. Mas se nós sumirmos, a história será outra. Vamos para casa, quando pudermos, voltaremos e conversaremos com o Kabbalista sobre está loucura.

[Pierrô e Harlequin pegam suas pedras nas mãos e desejam voltar para casa. O caminho se abre e eles o atravessam. Em menos de um minuto estão de volta ao mundo real, as dores reais e ao peso do trabalho. Não falam mas tem um acordo mental: voltarão em breve e enfrentarão seus demônios. A jornada do Tarot logo começará].

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

♦ Ato I, Cena 4

[Kabbalista aparece despindo-se de seu traje ritual]

♦ Se sois homens, Harlequin e Pierrô, sabeis que não vivemos sem uma boa foda e toques sensuais.

[Kabbalista solta uma gargalhada ululante]

♦ A vida não gira em torno de um único pilar, senão três. O pilar mais sublime é o do amor, mas a misericórdia e a severidade fazem parte de nossa experiência. Nenhum homem alça a coroa de rei de sua vida sem conhecer as dores do mundo.

♦ Um doutor [Kabbalista olha nos olhos de Harlequin] nas lições do mundo acima de nossa vivência compreende que a paixão é um dos fogos que mantém o homem vivo. Mas entregar-se a elas como um condenado entrega sua cabeça ao carrasco é pedir à morte que nos dê um beijo.

[Kabbalista senta-se no chão, em posição de lótus]

♦ Mas de nada adiantaria, se ficássemos imóveis para sempre meditando, se não tivessemos como por em prática o que aprendemos do outro lado.

♦ Um doutor, fala em enigmas que só ele e seus irmão entendem. Mas o idioma do coração é universal, apenas nosso nível e forma de compreensão difere.

♦ Uns encontram o amor no indivíduo, o outro, na sociedade. Não se enganem com a frieza e dureza do doutor aqui, seus sentimentos são cavalos selvagens, nunca errantes, mas sempre livres. Sua casca material serve a sua vontade, mas seu coração serve apenas AO amor. Uma pessoa tem a chave deste coração sofrido, mas só eu sei como abri-lo.

[Kabbalista, consciente do monte de besteiras roânticas e do conteúdo new age do que enunciou até aqui, decide cantar uma música que define sua visão do amor, afim de evitar maiores constragimentos com a sua recente inabilidade com as palavras]



[Após cantar sua musiquinha em tom de nostagia e anacronismo, Kabbalista balbucia algumas palavras initeligiveis, fecha os olhos e mergulha no vazio da mente, não retornando mesmo com o barulho retumbante dos seus dois amigos. Sabe que está sob o efeito das drogas do amor, que só será capaz de proferir palavras de alguma valia, quando for capaz de equilibrar ambos os mundos. Absorto no vazio, ele cria a sua própria realidade e se refugia do resto da terra]

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

♦ Ato I, Cena 3

[O Harlequin levanta a cabeça sorridente] Ah, Pierrô não sabes como eu sou? Num dia apaixonado por uma, no dia seguinte a outra amar! [Saltito alegremente pelo recinto]. Me surpreendo com a minha capacidade de me auto-enganar, De formas diferentes a vida encarar, E agora mesmo estou a assobiar! Mas não vou me iludir... A Minha fiel Colombina não irei trair!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

♠ Ato I, Cena 2

É claro que estou. A minha alma está desde mui atrás comprometida. Comprometida com Uma Ninfa Especial não nominada. Talvez o Doutor não entenda... Mas tenho certeza de que meu Irmão, o Pierrô poderá me compreender... [responde calmamente o Harlequin].

domingo, 1 de novembro de 2009

Entre Os Vivos

♠ Isto simplesmente passa pela minha cabeça desde umas duas horas atrás. ♠ Pode ser que saia um lixo, mas acho interessante colocá-lo aqui. ♠ Desde as 18:00 de hoje, passam duas frases pela minha cabeça: "Among The Living" e "Suck Here". ♠ Pode aviso novamente: não considerem se estiver ruim. São apenas insanidades. Ж---Ф---Ф---Ж---Ж---Ф---Ф---Ж---Ж---Ф---Ф---Ж---Ж---Ф---Ф---Ж Entre Os Vivos... Sempre me disseram que eu deveria viver minha vida. Estudar, arranjar um emprego decente, uma[s] boa[s] namorada[s]... E simplesmente viver. Ser mais um numa multidão. Mas, por algum motivo, eu decidi que não conseguiria viver assim. Não consigo ser apenas mais um no mundo. Não consigo ser apenas mais um canalha. Não consigo ser apenas mais um estudante. Não consigo ser apenas mais um trabalhador. Não consigo ser apenas mais um ser vivente. Nunca entendi porque me chamavam de louco. Nunca entendi porque me chamavam de ingênuo. Nunca entendi porque me chamavam de romantico... Nunca entendi o mundo. "Nunca entendi" é realmente o correto. Eu fui um Doutor: sabe de muito, mas não entende nada. E então, eu mudei. Me tornei um tolo Pierrô apaixonado pela pior que poderia haver. Estava acabado, triste, com baixa auto-estima, depressivo. Transbordava tristeza. Aquelas músicas tristes me afetavam. Mas eu havia mudado. E mudei de novo! Li sobre teoria política, aprendi algumas coisas, conversei com gênios, me estressei, me apaixonei, fiz amizades. Não posso dizer o que me tornei. Mas posso dar as características do que sou agora: ♦ Gostamos de usar máscaras, ♦ Gostamos de maquiagens, ♦ Gostamos de respirar o mais puro AR!, ♦ Gostamos de Ler em prosa E poesia ♦ Gostamos de recitar poesias, ♦ Gostamos de encantar pessoas, ♦ Gostamos de fazer encenações, ♦ Gostamos de Querer as coisas mais impossíveis, ♦ Gostamos de Usar simbolos característicos, ♦ Gostamos de nos sentir Sonhadores Idealizadores, ♦ Gostamos de nos sentir deslocados, fora dos padrões, ♦ Gostamos de nos sentir Menos humanos, mais sonhadores, ♦ Nós não estamos vivos, nós não somos humanos, nós não desistimos de conquistar o sonhar! ♦ Nós não nos importanos do que nos chamam, somos diferentes do resto do mundo. ♦ Gostamos de fazer coisas que fazem os outros simplesmente "Suck Here". ♦ Gostamos de sentir que APENAS ESTAMOS ENTRE OS VIVOS! Não pertencemos aos vivos. Não aos deste mundo. ♦ Somos Poetas Insanos, Companheiros, Camaradas, Sonhadores. E vamos nos unir um dia. Para voltar ao nosso lugar de origem. E quando formos, levaremos junto os nossos irmãos opostos, os Pierrôs. Um dia. Ж---Ф---Ф---Ж---Ж---Ф---Ф---Ж---Ж---Ф---Ф---Ж---Ж---Ф---Ф---Ж ♠ São insanidades de uma noite de domingo ditas por uma alma apaixonada e sonhadora. São tolices de um jovem. São apenas excertos extraidos da minha cabeça. Mas são. E só estão entre os vivos. Um dia vão se libertar. Enquanto isto, eu apenas espero. E espero. E espero. E espero. E espero.