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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Words End.

"Not words, Worlds".

Oi.
Gosto muito desse gracejo do Gaiman em Fim dos Mundos. Na edição brasileira, foi alterado para "Fim dos mudos. Não mudos, mundos", e eu prefiro o original.
Há algumas semanas, me deparei com uma imagem, e eu discordei tanto dela...

Não vou fazer uma outra postagem sobre, literalmente, o fim dos mundos. Lembrei agora de um gracejo em Os Filhos de Anansi. Sobre onde era o fim do mundo e que era também o início, depende apenas da forma omo você olha.

Discordei por causa de um dos contos de Fim Dos Mundos, o "Uma História de Duas Cidades".

"Robert sacudiu a cabeça. 'Passei a vida inteira caminhando pela cidade. Esta não é a cidade, ainda que em certos momentos eu reconheça fragmentos dela, como alguém identificando um verso de um poema familiar num livro que nunca leu.'

O velho pôs a mão sobre o ombro de Robert.
'Esta é a cidade', repetiu.
'Então... Em que parte dela estamos?'

"Acho...' O velho fez uma pausa. O vento soprava frio no alto da ponte. 'Estou aqui há muitos, muitos anos. Quantos, não sei. E nesse tempo todo tive tempo para pensar.
Talvez uma cidade seja um ser vivo. Afinal, todas tem sua própria personalidade.
Los Angeles não é Viena. Londres não é Moscou. Chicago não é Paris. Toda cidade é uma coleção de vidas e construções, e a personalidade de cada uma é única.'

'E daí?'
'Daí que, se uma cidade tem personalidade, talvez também possua alma. Talvez sonhe.
Acho que estamos nisso. Nos sonhos da cidade. É por isso que alguns lugares são quase reconhecíveis. É por isso que quase sabemos onde estamos.'

'Você acha que estamos dormindo?'
'Não. Estamos acordados, imagino. Mas acredito que a cidade esteja dormindo e estejamos zanzando por seus sonhos.'

[...]

'Talvez algum dia eu retorne ao mundo desperto. Estou procurando por alguma rua que conheço na cidade verdadeira - e quando encontrar, andarei por ela até voltar ao mundo real.
É a minha esperança, e rezo por isso. Afinal, é preferível à alternativa.'
'Que seria...'

'A cidade acordar', disse o velho. 'Que ela acorde e...'

[...]

Conheci Robert num vilarejo do litoral escocês, poucos anos depois dos eventos que acabo de relatar.
[...]
'Você teme algum dia voltar aos sonhos da cidade?'
'O que eu temo é o dia em que as cidades acordarão. O dia em que as cidades se levantarão.'
Prefiro acreditar que foi o frio que me fez estremecer, que fiquei sem fôlego apenas porque uma réstia de névoa invadiu minha garganta.
Robert se afastou pela charneca e nunca mais o vi.

Desde então, cruzo as cidades com menos tranquilidade."

Algumas histórias do Gaiman tem a capacidade de me deixar de olhos arregalados todas as vezes que eu as leio. Essa é uma delas. Ramadã é outra. E Mortalha.

Bons sonhos.
Ramadã é tão lindo. "Assim, o seu palácio era o palácio das maravilhas"

sábado, 15 de outubro de 2011

Omnia Mutantur, Nihil Interit.

Boa noite.

Em Sandman, mais especificamente em Despertar e sendo bem preciosista, em Exilados, tem essa citação de Ovídio. "Omnia Mutantur, Nihil Interit." É uma citação linda. É perfeita. Significa "Tudo muda, mas nada se perde realmente."

E isso é totalmente verdade. É uma coisa que me lembra Sinal e Ruído. Mas essa citação resume uma boa parte do meu mundo: nada se perde, apesar das constantes mudanças. Essa frase vei uns dois mil anos antes da de Lavoisier, se eu não me engano "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.".

E aqui estou eu, assistindo a uma transformação do meu mundo e dos meus conceitos e de mim mesmo. Não sei o que será de mim.

Bons sonhos.

Boas mudanças.

P.S.: achei essa postagem perfeita.
http://filosofandoamarteladas.blogspot.com/2009/05/omnia-mutantur-nihil-interit.html

domingo, 4 de setembro de 2011

Muros, Remendos, Vier Mauern, Geada

Olá, Pessoas!

Eu já escrevi antes sobre o quanto Sinal e Ruído se tornou uma obsessão para mim. Cada página, quadrinho e linha me impressiona.
Robert Frost
(um aposto: tá tocando Here Comes The Sun. É uma boa música. Não sou um grande fã dos Beatles, mas essa é ótima)
E no início de Sinal e Ruído tem três... Não sei bem como descrever, deixemos como "Obras-primas", duas de McKean e uma deles dois (os dois são Gaiman e McKean). E uma delas me levou a Robert Frost.
Eu já tinha lido algumas coisas dele, mais especificamente, já tinha lido uma coisa dele, porque a "volta" de Desejo em Noites Sem Fim se chama "O Que Eu Experimentei de Desejo". É uma linha de "Fogo e Gelo".

Eu resolvi postar um poema de Robert Frost (Muro Remendado) e o Vier Mauern (este vem depois, quero colocar o Sinal, não só o Ruído [sim, eu me divirto um bocado escrevendo essas postagens e fazendo piadas de humor semi-privado :]).

Extraí o poema daqui: http://carva1.wordpress.com/2008/05/27/robert-frost/
Achei esse blog ótimo. A autora me lembrou três pessoas completamente diferentes e similares. Experimentem ler um dia.


Muro Remendado


Quem adivinhar de onde é essa  imagem, ganha um prêmio
Alguma coisa existe que não aprecia o muro,
Que enfia bojos de terra gelada por baixo,
E derrama as pedras superiores ao sol,
E faz buracos onde até dois podem passar abraçados.
O trabalho dos caçadores é outra coisa:
Eu cheguei depois deles e fiz a reparação
Onde não deixaram pedra sobre pedra,
Mas conseguiram pôr a lebre fora do esconderijo,
Para deleitar cães latidores. As brechas, quero dizer,
Ninguém as viu fazer ou as ouviu fazer,
Mas na época primaveril dos arranjos encontramo-as lá,
faço o meu vizinho saber para lá da colina;
E um dia encontramo-nos para percorrer a linha
E assentarmos o muro outra vez entre nós.
Mantemos o muro entre nós enquanto avançamos.
A cada um as pedras que caíram para cada um.
E algumas são formas e outras são tão como bolas
Que temos de usar um feitiço para as equilibrar:
“Fica onde estás até voltarmos as costas!”
Ficamos com os dedos ásperos de as manipular.
Oh, somente outro gênero de jogo ao ar livre,
Um de cada lado. Mas vai mais longe:
Aí onde se encontra, nós não precisamos de muro:
Ele é todo pinheiros e eu sou um pomar de maçãs.
As minhas macieiras nunca atravessarão
Para comer os cones sob os seus pinheiros, digo-lhe eu.
Ele só me diz, “Boas cercas fazem bons vizinhos.”
A primavera instiga-me e pergunto-me
Se lhe posso despertar a razão:
“Porque razão fazem bons vizinhos? Isso não é
Onde existem vacas? Mas aqui não há vacas.
Antes de construir um muro eu inquiriria para saber
O que estaria a incluir ou a excluir,
E a quem era suposto ofender.
Alguma coisa existe que não aprecia o muro,
Que o quer no chão”. Poderia dizer-lhe “duendes”,
Mas não são duendes exactamente, e eu prefiro
Que ele o diga a si próprio. Vejo-o por ali,
A agarrar uma pedra com firmeza pelo topo
Em cada mão, como um antigo selvagem armado de pedras.
Move-se na escuridão e parece-me,
Não apenas a das florestas e a da sombra das árvores.
Ele não irá atrás do dito de seu pai,
Gosta de ter pensado naquilo tão bem

E diz novamente, “Boas cercas fazem bons vizinhos.”




Muro na fazenda de Frost


Em breve postarei mais coisas de Robert Frost.
"Existe alguma coisa que não aprecia o muro." Coloquemos abaixo alguns deles.
Bons sonhos a todos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Apocatástase

Oi.

Então, pessoas.

Eu resolvi começar um novo blog.

O nome é Apocatástase. É aquele lugar para onde eu irei gritar quando não quiser ser ouvido.

Não vou abandonar esse blog, não mesmo. Gosto muito dele.

E é isso...

Bons sonhos.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sobre Rodas, Ameixas e Jardins

Um prelúdio roubado de... Claro, Neil Gaiman.
"A Roda de Íxion de assombro para.
Os abutres cruéis não mordem Tício.
A fugaz linfa Tântalo não corre."
Boa noite, pessoas. Ou monstros do Id. Ou Krellianos (duas referências a Planeta Proibido, esse filme é supercalifragilisticoespialidoso). Ou quem quer que esteja aí.

Hoje eu fiz uma maratona Sandman.

Li um pouco dos tomos e comecei a pensar sobre... Bem, sobre. E a minha conclusão é que

"Hoje a morte está diante de mim:
como a recuperação de um doente,
como caminhar em um jardim após a doença.


Hoje a morte está diante de mim:
como o odor da mirra,
como sentar sobre uma vela com bons ventos.


Hoje a morte está diante de mim:
como o curso de um riacho,
como o retorno de um homem, da guerra para a sua casa.


Hoje a morte está diante de mim:
como o lar que o homem anseia ver,
depois de anos aprisionado."



Lembrei de alguns acontecimentos que passaram há pouco e há muito tempo. E...

"Ela decidiu fazer uma lista das coisas que a deixavam feliz.
Ela escreve 'flor da ameixeira' no topo da página.

Então, ela olha fixamente para o papel,
incapaz de pensar em algo mais.




Por fim, começa a escurecer."



Senti a falta de vocês.
Muita.

E pensei um bom tempo sobre como iria encerrar a postagem. Eu já sei como.
Com Johnny Cash.
Hurt. Infelizmente o dono do vídeo não permitiu a incorporação...

"If I could start again...
A million miles away..."
http://www.youtube.com/watch?v=WWE8zCzPJYk

sábado, 2 de julho de 2011

Fim.

Oi.

Tem um bom tempo, né?
Quero dizer, eu sei que tem um bom tempo.
Não tanto quanto no ano passado.
Não vou tentar criar desculpas para ter sumido. É contra a Regra Nº 1 da lindissima, fofissima, charmosissima Agente Especial Abby Borin (nunca fazer desculpas [ela é de NCIS. É interpretada por Diane Neal, que fez Casey Novak em Law & Order SVU]). Vou pedí-las. Sinto muito.

E eu estive procrastinando essa postagem a muito tempo.
Cerca de um mês e dez dias.

Ontem eu assisti o ultimo episódio da 3ª Temporada de Castle (sendo honesto, ontem eu devo ter assistido no mínimo seis episódios dessa temporada.) e pensei "Amanhã eu faço essa postagem. Não tem como adiar mais.".
É sobre fim. O Fim. (nota póstuma: a postagem está longa e é baseada em citações. Trechos inteiros. Se desistirem, de ler, não vou julgar vocês. E, mais importante: eu estou malucão hoje [só hoje?!], então, eu vou entender se quiserem colocar nos comentários coisas como "Rafael, na salada se coloca vinagre, não cachaça." ou "Acho que o Zé da sua mercearia está te vendendo outras coisas no lugar de coentro".)

Tem mais ou menos um mês e dez dias que eu comprei Sinal e Ruído.
É lindo.
Em certos momentos, é o melhor trabalho da parceiria Gaiman-Mckean (é claro que eu escreveria o nome de Gaiman antes, não poderia ser diferente no meu mundo).
Em certos momentos, é o melhor trabalho da parceiria Neil-Richard-Gaiman.
Em outros, é o que mais aproxima Gaiman da realidade.
Aprendi muito lendo esse livro.
Aprendi como sobreviver.
Aprendi como morrer.
Sobrevivi e morri.

Mas essa postagem não é sobre mim.
Ou talvez seja totalmente sobre mim.

Desculpa, estou me adiantando. E fazendo uma piadinha bem sutil, que só quem já leu muito pode perceber. Não é mais do que uma curta parafrase de um trecho de Signal to Noise. Divagando. Este trecho eu não escrevi na ordem que lhes aparece, devo dar um aviso: estou divagando demais hoje.

Minha ideia era postar um pouquinho só sobre Castle (uma parte eu já coloquei, a outra vem agora: é um dos meus seriados favoritos. Assistir o ultimo episódio disponível me fez pensar sobre fins e o quanto podem ser dificeis. Estou com saudade do seriado. E Stana Katic está lindíssima esta temporada. Caramba, ela é que nem um bom vinho: fica melhor com a idade. Quando eu a vi no inicio da temporada eu fiz ":-O Beckett? A mesma Beckett?".
E estou elocubrando demais. Saindo do foco.
Enfim, minha ideia era postar sobre Castle, Sinal e Ruído e fazer um link entre Sinal e Ruído e uma música que eu tenho ouvido... Bem, eu diria "obcecadamente", roubando as palavras de um amigo meu, mas o correto é 24/7, porque na minha mente, mesmo o mais obcecado  tem que pausar por um momento sua obsessão (mesmo que seja para dormir durante 1/4 de segundo e voltar a lurkar. O mais dedicado stalker continua tendo sono, não? Embora ele possa dormir enquanto a presa que ele está stalkando [essa palavra não existe] também está [divagando de novo... Por favor, não me deixem sair assim do foco, tá?]). Voltando ao assunto, entre Sinal e Ruído e uma música que tenho ouvido o tempo todo. Literalmente. Estou ouvindo agora no Youtuberepeat. 
Acho que eu deveria ter nomeado a postagem propriamente, e vou me retificar. É fazer um link entre a música e Sinal e Ruído.

A música é Waiting For The End.


Marquei um trecho.


Esse não é o fim, esse não é o começo
Apenas uma voz como uma revolta balançando cada melhoria
Mas você ouve o tom e o ritmo violento
Embora as palavras pareçam firmes, tem algo vazio dentro delas
Nós dizemos, "yeah"
Com os punhos voando no ar
Como se estivéssemos nos segurando a algo que é invisível
Pois estamos vivendo à mercê da dor e do medo
Até morrermos,
Esquecermos,
Deixarmos tudo desaparecer

Esperando o fim chegar,
Desejando que eu tivesse força para suportar
Não é isso que eu tinha planejado
Isto saiu do meu controle
Voando à velocidade da luz,
Pensamentos giravam na minha cabeça
Tantas coisas que não foram ditas
É difícil deixar você partir

(oh) Eu sei o que é preciso para seguir em frente
(oh) Sei qual é a sensação de mentir
Tudo que eu quero fazer é trocar essa vida por algo novo
Tomando posse do que eu não tive

Sentando em um quarto vazio,
Tentando esquecer o passado...
Isso nunca foi feito para durar
Eu queria que não fosse assim

(oh) Eu sei o que é preciso para seguir em frente
(oh) Sei qual é a sensação de mentir
Tudo que eu quero é trocar essa vida por algo novo
Tomando posse do que eu não tive

O que restou quando o fogo acabou
Eu achei que era o certo,
Mas o certo era errado
Tudo apanhado no meio da tempestade
E tentando entender qual era a sensação de seguir em frente
E eu nem mesmo sei que tipo de coisas eu disse
A minha boca continuava mexendo e a minha mente morreu
Juntando os pedaços sem ter por onde começar
A parte mais difícil de terminar é recomeçar

Tudo que eu quero fazer é trocar essa vida por algo novo
Tomando posse do que eu não tive

Esse não é o fim, esse não é o começo
É só uma voz como uma revolta balançando cada melhoria
Mas você ouve o tom e o ritmo violento
Embora as palavras pareçam firmes algo se esvazia dentro delas
Nós dizemos, "yeah!"
Com os punhos voando no ar
Como se estivéssemos nos segurando a algo que é invisível
Pois estamos vivendo à mercê da dor e do medo
Até morrermos,
Esquecermos,
Deixarmos tudo desaparecer

(segurando naquilo que eu não tenho)


Agora eu vou para Sinal e Ruído.
Tem andado comigo todo dia desde que eu comprei.
Praticamente não sai das minhas vistas.
A sinopse é "Em Londres, um diretor de cinema descobre que está com câncer e tem pouco tempo de vida. Ele estava para iniciar a produção do que seria seu maior filme: a história de um vilarejo na Europa Central durante os últimos minutos do ano 999 d.C, aguardando a vinda do apocalipse. Agora, esse roteiro jamais será filmado.
No entanto, ele continua trabalhando na pr odução em sua mente, fazendo um filme que ninguém jamais verá. Ninguém a não ser você."

Um dia talvez eu digitalize esse que nem eu fiz com A Paixão do Arlequim, cujo arquivo em .rar, acabei de reparar, está M.I.A... Tenho que achar... Talvez eu ache no meu antigo e-mail. Divagando... Enfim, eu digitalizo quando descobrir um jeito de digitalizar que não envolva machucar o meu bebê. E isto significa dobrar ou colocá-lo numa multifuncional. Ou seja, não tão cedo.
Pensei em tirar fotos de alguns trechos interessantes, mas a qualidade das fotos está horrível.
Não vou dar nenhum Spoiler.
Usarei citações desconexas e fora da ordem. Leiam Sinal e Ruído. Amem, riam, chorem. Desesperem-se. Mas não deixem de ler. Vale a pena. Cada milésimo de página.

"999 d.C., ultimo dia do ultimo mês do ano."


"A mortalidade é algo difícil de encarar.
'Aquilo que não nos mata nos fortalece'. Pode até ser, mas o que nos mata nos mata, e isso é dureza.
O que é preciso para a vida ter sentido?
Sinal e ruído:
O que é sinal? O que é ruído?"
Há algum tempo eu pensei um bocado sobre isso. Às vezes é melhor morrer que se fortalecer. Pode ser mais justo ou menos doloroso ou o certo. Às vezes é o errado. Às vezes, simplesmente é.


"A história é menos verdadeira por ser uma mentira?"

"Talvez eles estejam olhando para o céu.
Ali, está vendo?
Um deles está gritando...
...mas não conseguimos escutar o que diz.
Talvez estejam se preparando para deixar para trás tudo que possuem.
Talvez estejam, lenta e verdadeiramente, começando a acreditar..."

"Parado em um sinal de trânsito, olho de relance as linhas da minha mão - da mesma forma como o faço agora.
Vejo uma cicatriz na base do polegar, onde me cortei na infância com uma garrafa quebrada. Meu passado está escrito ali.
Mas e o meu futuro?
Examino a minha mão, tentando adivinhar um futuro na sua rede de ranhuras e caminhos.
Eles se mantêm ilegíveis.
E eu retorno ao passado."
Eu coloquei vários trechos para dizer coisas a um amigo. Tópicos que surgiram na nossa ultima conversa. Este é simplesmente para dizer a ele que não acredito em Destino. Ou se acredita em Destino ou em Justiça. Prefiro esse ultimo.

"Inanna falando,
dizendo coisas,
ela sente muito,
os médicos cometem erros,
ela sente muito mesmo,
novos tratamentos a cada dia,
se ela puder fazer alguma coisa,
sente muito de verdade,
e por aí vai,
falando,
mas sem dizer nada.

Somente ruído".

"Estão indo para um lugar mais alto esperar pelo fim do seu mundo."

"Só que eu não acredito no apocalipse.
Acredito na apocatástase.
Acho que esse é o título ideal para o Filme. É uma palavra difícil, e ninguém sabe o que significa, mas, fora isso, é um ótimo nome.
A-po-ca-tás-ta-se.
o significado:
1) Restauração, restabelecimento, restituição;
2) Retorno a um estado ou condição anterior;
3) (Astronomia) Retorno de um astro à sua posição aparente, conclusão de um período de rotação.
Pense a respeito."
Não acredito na Apocatástase. Nada retorna a um "estado ou condição anterior". Na primeira vez que pensei em voz alta (para mim mesmo, sendo honesto) sobre não acreditar na Apocatástase, me apareceu um diálogo entre duas pessoas. Dois amigos. Um homem e uma mulher (certo, vou admitir quem são e contar um segredo meu. Eram Castle e Beckett. Eu assisto isso tem mais de um ano, quando foi ao ar aqui. E gostei muito mesmo. É engraçado e divagando. Mas toda vez que eu gosto assim de um seriado ou filme, ou livro, ou um acontecido na minha realidade, entre um episódio e outro eu paro um pouco e penso como poderia ter sido ou um possivel diálogo que não foi às telas. Da ultima vez que isso me aconteceu, ou da penúltima, foi com O Livro do Cemitério) e ele falava para ela o porque de não acreditar. E ele ia "Não dá pra acontecer isso. Pense comigo. Estamos aqui, sentados. Se eu me inclino por esta mesa e te beijo, mesmo que não significasse nada pra mim ou que não signifique nada pra você e nós nunca mais falemos sobre isso e que isso não mude nada no nosso relacionamento, nunca vai voltar a ser o que era antes. Porque nós sabemos o que aconteceu." Inventei isso tudo. Agora. Não que eu brinco com possiveis realidades que aconteceram, não, isso eu faço. Acredito na MWI, e tenho certeza que há pelo menos uma centena  de outros mundos em que eu estou escrevendo uma postagem diferente. Inventei a metáfora agora. Na minha mente deturpada e cansada, ficou legal. No papel site, eu não sei. Tem um mundo em que a Primavera em Paris nem sangrou nem terminou. Tem um que em que ela sangrou por um motivo completamente diferente. Tem um que nunca existiu. E por aí vai. Deixo aqui outras duas recomendações: FlashForward, livro e seriado. Eu amava esse seriado. Há um mundo em que esse seriado não foi cancelado na 1ª temporada, um em que ele nunca foi filmado, outro em que é um remake, outro que Gaiman faz o roteiro de um episódio, outro que Jack Sparrow aparece faz uma belíssima cena de luta de sabres de luz com o Comodoro Norrington (piadinha... Jack Davenport [Norrington] faz um dos papeis principais no seriado, o qual, por acaso, é no livro o protagonista), outro em que... Vocês já entenderam. Em qualquer um dos mundos.

"Eles disseram - os críticos, os resenhistas - que as minhas imagens eram desoladoras. E eu concordei com eles.
Na época eu concordei. Mas agora...
Talvez seja verdade.
Eu não sei. Vivemos em um mundo onde as únicas imagens utópicas são as que aparecem em intervalos comerciais: visões mágicas de um mundo impossivelmente hospitaleiro, povoado de homens, mulheres e crianças dotados de grande beleza, olhos faiscantes...
Onde ninguém morre...
Onde tudo o que é necessário se resume a um produto barato e fácil de encontrar - um pacote de amendoim salgado, ou um novo produto para limpar tapetes -, que trará felicidade imediata em altas concentrações.
Nos meus mundos as pessoas morriam.
E eu achava isso honesto.
Achava que estava sendo honesto.
Achava que estava dizendo a verdade. Achava que..."

"Os seres humanos estão sempre vivendo os seus ultimos dias.
Quanto tempo nós temos?
No máximo cem anos antes que o nosso mundo acabe."


"E eu me pergunto:
Por que estou escrevendo um filme que nunca vou filmar,
criando algo que ninguém vai ver?
O mundo está sempre acabando para alguém.
É uma boa fala.

Eu a coloco na boca do pai da crianla.
Ele diz isso à esposa.
'O mundo está sempre acabando para alguém', ele diz.
Ela está tentando acalmar o bebê, e não o ouve.
Duvido que faria diferença se tivesse ouvido."


"O grande apocalipse não existe. Só uma procissão de pequenos apocalipses."
Em algum momento em Signal to Noise, é afirmado algo como "Não acredito no Apocalipse. Existem diversos apocalipses. Um para cada um de nós.". Não concordo com essa ultima parte. Existem muito mais que apenas um apocalipse pessoal. Não sou a mesma pessoa que acordou esta manhã às 09:13 ou às 09:23 ou algo do tipo de um sábado. E que não era qualquer sábado. Mudei desde então. Não sou a mesma pessoa que almoçou. Ela morreu. Todo mundo muda. Ninguém nunca muda. Eu continuo sendo eu. Tenho a mesma altura, quase o mesmo peso, mesma cor de cabelo. Mesmos gostos. Mas na pior das hipóteses eu estou mais velho. E isso me muda completamente. E não muda nada. E esta postagem está mais louca do quê conversa de um bêbado com um poste, mas precisava tirar isto da mente.

"A parte mais dificil do fim é recomeçar." É. Em todos os níveis. Pensei em fazer uma relação com um trecho de O Livro do Cemitério, mas vou poupar vocês. 

"Os apocalipses estão a cada esquina. As palavras significam o que nós queremos que signifiquem."

Está ficando tarde a a postagem está começando a feder de tão longa. Na realidade, acho que o que está fedendo são os cadáveres dos camaradas que tentaram ler a postagem toda e morreram no meio do caminho de velhice. É sério, Matusalém vai postar um comentário dizendo que ele demorou mais tempo lendo esse post do que vivendo antes de ser arrematado ou foi arrebatado, algo do tipo. E foram 969 anos. Saio com a uma sensação de dúvida: disse ou não tudo o que tinha pra dizer? Acho melhor pensar que disse tudo o que era pra dizer hoje.

Tinha uma nota que eu deveria fazer. E eu esqueci.

Uma eu ainda me lembro: o sábado é especial porque é Dois de Julho. Independência da Bahia. Me faz lembrar das aulas de Filosofia com Belzinho... Deus... Faz tempo. Toda uma vida.

Tem uma outra nota: é chato ter que esperar até uma temporada de um seriado querido ir ao ar. A 4ª de... Castle, é claro, não deve começar antes do dia 20/09/2011. Talvez, com sorte, seja no meu aniversário. Ia ser muuuuuuuito bom.

Desejo bons sonhos a vocês, meus amigos...


"But in the end,
It doesn't even matter."

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Queda de Energia...

Olá.

♠ Como vão?

♠ Ontem faltou energia em grande parte do meu bairro.

♠ Isso me impossibilitou de fazer postagens e responder a quatro e-mails. Triste, não é?

♠ E em breve irei viajar, responderei a mais um e-mail (assim só falta um). Não esperem postagens minhas nos próximos... Cinco dias.

♠ Mas o tempo aqui está muito estranho. Até o ano passado, as chuvas em Janeiro eram tão fracas... O céu caia em Maio, sempre, mas não no ápice do Verão.

♠ Acredito que a culpa disso seja o Esfriamento Global. O que nós vamos fazer?

♠ Ah, "somos humanos, somos espertos. Vamos pensar em alguma coisa." (Neil Gaiman, Bolinhos de Bebê).

 Bons sonhos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Adolescentes... uma nova fase?

Bullying é uma trauma p/ nossas crianças e jovens dos dias atuais. Apesar dele, machismo, calouragens, trotes e outras violèncias entram em ação..
O que mais serve de diversão aos aqueles que gostam de correr riscos de perigos?

Séculos anteriores, nós jovens erámos mais comportados. Era o fim da clássica época literária e artística. Poetas e pintores de grandes quadros foram classificados como pobres trabalhadores. Tivemos que obedecer aos pais e os nobres donos. Tivemos que trabalhar e satisfazer-los durante toda a vida. Éramos mais dentro-da-lei. Um orgulho de nossos pais, sejam altezas, condessas e outros burgueses. O respeito entre a família siginificava tesouro à vista. Ser ricos no breve futuro.

"Se respeitava os pais, futuramente teria trono deles. Caso contrário, estaria na rua e sofreria profundas torturas. E assim seguiu-se até surgir Indepedências e Políticas de Governo. A burguesia praticamente fora massacrada pelas exigências de um único homem, governador ou presidente, que agora mandava em suas terras." As famílias nobres tiveram que pagar para continuar com suas terras. Um novo marco estava começando! Um revolução histórica para a Juventude!

A partir deste momento, não haviam necessidades de satisfazer os pais. Já que o futuro não era mais o trono ou tal riqueza. Anos e anos se passaram. Continuamos comportados, mas não como antes. A liberdade que tinha em casa e definir como será nosso futuro tomou conta de todos vós. O Brasil, tornou-se um país mais liberal de regras a partir do século anterior. Sim... poderemos ser o que quisermos...!

a Ditadura Militar era outra que barravam nossosdireitos. Um nobreza na modernidade. Como é possível? Até esta altura todos já gritavam por diretos à vida e liberdade! Os protestos na Univeridade de Brasília, UNB, em 1961 marcou nossa primeira grande vitória!

"Os professores também estavam ao nosso favor. Os pais também. Os parentes também. Os amigos também. E o povo também!"

Mas o governo e com suas unidades de polícias, não. Como era odiável a questão de Política na época. Não queríamos mais nos sentir dentro das grades. Gritamos, gritamos. Vencemos, perdemos... Fim da Ditadura! Era como uma festa que durasse 24 horas por dia. Ou todos no vestuário sem roupas e sem pudor.

Leigão Urbana, Cazuza, Raul Seixas, Elis Regina, Cássia Éller A nova e conteporrânea fase da Juventude estava para começar.

Eles tomaram uma geniosa iniciativa que ninguém mais teve. Eles também foram quebrados por uma nova era da "Bundalização". O grupo É o Tchan, quando ainda era Gera Samba em 1995, agitava o Brasil em suas músicas e danças que ganharam um tom mais erótico e imaginário. Era uma loucura total, mas a mídia nbão se cansava de divulgar seus shows. (Vídeo aqui)

"Triste foi ver uma menina aparentamente de 10 anos, encima de um barco, rebolando e requebrando ao som de É o Tchan. Uma vergonha"

O que era para comemoramos nossa independência, agora se tornou em maldição. Nossos corpos são fontes de carne nova, nossa sensualidade e virginidade viraram alvos dos pedófilios. Os coroas e os ursos deixaram de ser os preferidos. Drogas, alcóol, estrupos, sexo sem camisinha, funk, pulseirinha de sexo e óbvio BULLYING!

"Por curiosidade, me espantei ao ver um vídeo erótico enviado pelo usuário de internet, em que, dentro de um ônibus lotado, um homem encoxava por trás de uma mulher sem ninguém pudesse ver, e abria o zíper da calça ali mesmo." (Vídeo aqui - CONTEÚDO ADULTO SÓ PARA MAIORES DE 18 ANOS) Maiores de 18 anos? Agora parece ser oficial dizer: MAIORES DE 16 ANOS. Alguém percebeu? Os países estão começando a tomar esta medida...

E quando essa vergonha irá acabar? Ato sexual em público está cada vez mais visível. De qualquer gênero, heterossexual ou homossexual. Ou melhor, bissexual em todos os casos. A nossa liberdade que sempre sonhamos resultou em uma maldição. Em uma irresponsabilidade. Atingiu até os "rebeldes" crianças. (Foto aqui). Exceto nossas opções sexuais. Foi uma sofrida conquista para nossa felicidade e liberdade de amar (Foto aqui).

"Ver em fotos divulgadas pelo Rede Globo, duas crianças de uma favela do RJ, brincando com arma de brinquedo, me deixou com medo insuportável"

Não é só no Brasil, mas também no mundo todo. Nossos filhos estão sendo frutos de todas essas maldições resultadas? Nós conquistamos nossa liberdade. Em breve iremos enfrentar as revoltas de vossos filhos. Eis a pergunta: Para onde a Humanidade caminha?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Como pedir uma pizza em 2015

O controle e a vigilância das pessoas estão se intensificando e ficando cada vez mais eficientes. Principalmente por causa das conquistas tecnológicas na área da informática.
O colóquio a seguir, já é quase uma realidade.
* Telefonista: Pizza Hot, boa noite!
* Cliente: Boa noite! Quero encomendar pizzas...
* Telefonista: Pode me dar o seu NIDN?
* Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é 6102-1993-8456-54632107.
* Telefonista: Obrigada, Sr.Lacerda. Seu endereço é Avenida Paes de Barros, 1988 ap. 5 B, e o número de seu telefone é 5494-2366, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Seguros é o 5745-2302 e o seu celular é 9266-2566.
* Cliente: Como você conseguiu essas informações todas?
* Telefonista: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
* Cliente: Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma de quatro queijos e outra de calabresa...
* Telefonista: Talvez não seja uma boa idéia...
* Cliente: O quê?
* Telefonista: Consta na sua ficha médica que o Senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. O seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde.
* Cliente: É você tem razão! O que você sugere?
* Telefonista: Por que o Senhor não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O Senhor vai adorar!
* Cliente: Como é que você sabe que vou adorar?
* Telefonista: O Senhor consultou o site 'Recettes Gourmandes au Soja' da Biblioteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 4h27minh, onde permaneceu conectado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...
* Cliente: OK está bem! Mande-me duas pizzas tamanho família!
* Telefonista: É a escolha certa para o Senhor, sua esposa e seus 4 filhos, pode ter certeza.
* Cliente: Quanto é?
* Telefonista: São R$ 59,99.
* Cliente: Você quer o número do meu cartão de crédito?
* Telefonista: Lamento, mas o Senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu cartão de crédito já foi ultrapassado.
* Cliente: Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco sacar dinheiro antes que chegue a pizza.
* Telefonista: Duvido que consiga! O Senhor está com o saldo negativo no banco.
* Cliente: Mas o que é isso?!!!! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
* Telefonista: Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos. Se o Senhor estiver com muita pressa pode vir buscá-las. Se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso...
* Cliente: Mas que história é essa, quem foi que disse que eu vou de moto?
* Telefonista: Peço desculpas, mas reparei aqui que o Senhor não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la...
* Cliente: @#%/§@&?#>§/%#!!!!!!!!!!!!!
* Telefonista: Gostaria de pedir ao Senhor para não me insultar... Não se esqueça de que o Senhor já foi condenado em julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional. O senhor não é mais réu primário...
* Cliente: (Silêncio)
* Telefonista: Mais alguma coisa Senhor?
* Cliente: Não, é só isso... Não, espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que consta na promoção.
* Telefonista: Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 3095423/12, nos proíbe fornecer bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
* Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!! Vou me atirar pela janela!!!!!
* Telefonista: Grande coisa! Aqui diz que o senhor mora num apartamento térreo! 

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

★ Ato I Cena 5

[Assim que a música instrumental de Kabbalista soa pelo ar] [Pierrô sente-se mais relaxado, e juntamente com o ritmo da música, inventa seus novos versos para tentar recompor-se à música de Kabbalista] ★ Vambora meu bom jovem... toque-nos uma música animada para florescer esta bela rua que não havia sido refrescada pela chuva durante o todo inverno...

[Sussurrando, em baixo volume, pelos ouvidos de Kabbalista] ★ Então o Amor é uma lição a se fazer para sequer sofremos? ★ Não tens idéias em quão... ★ Não tenho quem a se habilitar ao meu sofrimento amoroso, e prestigiar toques sensuais e uma boa foda, muito interessa-me... ★ Vai espantar este frio soviético que reina por aqui...

[Pierrô, Kabbalista e a cidade marciana ouvem, de longe, o prológo da chegada da Rainha Aelita ao planeta] [A cidade inicia suas agitações em modo de retirada em caminho às florestas negras] ★ Rápido, Kabbalista, a rainha! ★ Precisamos esconder-nos! ★ Ondes foi parar Harlequin, meu amado irmão?