Boa noite.
Em Sandman, mais especificamente em Despertar e sendo bem preciosista, em Exilados, tem essa citação de Ovídio. "Omnia Mutantur, Nihil Interit." É uma citação linda. É perfeita. Significa "Tudo muda, mas nada se perde realmente."
E isso é totalmente verdade. É uma coisa que me lembra Sinal e Ruído. Mas essa citação resume uma boa parte do meu mundo: nada se perde, apesar das constantes mudanças. Essa frase vei uns dois mil anos antes da de Lavoisier, se eu não me engano "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.".
E aqui estou eu, assistindo a uma transformação do meu mundo e dos meus conceitos e de mim mesmo. Não sei o que será de mim.
Bons sonhos.
Boas mudanças.
P.S.: achei essa postagem perfeita.
http://filosofandoamarteladas.blogspot.com/2009/05/omnia-mutantur-nihil-interit.html
Este blog é dedicado para os amantes das diversas coisas, entre elas, Palavras, Sonhos, Teorias, Conspirações, Livros e Músicas. Sei que há muitas pessoas assim. Meu desafio (e da minha equipe) será encontrá-las. Postaremos aqui as mais diversas coisas, mas sempre com um curto parecer sobre o que foi postado. Boa leitura.
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sábado, 15 de outubro de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Inventando Alladim - Neil Gaiman
Hey, pessoas!
Estive levando uns puxões de orelha.
Duas pessoinhas estão reclamando que estou postando pouco.
Enfim, que melhor para pedir desculpas do quê Gaiman?
Lá vai.
Na cama com ele, aquela noite, como toda noite,
sua irmã a seus pés, ela termina a história,
então espera. Sua irmã rapidamente entende
e diz: - Não consigo dormir. Conta outra, por favor?
Scheherazade inspira nervosamente
e começa: - Na distante Pequim
vivia um jovem preguiçoso com sua mãe.
Seu nome? Alladim. Seu pai tinha morrido...
Ela conta como um mágico sombrio chegou,
dizendo ser seu tio, com um plano:
Levou o garoto para um lugar isolado,
deu-lhe um anel que, disse, o protegeria,
jogou-o numa caverna cheia de pedras preciosas,
-Traga-me a lâmpada! - e quando Alladim se recusou,
na escuridão foi abandonado e sepultado...
Pronto.
Alladim preso debaixo da terra,
ela para, seu marido fisgado por mais uma noite.
No dia seguinte
ela cozinha
alimenta os filhos
e sonha...
Sabendo que Alladim está preso,
e que sua história
só lhe deu mais um dia.
O que acontece agora?
Ela gostaria de saber.
É só quando a noite chega
e seu marido diz, como sempre:
-Amanhã cortarei sua cabeça-,
quando Dunyazade, sua irmã, pergunta: -Mas, por favor,
o que houve com Alladim? - só então ela sabe...
E, numa caverna adornada com joias,
Alladim esfrega sua lâmpada. O Gênio surge.
A história prossegue. Alladim conquista
a princesa e um palácio feito de pérolas.
Vejam só, o mago das trevas está voltando:
-Lâmpadas novas pelas velhas- ele canta pela rua.
E depois que Alladim perde tudo,
ela para.
Ele a deixará viver mais uma noite.
Sua irmã e seu marido adormecem.
Acordada, ela olha a escuridão
Vendo mentalmente as variações:
as maneiras de devolver a Alladim seu mundo,
seu palácio, sua princesa, seu todo.
E então ela adormece. O conto precisa de um final,
mas agora ele se desfaz em sonhos em sua mente.
Ela acorda,
Alimenta os filhos
Penteia o cabelo
Vai ao mercado
Compra um pouco de óleo
O vendedor de óleo o derrama para ela,
decantando-o
de um jarro enorme.
Ela pensa:
E se um homem se escondesse aí?
Ela compra também um pouco de sésamo.
Sua irmã diz: - Ele ainda não matou você.
-Ainda não. - Não dita, a frase espera: - Mas matará.
Na cama, ela lhes conta do anel mágico
que Alladim esfrega. O escravo do Anel aparece...
Mágico morto, Alladim salvo, ela para.
Mas se a história acaba, a narradora morre,
sua única esperança é começar outra.
Scheherazade inspeciona seu armazém de palavras,
ideias e sonhos semiprontos, mal cozidos, combinam-se
com jarros capazes de esconder um homem,
e ela pensa: Abre-te, Sésamo, e sorri.
-Ali Babá era um homem direito,
mas era pobre... - ela começa, e já engrenou,
e assim sua vida é salva por mais uma noite,
até que ela o entedie ou a imaginação falte.
Ela não sabe onde ficam as histórias
antes de serem contadas. (Tampouco eu sei.)
Mas quarenta ladrões soa bem, por isso serão quarenta
ladrões. Ela reza para ter ganhado mais um punhado de dias.
Nós nos salvamos de formas bastante improváveis.
E...
É isso.
Me pergunto se há alguma possibilidade de Scheherazade morrer.
Me pergunto se há alguma possibilidade dela fugir.
Me pergunto se há alguma
Não me pergunto nada.
Pensar sobre o que poderia ter ocorrido, as coisas boas que poderiam ter ocorrido, a felicidade que poderia existir é mais desesperador do que simplesmente encarar a realidade.
Estive levando uns puxões de orelha.
Duas pessoinhas estão reclamando que estou postando pouco.
Enfim, que melhor para pedir desculpas do quê Gaiman?
Lá vai.
Inventando Alladim,
Neil Gaiman
Na cama com ele, aquela noite, como toda noite,
sua irmã a seus pés, ela termina a história,
então espera. Sua irmã rapidamente entende
e diz: - Não consigo dormir. Conta outra, por favor?
Scheherazade inspira nervosamente
e começa: - Na distante Pequim
vivia um jovem preguiçoso com sua mãe.
Seu nome? Alladim. Seu pai tinha morrido...
Ela conta como um mágico sombrio chegou,
dizendo ser seu tio, com um plano:
Levou o garoto para um lugar isolado,
deu-lhe um anel que, disse, o protegeria,
jogou-o numa caverna cheia de pedras preciosas,
-Traga-me a lâmpada! - e quando Alladim se recusou,
na escuridão foi abandonado e sepultado...
Pronto.
Alladim preso debaixo da terra,
ela para, seu marido fisgado por mais uma noite.
No dia seguinte
ela cozinha
alimenta os filhos
e sonha...
Sabendo que Alladim está preso,
e que sua história
só lhe deu mais um dia.
O que acontece agora?
Ela gostaria de saber.
É só quando a noite chega
e seu marido diz, como sempre:
-Amanhã cortarei sua cabeça-,
quando Dunyazade, sua irmã, pergunta: -Mas, por favor,
o que houve com Alladim? - só então ela sabe...
E, numa caverna adornada com joias,
Alladim esfrega sua lâmpada. O Gênio surge.
A história prossegue. Alladim conquista
a princesa e um palácio feito de pérolas.
Vejam só, o mago das trevas está voltando:
-Lâmpadas novas pelas velhas- ele canta pela rua.
E depois que Alladim perde tudo,
ela para.
Ele a deixará viver mais uma noite.
Sua irmã e seu marido adormecem.
Acordada, ela olha a escuridão
Vendo mentalmente as variações:
as maneiras de devolver a Alladim seu mundo,
seu palácio, sua princesa, seu todo.
E então ela adormece. O conto precisa de um final,
mas agora ele se desfaz em sonhos em sua mente.
Ela acorda,
Alimenta os filhos
Penteia o cabelo
Vai ao mercado
Compra um pouco de óleo
O vendedor de óleo o derrama para ela,
decantando-o
de um jarro enorme.
Ela pensa:
E se um homem se escondesse aí?
Ela compra também um pouco de sésamo.
Sua irmã diz: - Ele ainda não matou você.
-Ainda não. - Não dita, a frase espera: - Mas matará.
Na cama, ela lhes conta do anel mágico
que Alladim esfrega. O escravo do Anel aparece...
Mágico morto, Alladim salvo, ela para.
Mas se a história acaba, a narradora morre,
sua única esperança é começar outra.
Scheherazade inspeciona seu armazém de palavras,
ideias e sonhos semiprontos, mal cozidos, combinam-se
com jarros capazes de esconder um homem,
e ela pensa: Abre-te, Sésamo, e sorri.
-Ali Babá era um homem direito,
mas era pobre... - ela começa, e já engrenou,
e assim sua vida é salva por mais uma noite,
até que ela o entedie ou a imaginação falte.
Ela não sabe onde ficam as histórias
antes de serem contadas. (Tampouco eu sei.)
Mas quarenta ladrões soa bem, por isso serão quarenta
ladrões. Ela reza para ter ganhado mais um punhado de dias.
Nós nos salvamos de formas bastante improváveis.
E...
É isso.
Me pergunto se há alguma possibilidade de Scheherazade morrer.
Me pergunto se há alguma possibilidade dela fugir.
Me pergunto se há alguma
Não me pergunto nada.
Pensar sobre o que poderia ter ocorrido, as coisas boas que poderiam ter ocorrido, a felicidade que poderia existir é mais desesperador do que simplesmente encarar a realidade.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Sem ideia para o título...
♠ Boa tarde!
♠ Como estão todos?
♠ E como foi o Ano Novo?
♠ Imagino que todos os muitos camaradas que leem isto aqui estejam bem, já que não são muitos.
♠ Como deu para vocês perceberem, estou sem ideia para o título.
♠ Agora, vou para a postagem (são dois posts em um).
♠ Estava eu no Youtube ouvindo uma música e me deparei com este comentário:
"They sing in english in this song so PLEASE speak the mothafucking english language or do not even comment"
♠ Traduzindo é algo como: "Eles cantam esta música em Inglês, então, por favor, falem na maldita lingua inglesa ou nem comentem". É claro que não é bem isto, retirei o xingamento e adicionei pontuação, mas o significado é bem parecido. Eu fiquei um tanto quanto horrorizado e revoltado.
♠ Quer dizer... Todo mundo tem que saber Inglês para fazer um comentário numa música?
♠ E quem não tem dinheiro para fazer um curso, ou mesmo não tem condições de ir a um colégio? Poxa, ano passado tinha 11 milhões passando fome aqui no Brasil, se for considerar que não come todo dia, tem quase 70 milhões. Isso é quase o,5% ou 1/3 da população, respectivamente, e um suequinho quer que todos saibam falar Inglês! Onde está o Direito de... Não sei, talvez Liberdade de Expressão?!
♠ Certo, certo. Esta postagem é uma espécie de desabafo, mas... Convenhamos! Ninguém reclama quando alguém posta algo em Inglês numa música de Sergio Mendes, Ivete Sangalo ou O Rappa. Por que alguém reclama que outro alguém poste em polonês? Ou Espanhol? Ou... Esperanto?
♠ Agora, assunto dois do post: tem milhões de pessoas passando fome no meu país. O chute da ONU é de 815 milhões de pessoas passando fome no mundo. Isso é quase a população das Américas. E aí tem o Bill (certo, o cara é um santo. Ele doa fortunas e fortunas, mas é só um exemplo) que tem 53 BILHÕES! E o Carlos Slim, com 53,5! E mais estes camaradas aqui. Cara, eu não tenho mais palavras. O que podemos fazer? O que acontece(u) com o mundo?
♠ Deixo-lhes uma música. E um link. Tenham bons sonhos.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1072034&tit=112-milhoes-ainda-passam-fome
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Os Outros
♠ Outro dia minha mãe me disse "Rafael, seu gênio tá com um conto novo, se chama Os Outros".
♠ Aí, é claro que eu fui procurar o conto.
♠ Descobri, que mais uma vez, o conto tem uma extrema significancia para mim. Representa coisas. O comentário virá em seu tempo.
Os Outros.
Neil Gaiman
"O tempo é fluido por aqui", disse o demônio.
Soube que era um demônio no momento em que o viu. Ele apenas sabia, assim como tinha consciência de que aquele local era o Inferno. Não havia outra possibilidade de existência para ambos.
A sala era longa, e o demônio o esperava próximo de um braseiro fumegante na ponta oposta. Uma miríade de objetos encontava-se pendurada nas paredes pétreas, sendo que não parecia inteligente ou tentador analisá-los com maior minúcia. O teto era baixo; o chão, estranhamente etéreo.
"Aproxime-se", disse o demônio, e ele obedeceu.
O demônio estava nu e inclinado. Possuía cicatrizes profundas, e sua pele parecia ter sido arrancada à força em algum ponto de seu passado distante. Não possuía orelhas, não possuía sexo. Seus lábios eram finos e austeros, e seus olhos eram verdadeiramente demoníacos: haviam visto demais e ido longe demais; sob seu olhar, o homem se sentia mais insignificante do que um verme.
"O que acontece agora?", perguntou.
"Agora," disse o demônio, em uma voz desprovida de angústia e regozijo, dona unicamente de uma resignação seca e aterrorizante, "você será torturado."
"Até quando?"
O demônio balançou a cabeça e permaneceu em silêncio. Andou devagar, rente à parede, examinando um dos instrumentos pendurados nela, e então outro. Na outra ponta da parede, próxima à porta, jazia um flagelo de nove pontas, feito de arame farpado gasto. O demônio o pegou com a sua mão de três dedos e retornou à outra ponta da sala, carregando-o reverentemente. Colocou as pontas do flagelo no braseiro, e observou-as enquanto começavam a esquentar.
"Isso é desumano."
"Sim."
As pontas do flagelo brilhavam em um laranja mórbido.
Enquanto levantava o braço para desferir o primeiro golpe, afirmou que "Na hora certa, você se recordará desse momento com ternura."
"Mentiroso."
"Não," disse o demônio, "A próxima etapa", explicava enquanto desferia a chicotada, "é pior."
As pontas do flagelo pousaram sobre as costas do homem com um estalo e um chiado, perfurando através das roupas caras, queimando, despedaçando e rasgando a cada golpe e, não pela última vez naquele lugar, arrancando gritos.
Havia duzentos e onze instrumentos nas paredes daquela sala, e era sua sina experimentar cada um deles.
Quando, finalmente, a Filha Lázara¹ - a qual acabou por conhecer de forma íntima - fora limpa e posta na parede no ducentésimo décimo-primeiro suporte, o homem soluçou com seus lábios arruinados: "E agora?"
"Agora," disse o demônio, "a verdadeira dor começa."
E começou.
Cada ato que não deveria ter sido posto em prática. Cada mentira contada - para si, ou para outrem. Cada pequena ferida, e todas as grandes. Tudo fora arrancado de suas entranhas, detalhe por detalhe, lentamente. O demônio destruiu o manto do esquecimento, rasgando-o até a verdade se sobressair, e aquilo doeu mais do que tudo.
"Diga-me o que você sentiu enquanto ela saía pela porta," afirmava o demônio.
"Senti meu coração se estilhaçando."
"Não," afirmou o demônio, sem ódio, "diga-me a verdade."
"Senti alívio, pois a partir de então ela nunca saberia que eu transava com a irmã dela."
O demônio desmanchou a vida de sua vítima momento por momento, relembrando-a de todos os instantes desconfortáveis. Aquilo durou cem anos, talvez mil - ambos tinham todo o tempo do mundo naquela sala cinzenta - e, perto do fim, o homem concluiu que o demônio estava certo: a tortura física fora mais gentil.
E então, a tortura se encerrou.
E, no mesmo momento em que se encerrara, se iniciou novamente. Havia o sentimento de que a primeira vez jamais ocorrera, o que de alguma maneira tornava tudo muito pior em seus olhos.
A partir de então, a cada palavra balbuciada, o ódio do homem em relação a si mesmo aumentava. Não havia dentro de si lugar para mentiras, fugas ou qualquer outro elemento que não fosse a dor e a cólera.
E então, deixou as palavras correrem de sua boca. Parou de derramar lágrimas por elas. Quando decidiu parar, um milênio depois, rezou para que, naquele momento, o demônio se dirigisse à parede e escolhesse a faca de esfolar, ou a mordaça, ou até mesmo os parafusos.
"Mais uma vez," disse o demônio.
Era como descascar uma cebola - mais uma camada que ocultava a vítima era destruída. Desta vez, aprendeu sobre consequências. Aprendeu sobre os resultados daquilo que praticara; tomou consciência de coisas para as quais estava cego ao colocá-las em prática; as maneiras pelas quais tornou o mundo algo pior; os danos causados a pessoas que nunca conhecera, encontrara ou tinha consciência da existência. Fora a mais dura lição até então.
"Mais uma vez," repetiu o demônio, passados mil anos.
A vítima se ajoelhou no chão, em frente ao braseiro, contorcendo-se suavemente de olhos fechados enquanto contava a história de sua vida. Experimentava-a novamente assim que a recontava - do nascimento à morte, com uma fidelidade ímpar à verdade, sem se esquecer de nada e suportando cada momento. Seu coração se abriu.
Quando terminou, sentou-se de olhos fechados, esperando a voz demoníaca dizer "mais uma vez", mas nada aconteceu. Abriu os olhos.
Se levantou devagar. Estava sozinho.
Na outra ponta da sala, havia uma porta. Ela se abriu.
Um homem passou por ela. Havia terror em sua face, bem como arrogância e orgulho. Vestia roupas caras, e hesitou em dar os primeiros passos dentro da sala longa e cinzenta.
Então, compreendeu.
"O tempo é fluido por aqui", disse ao recém chegado.
♠ Vou ler por trás do que foi escrito:
Nós mesmos:
Nossos demônios nos torturam com todas as nossas ações. Nos torturam profundamente, fisica e emocionalmente.
Eles despirão as nossas camadas de cebola - nunca se esqueça que ao cortar uma cebola, você irá chorar - lentamente, ou seja, de forma bem dolorosa.
Eles nos farão sofrer tudo. Tudo mesmo.
"Cada ato que não deveria ter sido posto em prática. Cada mentira contada - para si, ou para outrem. Cada pequena ferida, e todas as grandes. Tudo fora arrancado de suas entranhas, detalhe por detalhe, lentamente. O demônio destruiu o manto do esquecimento, rasgando-o até a verdade se sobressair, e aquilo doeu mais do que tudo."
Isto significa que cada ato de maldade que fizermos, cada mentira que contarmos, cada ação má que realizarmos o nosso demônio fará voltar contra nós memsos.
"Era como descascar uma cebola - mais uma camada que ocultava a vítima era destruída. Desta vez, aprendeu sobre consequências. Aprendeu sobre os resultados daquilo que praticara; tomou consciência de coisas para as quais estava cego ao colocá-las em prática; as maneiras pelas quais tornou o mundo algo pior; os danos causados a pessoas que nunca conhecera, encontrara ou tinha consciência da existência. Fora a mais dura lição até então."
Isto é terrível. Simplesmente doloroso. A dor é profunda e forte. Real. Não para. Simplesmente não vai embora.
"Seu coração se abriu." Isto para mim não é nada bom. Todas as vezes que o meu se abriu, algo ruim aconteceu. Muito tempo sofrendo. Ainda não sei o que vai me acontecer amanhã [12/11/09], mas estou preparado para o pior.
Mas, a conclusão do texto é impressionante: seu demônio é você mesmo. Você mesmo que se fez sofrer voltará para te fazer sofrer mais. Você tem a chave da sua felicidade. Você tem a chave da sua tortura. Você, e não um demônio. Por favor, acreditem em mim: não se torturem. A coisa não é boa. Você conseguirá te fazer mais dor do que você pode imaginar. Deixe seu demônio sob controle. Não seja idiota que nem o cara que digitou este comentário aqui numa tentativa de parar de se torturar. Ele está depressivo e querendo que o dia passe logo, para ler uma carta que lhe será entregue. Ele tá mal. E sabe que quem fez isto foi ele mesmo. E quer parar de sofrer.
Extraído daqui.
¹: Filha Lázara é, de acordo com a minha pesquisa, um instrumento que faz com que a pessoa sinta a dor de ter uma filha bastarda.
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Um curto comentário
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Trilhos Descarrilados
Durante minha vida, segui alguns padrões. [Eu escutei os pregadores, Eu escutei os tolos]
Não sei de quem foi a culpa.
Conforme expliquei à "Amy", tem uma receita bem fácil para produzir alguém bem parecido comigo.
♦ Pegue uma criança do sexo masculino com seis anos,
♦ Ensine ele a ler,
♦ Ensine ele a escrever,
♦ Dê muitos livros sobre Idade Média, Romance, Amizade etc,
♦ Dê muitos filmes sobre Idade Média, Romantismo, Amizade etc,
♦ Dê muitos livros sobre Utópicos sobre Liberté, Egalité, Fraternité, periodos em que as coisas eram direitas e... Voi Lá!
♦ Você terá em casa, praticamente gratuitamente, um Camarada/Tolo/Ingenuo/Itopico/Romantico/Sonhador com um punhado de ideias sobre o mundo ideal numa mão e umas citações legais sobre como se tratar bem as pessoas.
Conforme ela ressaltou, a culpa não é dos livros. O problema é bem mais simples: eu acreditei.
E fui vivendo a minha vida, de uma forma a levar tudo adiante... Sabendo de muito mas não entendendo nada.
Mas então... Coisas aconteceram. Pessoas chegaram. Aromas também. Filmes e músicas ganharam significados...
Minha vida mudou. Da noite pro dia. Sofri muito. Não dá para descrever. Ou melhor, não quero descrever.[Feridas mentais que ainda gritam, Me deixando louco]
E agora, eu realmente saí dos trilhos. Estou sendo o mais hedonista possível. Aproveitando. Vivendo. [Estou saindo dos trilhos num trem maluco]
E é agora que eu começo a assobiar.
Este prelúdio faz parte de uma promessa que eu havia feito a um amigo. A análise da letra vem depois.
я тебя люблю.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
O Preço da Verdade
Este post é curto e é um pequeno desabafo sobre a situação atual do mundo (e um exagero na 1ª linha).
Tem umas duas semanas, mais ou menos, marquei com dois amigos para irmos ao cinema. Hoje. Ontém, liguei para um deles para confirmar tudo, e o animal do Kabbalista disse que não podia ir.
Então, depois, conversei com o outro se iamos ou não. A mudança entre um pessoa e outra está nas cores da conversa. A dele é azul e a minha vermelha.
Ele disse "Olha... É melhor ir na Quinta-Feira..." "Mas o cinema vai estar lotado, você já foi num Shopping num feriado?" (o feriado, no caso, é dia dos professores). Depois de algum tempo, voltamos a conversar.Cara. ".. Eu tenho que estudar." "Estudar pra quê?" "Física... Matemática..." "Você vai ter um feriadão de quatro dias, e ainda quer ficar estudando mais?". Aí, finalmente ele abriu o jogo: "Ah, eu não estou a fim.".
Fiquei morrendo de raiva. Não era porque ele não queria ir não, porque eu fui mesmo assim. Não preciso de pessoa alguma para ir ao cinema assistir um filme. Foi simplesmente porque ele não me disse logo porque não queria ir.
O que que custava o camarada dizer "Olha, Castro, eu não tô a fim de ir.". Pronto. Acabou. Dot. O problema foi a mentira (de pernas curtíssimas) que ele inventou.
Fiquei pensando sobre isso um pouco, cheguei à conclusão de que ele não está errado. O mundo que nos faz ter de fazer isso. Se as pessoas fossem um pouquinho menos desmoralizantes, não achariam que uma verdade tão tola poderia incomodar alguém. Depois, se tiver paciência, volto a escrever sobre isto. Desculpe aos leitores se não tenho papas na lingua.
Não ligo para verdades, mesmo que venham a machucar um pouco. A alternativa é pior.
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