domingo, 9 de outubro de 2011

Saramago. E Morte.

Boa noite!

Há quanto tempo!

Hoje eu estava pensando sobre a Morte. Sem nenhum motivo em especial, apenas lembrando de algumas teorias sobre ela. Talvez tenha sido devido a uma das minhas últimas postagens e o fato de Pandora ter comentado que a taxa de sobrevivência de alguém ter chegado a zero.

E eu lembrei de As Intermitências da Morte, de Saramago.
"No dia seguinte ninguém morreu. O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado, basta que nos lembremos de que não havia notícia nos quarenta volumes da história universal, nem ao menos um caso para amostra, de ter alguma vez ocorrido fenómenos semelhante, passar-se um dia completo, com todas as suas pródigas vinte e quatro horas, contadas entre diurnas e nocturnas, matutinas e vespertinas, sem que tivesse sucedido um falecimento por doença, uma queda mortal, um suicídio levado a bom fim, nada de nada, pela palavra nada. Nem sequer um daqueles acidentes de automóvel tão frequentes em ocasiões festivas, quando a alegre irresponsabilidade e o excesso de álcool se desafiam mutuamente nas estradas para decidir sobre quem vai conseguir chegar à morte em primeiro lugar.".
(Sinopse de As Intermitências da Morte. E um trecho também.)

Sexton e Didi
Eu lembrei de Didi hoje. De uma forma completamente diferente da que eu tinha lembrado antes. Lembrei de como ela é. E como eu gosto de pensar que ela é. E eu senti uma profunda saudade dela. E de tudo o que ela representa. E estou me sentindo um pouco como Sexton Furnival.

E não, a postagem não faz muito sentido. É basicamente uma forma de tirar algumas coisas da mente. E de aproveitar o ensejo para dar um aviso: o único outro autor que continua constante está mais louco (podem ler no lugar de louco "alienado de esquerda") do que nunca. Desculpem por isso.

Bons sonhos.

2 comentários:

  1. Rafael nos último dias eu tenho pensado muito na Morte também, a ruivinha branquela e a forma como o vento recifense que eu tanto amo esvoaçava o cabelo dela tb! Saramago eu nunca li acredita?!?! Estou com "O ano da morte de Ricardo Reis" para ler aqui há meses e ainda não o encarei...

    Enfim, pensando sobre a Morte eu acabei pensando que talvez o pior dela seja o luto, esse sentimento que pode ser eterno no coração daqueles que perdem um ente querido... Mas, quero crer que mesmo dessa coisa terrivel que é o luto pode nascer algo bom, até pq sou filha do luto dos meus pais e eu quero crer que sou algo de bom eu fui gerada em dor, então quero crer que mesmo essa coisa tão dolorida como a Morte trás algo de bom rsrsr...

    E sim, ela continua sendo meu Perpetuo favorito(a).

    Cheros Rafael, bons sonhos para você e nenhum para mim por favor!

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  2. Também concordo com Pandora, o luto é algo que precisa ser trabalhado, caso contrário aprisiona o ser. Porém, toda crise pode ser usada para crescimento individual, familiar, guando bem elaborado. De qualquer forma vi um dia em um filme quando passei pela sala de tv (por isso não sei nem mesmo se é um filme) que um personagem falou assim: "Mais importante que a forma que vamos morrer é a forma que vivemos." Ah, e tem também o filme Alem da Vida que também trás a importância do viver bem. Grande abraço a vocês!
    Ps: A Delirium é a mais incrível e maravilhosa para mim! (e inclusive o nome do meu fanzine!)

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