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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cifras Illuminati e Kabbalah Inglesa

Kabbalah Inglesa “Tu obterás a Ordem e o Valor do Alfabeto Inglês; tu acharás novos símbolos para atribuí-los” - Liber Al II 55 A Qabbalah Inglesa preenche os requerimentos das instruções dadas no Liber Al vel Legis (O Livro da lei) Capítulo II verso 55. Foi descoberto no dia 23 de Novembro de 1976. Após trabalhar com a Cifra por vários métodos radicais, novas técnicas foram descobertas que confirmavam que era, sem dúvida, a prometida cifra de Al. A palavra tinha finalmente se tornado carne. Em um esforço para proliferar a mensagem do Liber Al, Crowley completou vários comentários extensivos sobre o texto, utilizando as Qabbalas Hebraica, Arábica e Grega, para desvendar os seus muitos mistérios. Suas tentatvias nas instruções do Liber Al II 55 foram inicialmente equacionadas aos pictogramas do Liber Trigrammaton, contudo ele não ficou inteiramente satisfeito com os resultados. No “New Comments” ele declara: “A atribuição no Liber Trigrammaton é bom, teoricamente, mas nenhuma qabbalah de mérito surgiu daqui.” Em 1918 o filho magicko de Crowley, Frater Achad, providenciou uma chave valiosa para desvendar o Liber Al, como descrito em sua tese (Liber 31). Achad nota o seguinte: “Então eu percebi um outra coisa muito importante. Eu estava me perguntando o porque A e L deveriam ser escolhidas, ou melhor, porque L a 12ª letra do alfabeto hebraico deveria seguir A, a primeira." Depois da separação de Achad e Crowley o assunto da Qaballa Inglesa foi quase esquecida até a década de 70, quando um esforço concentrado foi feito para descobrir a chave para Al. E sobre os esforços mais recentes para descobrir a cifra? Em 1976 certos grupos e indivíduos assinaram juramentos da AA e trabalharam com o Liber Al em busca da Qaballa prometida. Algumas tentativas foram feitas e então ou abandonadas ou ritualisticamente sacrificadas como falhas. Duas ordens em particular, procuraram ativamente a resposta: a O.Z.R.C.S. e a T.T.S.. Ambos grupos trabalhavam independentemente e ignoravam a existência um do outro, ainda ambos acharam simbolos reincidentes, relevantes a Vênus, Escorpião e a Rosa Cruz. Depois de muitas tentativas, a T.T.S. decidiu procurar a chave magicamente e suficientemente apropriado, um membro começou a contar 11 letras de A até L. Ele continuou a sequência, contando mais 11 até W. Assim derivando as iniciais de “Azure Lidded Woman”. Voltando a sequencia dos 11, ele finalmente gerou a seguinte ordem: A L W H S D O Z K V G R C N Y J U F Q B M X I TE P 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 A Página 16 do capítulo III contém uma grade de números feita por Crowley no texto do liber Al III verso 47. Escrevendo o alfabeto continuamente sobre estas colunas, do canto superior esquerto, produzira a sequência acima pelas diagonais. Esta é prova suficiente para alguns, contudo, que a evidência continua a crescer. Na mesma página o centro desta grade contém uma cruz dentro de um círculo, tradicionalmente símbolo da “Rosa Cruz”. O texto diz: “então este círculo quadrado em sua falha, é também uma chave”. O símbolo ocorre no quadrado separado para K com o valor de 9. O “quadrado” de nove = 81 o valor na QI para “Rosa Cruz”. A borda do círculo entra no quadrado adjascente e reservado para U ou 17. A soma dos dois quadrados que contém o círculo é 26, o número de letras no alfabeto inglês. O valor de “in it’s failure” (em sua falha) é 187 que se equivale a “Alfabeto Inglês”. “Is a key also” (é uma chave também) dá o valor 93, equivalente a “Escorpião”, “Dividir”, e “Tempo”. 93 logicamente sendo o valor do número que designa a corrente thelemica como um todo. Isso sugere que a ordem e o valor particular do Alfabeto Inglês apresentado aqui é especialmente relevante para Thelema. A soma total do Alfabeto Inglês é 351 que é a soma total de letras e números de Al II verso 76, um dos versos mais intrigantes no livro e assunto de muito debate. No capítulo I verso 24, Nuit diz o seguinte: “Eu sou Nuit, e meu número é seis e cinquenta”. Aplicando a QI ao texto, descobrimos que Nuit = 78. Naturalmente, 7 multiplicado por 8 = 56, precisamente 6 e 50 e é igual ao valor de “Isis”. Este é apenas uma fração do número de exemplos a serem encontrados no texto de Al. Um verso em particular requer mais escrutínio pois contém as sementes da iniciação escondidas e reveladas ali. No Liber Al II 75 Hadit declara o seguinte: “Sim, ouçam os números e as palavras”. A frase é uma das mais marcantes no texto. Parece ser uma instrução mais detalhada para procurar uma ordem e um valor. A soma total do verso é 418, igual a “Abrahadabra” em hebraico e de acordo com Crowley, o número de conclusão da Grande Obra. A soma de 4 + 1 + 8 é 187 e é o valor de 2 frases em particular: “Alfabeto Inglês” é a primeira e a segunda frase... “And doubt it not!” (E não duvidem!) E com relação aos métodos e técnicas da QI? Todas as técnicas da Qaballa Hebraica podem ser usadas com cifras do Al. Essencialmente elas podem ser quebradas em grupos específicos... Cifras Illuminati Estive recentemente a estudar várias cifras, em especial a "NAEQ" (New Aeon English Qabalah) e as Cifras dos Illuminati e as suas em várias ‘sociedades secretas’ e até os EUA (os quais curiosamente foram criados no mesmo ano dos Iluminados da Baviera, com uma diferença de apenas 64 dias), e encontrei algo que poderá ser interessante para algumas pessoas. De acordo com várias fontes, em especial o livro de 1797 do Abade Barruel, "Memórias ilustrando a História do Jacobinismo", a primeira cifra apresentada aos Noviços Illuminati era uma em que as letras eram substituídas por números, da seguinte forma: A=12 B=11 C=10 D=9 E=8 F=7 G=6 H=5 I/J=4 K=3 L=2 M=1 N=13 O=14 P=15 Q=16 R=17 S=18 T=19 U/V=20 W=21 X=22 Y=23 Z=24 De seguida, com esta cifra em meu poder, comecei a estudar a simbologia da nota de 1 Dólar e todos seus símbolos illuminati/maçónicos (Olho que Tudo Vê, Pirâmide, Águia/Fénix, o número 13 - 13 listas na bandeira, 13 degraus na pirâmide, 13 estrelas acima da águia, 13 barras no escudo, 13 folhas e 13 bagas no ramo de oliveira, e 13 setas), tentando obter alguma "mensagem" através do estudo dos lemas na nota, usando a Cifra Illuminati. Surpreendentemente, a cifra parece resultar (!!!): * O lema "ANNUIT COEPTIS" tem 13 letras e soma 169 (13x13); * O lema "E PLURIBUS UNUM" tem 13 letras e soma 169 (13x13); * A frase "NOVUS ORDO SECLORUM" soma 229 (2+2+9 = 13). Mais algumas curiosidades: * "One Dollar" [Um Dólar] = 91 (13x7); * "Mason" [Maçon] = 58 (5+8 = 13); * USA" [EUA] = 50 (o número de estados nesse país); * Illuminati = 81 (9x9) = "Phoenix" [Fénix] = "Pyramid" [Pirâmide] = "Triangle" [Triângulo]. OBS: Como um pequeno à-parte, reparem que "Annuit" soma 81 (=Illuminati) e "Coeptis" soma 88 (=Bavaria), e que "Novus Ordo Seclorum" tem 17 letras, tal como "Illuminati Bavaria". Métodos Cabalísticos Gematria Este é um método de comparar a soma total das palavras de um valor específico e comparar a relação entre eles. Por exemplo a gematria de Love (amor) = 44 (2+7+10+25) = “Aum Ha” as duas últimas palavras do Liber Al.O valor de 44 é também um “Solar Hawk”(Falcão Solar) e “Hawk + Lord” (Falcão + Senhor). É também comum a QI o sistema que tanto revela como esconde estas relações. Notariqon Esta é uma outra técnica comum derivando acrônimos das frases. O clássico exemplo no Liber Al é o de ISIS = 56; isto é demonstrado no Liber Al v 22 “since I am Infinite Space and Infinite Star thereof” (“uma vez que eu sou espaço infinito e estrelas infinitas”) Este método pode ser extendido por examinar as primeiras letras de uma frase e um verso e comparando-as com as últimas letras da frase para descobrir suas formas de manifestação. Por exemplo: - “Amor é a lei, amor sob vontade”. (Love is the law, love under will) LITLLUW = 73 = Poder, de onde? ESEWERL = Senhor Guerreiro. Números místicos Esta é a soma de uma dada séries de 1 a uma íntegra significante. Por exemplo, o número místico de sete é vinte e oito (1+2+3+4+5+6+7). Sete é o número do Netzach a sephiroth tradicionalemnte reservada à Vênus. Note que 28 é igual a “Holy” e “Ankh”, os símbolos egípcios de Vênus. Anagrams Estes podem ser achados extensivamente nos textos de Classe A. Por exemplo “Hours” (horas) é um anagrama de Hórus = 45. Arms (braços, exército) é um anagrama de Mars (marte) = 39 etc. Reversão de Números Esta técnica é revelada no primeiro verso do capítulo 3 “Abrahadabra a recompensa de Ra Hoor Khuit” e é usado para encontrar a recompensa do número, i.e., a recompensa de Ra Hoor Khuit = 97 is 79 = Abrahadabra = Heaven. A recompensa de Horus 45 =54 = Snake [cobra] (Aquele que tradicionalmente traz a sabedoria).

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Liber Oz

“Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei” AL I 40 “Tu não tens direito senão fazer a tua vontade. Faze aquilo, e nenhum outro dirá não” AL I 42-3 “Todo homem e toda mulher é uma estrela” AL I 3 “Não existe Deus senão o homem” 1. O Homem tem o direito de viver pela sua própria lei; de viver da maneira como quiser viver; de trabalhar como quiser; de brincar como quiser; de morrer quando e como quiser. 2. O Homem tem o direito de comer o que quiser; de beber o que quiser; de morar onde quiser; de se mover como quiser sobre a face da terra. 3. O Homem tem o direito de pensar o que quiser; de falar o que quiser; de escrever o que quiser; desenhar, pintar, lavrar, estampar, moldar, construir como quiser; de se vestir como quiser. 4. O Homem tem direito de amar como quiser; “tomai vossa fartura e vontade de amor como quiserdes, quando, onde e com quem quiserdes” AL I 51 5. O Homem tem direito de matar esses que possam querer contrariar estes direitos. “os escravos hão de servir.” AL II 58 “Amor é a lei, amor sob vontade” Aleister Crowley

sábado, 24 de outubro de 2009

Ritual Menor do Pentagrama - Versão da Astrvm Argentvm

Parte 1 - a Cruz Cabalística (ou Rosa Cruz)

1 - Toque a testa e diga ATEH

2 - Toque o sexo e diga MALKUTH

3 - Toque o ombro direito e diga VE - GEBURAH

4 - Toque o ombro esquerdo e diga VE - GEDULAH

5 - Junte as mãos no peito e diga LE - OLAHM AMEN

Parte 2 - os Pentagramas

6 - De frente para o Leste (o oriente, ou para os thelemitas, Boleskine), desenhe um pentagrama visualizando-o, no centro visualize o primeiro nome, IHVH e inspirando-o, sentindo passar pelo peito até os pés e sentindo a sua volta, fazendo o sinal do entrante, varando o pentagrama, vibre o nome ("Iod Rê Vô Rê", por exemplo) com energia.

7 - De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por ADONAI.

8 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por EHEIEH.

9 - De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por AGLA.

Caso o estudante não tenha percebido, ele está girando no sentido horário.

Parte 3 - Invocação dos Arcanjos

10 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:

"A minha frente RAPHAEL"

11 - "Atrás de mim GABRIEL"

12 - "A minha direita MICHAEL"

13 - "A minha esquerda AURIEL" -

14 - "Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas"

Sempre imaginando os Arcanjos nas suas respectivas posições e os pentagramas em chamas. Cada um está relacionado a um elemento: Ar, Fogo, Água e Terra, na sequencia. Como os elementos são 4, o magista, ao centro, será a 5ª parte do pentagrama, o espírito.

15 - "E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios".

Que o estudante visualize dois Hexagramas, um em cima e o outro projetado embaixo, com uma faixa de luz estendendo-se infinitamente na vertical, envolvendo-o.

16 - Repita a Parte 1 e o ritual estará encerrado.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ritual Rubi Estrela - Simbologia Ritualística

As Inteligências Neoplatônicas do Ritual

Os nomes Iunges, Teletarchai, Sunoches e Daimones, que são invocados no Ritual Rubi Estrela, são inteligências do Neoplatonismo, originárias dos Oráculos Caldeus (Chaldean Oracles), falsamente atribuídos a Zoroastro e que contém a doutrina e a filosofia da antiga Balilônia. Cada um destes nomes não identifica um ser em particular, cada um destes nomes se refere a uma determinada classe de semideuses, no caso dos três primeiros, e o último se refere as seres espirituais em menor posição hierárquica. Os Iunges, Sunoches e Teletarchai, que podem ser ligeiramente traduzidos como Rodopiantes, Conectores e Aperfeiçoadores, pertencem à Segunda Ordem da Hierarquia Emanacionista, à Segunda Mente, ao Mundo Empírico, no sistema dos Oráculos Caldeus. Neste sistema, eles são os intelectuais e inteligíveis e formam a "Tríade Intelectual”, os Três Supernais. Note-se que aqui “intelectuais” e “inteligíveis’ nada tem a ver com o com seus significados comuns, e seus reais significados só podem ser perfeitamente compreendidos acima do abismo. A Tríade Intelectual se origina dos Pensamentos do Pai, uma Inteligência Superior e Fonte todas as Coisas. Eles são os guardiões das obras do Pai e da Mente Única, a Inteligível. Os Daimones são espíritos que estão abaixo do abismo. Segundo estudiosos modernos, Iunges, Sunoches e Teletarchai, correspondem, respectivamente, a: Chockmah, Binah e ao Pilar Mediano, e não exatamente às três Sephiroth Supernais da Qabalah Hebraica ou da Ocidental.

Todos estes são “Espíritos Mediadores” e são essenciais nos Ritos Teúrgicos. Eles participam no governo do universo mantendo os canais de influência e vínculos de harmonia emanados de Nous (Inteligência em Grego). Eles são os Iniciadores (Iunges), Mantenedores (Sunoches), Aperfeiçoadores (Teletarchais) e Executores (Daimones) do Impulso Criativo Divino que se origina no mundo inteligível e se manifesta no mundo sensível.

Iunges (os Iniciadores)

São os que dão poderes às Idéias Simbólicas, Signos, e Símbolos usados nos Ritos Teúrgicos. Aeschylus usou esta palavra para metaforicamente se referir a "encanto, feitiço, desejo ardente e apaixonado". A palavra vem do grego IUGMOS denotando um som agudo e foi usada para se referir ao som emitido pelo pássaro chamado wryneck, significando “grito”. O wryneck, cujo nome em português é torcicolo, é um pássaro semelhante ao pica-pau e recebe este nome (torcicolo) devido ao seu hábito de torcer a cabeça e o pescoço. Ele é conectado ao simbolismo da roda. Os antigos Feiticeiros Gregos os utilizavam como amuletos, amarrando-os a rodas em movimento para que recuperassem amantes infiéis. Os Iunges são, metaforicamente, o grito dos wrynecks na roda em movimento.

Os Iunges são inteligências conceptivas, férteis, fecundas. Assim, eles fecundam os os Sunoches (os Conectores), e o resultado disto serão os Teletharcai. Os Iunge é o Operador; o Doador de Vida que porta o Fogo Noético (de Nous); ele enche o peito de Hécate, a Mãe Natureza, fornecendo a vida; e instila (introduz gota a gota) nos Synoches a força vivificante do Fogo Noético, dotando-os com vigoroso Poder. Os Iunges são uma conjuração, os Synoches são uma ligação, com amor (Amor sob Vontade), conectada e forte. Nesta visão, fica muito coerente ligar os Iunges à Chockmah e os Sunoches à Binah, pois também na Qabalah Chockmah (AB, o Pai) fecunda Binah (a Mãe Supernal). Nesta linha, eu me atreveria a associar os Teletarchai com o Microprosopus, ou o Pequeno Rosto, composto pelas seis Sephiroth posteriores lideradas por Tiphereth.; sendo Tiphereth um grande símbolo de Iniciação. Continuando neste pensamento, eu diria que os Daimones seriam os espíritos mais próximos a Malkhut, que estão entre Malkuth e as demais Sephiroth, seriam o que poderíamos de certa forma chamar simplesmente de anjos.

Teletarchais (os Aperfeiçoadores)

Os “Mestres da Iniciação”, são os principais seres nesta Teurgia. Também são chamados de: Mestres de Cerimônia, Mestres do Templo, Hierofantes. A palavra Teletarchai se origina das palavras gregas telete ou “rito” (especialmente de iniciação aos mistérios) e archon/archai, que significa “senhor” ou “líder”, sendo assim o “senhor do rito”. Eles não são apenas conectados à própria iniciação, mas também ao resultado de uma iniciação. Teletarchai é o resultado dos “Iunges fertilizando os Sunoches”. Os Teletarchais são chefiados por Eros, e são aqueles que unem as Idéias. Antes das idéias serem criadas, Eros saltou da Inteligência Paternal, e misturou o que viriam a ser as Idéias, cujo estado embrionário existia nesta mesma fonte, por meio de Seu Fogo de União (União aqui é igual a: Encantamento de Amor). Pois sem seu poder de união, as Idéias não poderiam ser consolidadas dentro do Logos. Três tipos de Teletarchais são os Kosmagoi ou Governates dos Três Mundos Neoplatônicos (Empíreo, Etéreo, Material): Aiôn (não o Deus inefável de mesmo nome), Helios, e Selene. Note que os Iunges são os Iniciadores, os que plantam a semente, e os Teletarchai os Mestres da Iniciação.

Sunoches (ou Synokheis - os Mantenedores)

São os Conectores, são aqueles que mantém unido, inseparável, o elo, a ligação. Eles se referem à noção de eternidade. Para compreender os Sunoches deve-se compreender os Iunges.

Daimones (os Executores)

É o plural de Daimon e se referem a “seres do mundo espiritual”. Nos Oráculos Caldeus, a tríade Iunges/Teletarchai/Sunoches fazem parte de um grupo específico, mas Daimones recebem uma diferenciada classificação. Neste sistema, os Daimones são classificados inferiores aos semideuses, sendo assim espíritos mais ligados ao ambiente terrestre que ao espiritual propriamente dito. Não obstante, a direção norte, a da mais vasta escuridão, pertence a eles. Hesíodo se referiu ales como “as almas da Idade Dourada que formaram um vínculo entre os deuses e os homens”; na verdade são eles que conectam os homens com as três inteligências (semideuses) anteriores. Nesta linha, os Daimones poderiam ser considerados como um grupo de pessoas que alcançaram as sua Verdadeiras Vontades. De fato eles estão conectados com a Verdadeira Vontade, e há quem os considere como sendo o SAG (Sagrado Anjo Guardião). O nome Daimones pode causar uma ligeira confusão, já que com o advento do Novo Testamento o nome passou a ser uma referência para “demônio”, mas a palavra Daimon (no singular) é anterior a este Testamento e se refere mesmo a seres do mundo espiritual, puros indiferentes, amorais, eles são dependentes da natureza humana. Daimon pode variavelmente se referir a: deus, deusa, gênio, etc.

Iunges Teletarchais Sunoches Daimones

Iniciadores Aperfeiçoadores Mantenedores Executores Rodopiantes Senhores do Rito Conectores Espíritos Encantos/Feitiços Mistérios Restrições Gênios

Agora, podería ser traduzido assim as invocações do Rubi Estrela:

PRO MOU IUGGES: Diante de mim os Encantos/Feitiços. OPISO MOU TELETARKAI: Atrás de mim os Mistérios. EPI DEXIA SUNOKES: À minha direita as Restrições (no sentido de manter preso a algo). EPARISTERA DAIMONES: À minha esquerda os Gênios.

Este é apenas um breve estudo sobre estas Inteligências que aparecem na Quarta parte do Ritual Rubi Estrela. Vale lembrar que, mesmo tendo-se idéia de seus significados, é sempre importante que as invocações destas Inteligências sejam feitas com seus próprios nomes bárbaros, pois estes são mais eficazes.


Referências Bibliográficas

  • Chaldæan Oracles Zoroaster, The. Editado e revisado por Sapere Aude (William Wynn Westcott) com uma introdução por L. O. (Percy Bullock). 1895 e.v.
  • Chaldaick Oracles of Zoroaster And his Followers, The - With the Expositions of Pletho and Psellus. Editado e traduzido para o Inglês por Thomas Stanley, Londres- Impresso por Thomas Dring, 1661 e.v.
  • Analysys of the Star Ruby Ritual, An. Por Frater A.L. (443).
  • Summary of Pythagorean Theology, A. John Opsopaus.
  • Notas de Frater Sabazius para o Rubi Estrela.
  • Notas de Præcentor para o Rubi Estrela.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ritual Rubi Estrela (A.A)

1 - De frente para o Leste, fazendo o Sinal de Banimento, diga com vontade: APO PANTOS KAKODAIMONOS ( " Afasta-te Espírito do Mal" )

2 - Faça a Cruz Cabalística:

- toque a testa e diga: SOI - " A Ti" - toque o sexo e diga: O FALLE - " O Falus" - toque o ombro direito e diga: ISCUROS - " A Força" - toque o ombro esquerdo e diga: EUCARISTOS - "Eucaristia; graça divina" - junte as mãos no peito e diga: IAO - " O Deus dos Gnósticos; Isis ( As forças da Natureza) Apophis ( são destruídas) Osiris ( e renascem)"

3 - Continuando de frente para o Leste, coloque as mãos na face, envergando o corpo para trás, inspirando profundamente, imagine um Pentagrama dentro da cabeça, bem nítido e então, fazendo o Sinal do Entrante, lance-o para frente, rugindo THERION.

4 - De frente para o Norte, repetindo o gesto anterior, lance o Pentagrama para frente e diga NUIT.

  • Caso o estudante não tenha percebido, está girando no sentido anti-horário.

5 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior, e sussurre BABALON.

6 - De frente para o Sul, repita o processo anterior e diga firmemente HADIT

7 - Completando o círculo, faça o Sinal de Banimento com energia e diga IO PAN, pisando forte com o pé direito.

8 - Faça os sinais de NOX.

9 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:

- PRO MOU IUGGES - (a minha frente Iugges) - OPISO MOU TELETARCAI - (atrás de mim Teletarcai) - EPI DECIA SYNOSES - (a minha direita Sainoses) - EPARISTERA DAIMONES - (a minha esquerda Daimones) - FLEGEI GAR PERI MOU O ASTHR TON PENTE - pois ao meu redor flamejam os pentagramas - KAI EN THI STHLHI O ASTHR TON EX ESTHKE - e na coluna do meio brilha a estrela de seis pontas.

10 - Repita a Cruz Cabalística, a parte 1 e o ritual estará encerrado.

No 777, a pedra Rubi Estrela, representa a energia masculina da Estrela Criadora.

Comentário:

"25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah. O capítulo é uma nova versão, mais elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama. Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A. · . A. · .

OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma."